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Mercados Olham Para o Exterior

Publicado 30.01.2018, 08:42
Atualizado 10.01.2024, 08:22

Bem que os mercados domésticos gostariam que as chances de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disputar as eleições deste ano fossem inversamente proporcionais à possibilidade de aprovação da reforma da Previdência no Congresso. Mas os investidores já perceberam que não é bem assim e será preciso um empurrãozinho extra do exterior para manter o rali recente nos ativos locais. Só que os negócios lá fora amanheceram sem apetite por risco, o que deve manter a realização de lucros observada ontem por aqui.

Os índices futuros das bolsas de Nova York exibem perdas aceleradas nesta manhã, o que penalizou a sessão na Ásia, onde a queda em Tóquio e na China chegou a 1%. As principais bolsas europeias também iniciaram o dia no vermelho, ao passo que o dólar avança, o que derrubou o petróleo para abaixo de US$ 65 o barril. O movimento é pautado pela disparada nos juros projetados pelos títulos norte-americanos, diante do receio de que o pacote fiscal do governo Trump deve acelerar não só a atividade nos Estados Unidos como também a inflação no país.

Essa percepção esquenta o debate sobre quando deve ser a próxima alta na taxa de juros norte-americana, à véspera da primeira reunião de 2018 do Federal Reserve. O encontro marca a despedida de Janet Yellen à frente do Banco Central dos EUA, o que desloca a atenção ao comunicado que acompanhará a decisão de política monetária. A expectativa é de mudança na linguagem, com um viés mais duro ("hawkish"), indicando a chance de Jerome Powell assumir o comando do Fed já com um aumento do juro em março.

Ao menos outros dois apertos no custo do empréstimo deve acontecer nos EUA neste ano. E o receio dos mercados é que de uma intensificação no ritmo de venda (selloff) dos bônus negociados no exterior, em meio à maior busca por proteção, dispare uma correção nos preços dos ativos de maior risco, como os brasileiros. Mesmo assim, a força da temporada de balanços e o otimismo com o crescimento econômico global ainda sustentam um viés de alta nos negócios, com qualquer retração sendo vista como uma oportunidade de compra.

No Brasil, porém, uma nova onda compradora carece de "fatos novos", e favoráveis, principalmente no campo político. Só que às vésperas do fim do recesso legislativo, o governo não tem os votos necessários para aprovar a reforma da Previdência e já cogita adiar a votação da matéria para março. Em outro front, as pesquisas eleitorais podem até traçar cenários para o pleito de outubro, após a condenação do ex-presidente Lula, mas a indefinição quanto aos possíveis candidatos deixam dúvidas quanto à corrida presidencial.

Assim, por mais que tenha aumentado a probabilidade de o líder petista não se candidatar a qualquer cargo nas eleições deste ano, aprovar novas regras para aposentadoria em pleno ano eleitoral é outra questão - ainda mais quando os congressistas estão de olho no voto nas urnas. A votação do texto está prevista para 19 de fevereiro na Câmara dos Deputados e o governo deve intensificar o corpo a corpo para conquistar os votos que ainda faltam.

Até então, o Palácio do Planalto estava quieto, à espera do desfecho do julgamento em segunda instância (TRF-4) do ex-presidente Lula e seus desdobramentos no cenário político. Agora, o presidente Michel Temer costura um acordo com a base aliada para garantir os 308 votos necessários e encaminhar a matéria da Previdência ao Senado.

Mas nem entre os mais próximos o apoio é firme. Sem Lula na disputa presidencial, o presidente da Casa, Rodrigo Maia, trabalha duro para viabilizar sua candidatura ao Planalto, cortejando possíveis aliados e minando as chances do rival, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

Os maiores partidos do chamado Centrão, PP e PR, devem ser o fiel da balança, sendo alvo do DEM e também do PSDB. Nos bastidores, PRB, PTB e PSD também se movimentam, visando possíveis alianças – inclusive com o PT, que continua pregando Lula como candidato, mas já estuda um “Plano B”.

Com um olho em Brasília e outro no exterior, a agenda econômica doméstica fica em segundo plano. Entre os indicadores domésticos, merecem atenção o desempenho em janeiro do índice conhecido por balizar os contratos de aluguel, o IGP-M (8h), e da inflação no atacado (IPP) em dezembro (9h).

No exterior, saem a leitura preliminar do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro nos últimos três meses de 2017 e no acumulado do ano passado (8h) e também a confiança do consumidor norte-americano (13h) neste mês.

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