Hoje o governo brasileiro anunciou mudanças importantes no IOF, Imposto sobre Operações Financeiras , que afetam diretamente quem faz transações internacionais, envia dinheiro para fora ou investe no exterior.
Como especialista em câmbio, vejo essa mudança no IOF com um misto de preocupação e pragmatismo. É uma medida arrecadatória clara, mas que encarece o acesso ao mercado internacional para pessoas físicas e desestimula a diversificação de patrimônio. No curto prazo, ajuda o caixa. No longo, trava a competitividade.
A alíquota do IOF cambial foi unificada em 3,5% para:
-
Compras no exterior com cartão (crédito, débito ou pré-pago)
-
Remessas internacionais
-
Compra de moeda estrangeira em espécie
Qual o impacto no mercado cambial?
-
Redução na demanda por dólar: Com o custo mais alto, muitos consumidores e empresas devem adiar ou reduzir transações internacionais.
-
Fintechs pressionadas: Plataformas que facilitam remessas e câmbio perderão competitividade, afetando principalmente as pessoas físicas.
-
Investimentos internacionais menos atrativos: Fundos no exterior, offshores e aportes em moeda estrangeira agora enfrentam mais obstáculos.
-
Sinal para o mercado: Embora a medida aumente a arrecadação, também pode ser lida como fragilidade fiscal, o que gera dúvidas entre investidores.
O impacto vai muito além do bolso do consumidor, essa decisão mexe com o ambiente de negócios e a percepção do Brasil no cenário internacional.
Momento de atenção para quem trabalha com câmbio, investimento global e planejamento financeiro.