Numa semana agitada em termos de indicadores macroeconômicos, ontem e hoje são os dias mais calmos, principalmente em vista ao PIB americano divulgado na quinta-feira (30/03).
A atenção hoje se volta principalmente às vendas pendentes de imóveis nos EUA e o índice de volume de serviços do IBGE, onde apesar de relativa melhora, a perspectiva absoluta continua de recessão.
Neste contexto, Ilan ontem deu mais um sinal de que o corte de juros pode ser mais intenso, ao dizer que o comitê está analisando a inflação atual e que o corte está em aberto.
Além disso, o governo deve anunciar entre hoje e amanhã tanto o contingenciamento, quanto a elevação de impostos para cobrir o rombo de 2017.
No contexto internacional, ontem Yellen discursou e não trouxe absolutamente nenhuma novidade em termos de política monetária, num discurso focado ao crédito e a cláusula 50 do Brexit entra em ação hoje, o que deve mudar profundamente a economia tanto do Reino Unido, quanto da própria Europa.
CENÁRIO POLÍTICO
O recuo dos recuos soou positivamente para o governo Temer, em dias de TSE ativo e operações contínuas da polícia federal, hoje agindo no Rio de Janeiro, como alvo o presidente da Alerj, Picciani.
Dentre as movimentações do governo, destacam-se tanto a retomada da renegociação da dívida dos estados, como a inclusão da reforma previdenciária dos mesmos nesta negociação, sob pena de se assumir a reforma proposta pelo governo.
Outro ponto foi a aprovação por Temer do texto da câmara e não do senado da terceirização. O texto mais brando do senado descaracterizava a proposta e como parte dos senadores fugiu da responsabilidade inicial, o governo assumiu o ônus.
Por fim, o PSDB, como fiel e atual escudeiro do governo pediu que em sua ação no TSE seja isentado o presidente Temer do pedido de cassação da chapa de 2014, fato que pode adiar ainda mais a conclusão do processo.
CENÁRIO DE MERCADO
As atenções hoje se voltam ao Brexit e a abertura na Europa já demonstra volatilidade, assim como os futuros em NY, ambos sem rumo definido e a Ásia fechou em sua maioria positiva. As atenções se voltam hoje também a alguns balanços corporativos no Brasil e no exterior.
O dólar abre a manhã em alta consistente contra a maioria das moedas, perdendo somente para o Yen japonês e o rendimento dos Treasuries opera em queda em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities se estende mais um dia de perdas entre as metálicas, em especial o ouro com o dólar mais forte e o petróleo abre novamente em alta, com os cortes líbios de produção e a extensão do mesmo pela OPEP.
INDICADORES
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1413 / 0,47 %
Euro / Dólar : US$ 1,08 / -0,231%
Dólar / Yen : ¥ 111,03 / -0,108%
Libra / Dólar : US$ 1,24 / -0,193%
Dólar Fut. (1 m) : 3140,56 / 0,00 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 9,85 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,46 % aa (0,53%)
DI - Janeiro 21: 9,91 % aa (0,61%)
DI - Janeiro 25: 10,26 % aa (0,69%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,52% / 64.640 pontos
Dow Jones: 0,73% / 20.702 pontos
Nasdaq: 0,60% / 5.875 pontos
Nikkei: 0,08% / 19.217 pontos
Hang Seng: 0,19% / 24.392 pontos
ASX 200: 0,90% / 5.874 pontos
ABERTURA
DAX: 0,307% / 12186,68 pontos
CAC 40: 0,058% / 5049,13 pontos
FTSE: -0,190% / 7329,45 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 64905,00 pontos
S&P Fut.: -0,009% / 2351,20 pontos
Nasdaq Fut.: 0,019% / 5406,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,12% / 85,01 ptos
Petróleo WTI: 0,39% / $48,56
Petróleo Brent:0,45% / $51,56
Ouro: -0,01% / $1.251,71
Aço: -0,32% / $87,63
Soja: 0,11% / $18,47
Milho: 0,70% / $360,50
Café: -0,32% / $138,30
Açúcar: -1,14% / $17,37