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Milho: Negociações Estiveram Lentas no Brasil em Novembro

Publicado 15.12.2020, 14:22
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As negociações envolvendo milho estiveram lentas no Brasil em novembro. Diante do elevado patamar de preço, compradores adquiriram apenas pequenos lotes. Esses demandantes também estiveram atentos à desvalorização do dólar, que tende a diminuir a atratividade nos portos brasileiros. Do lado vendedor, muitos seguiram retraídos, à espera de que compradores voltem ao mercado de forma mais intensa para recomposição de estoques. Além disso, alguns produtores estiveram preocupados com o clima adverso e os possíveis impactos sobre a produção da safra verão. Nesse ambiente, os valores do milho apresentaram movimentos distintos dentre as regiões acompanhadas pelo Cepea, refletindo as diferentes condições de mercado.

REGIÕES – Entre 30 de outubro e 30 de novembro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (região de Campinas-SP) recuou 4,4%, fechando a R$ 78,31/saca de 60 kg no dia 30. Em Minas Gerais e Mato Grosso, precipitações em novembro deixaram agentes mais otimistas quanto à produção da safra de verão e, por isso, houve ligeiro aumento na oferta e consequente quedas nos valores. No Triângulo Mineiro, as cotações recuaram 1,8% entre 30 de outubro e 30 de novembro. Em Sorriso, a baixa foi de 0,3% no mesmo período. Em Mato Grosso Sul, foram verificadas vendas com destino ao Sul do País na maior parte do mês, mas a menor demanda do próprio estado pressionou os valores. Assim, em Dourados, a desvalorização mensal foi de 2,9%.

No Paraná, compradores adquiriram apenas pequenos lotes ao longo de novembro, atentos ao avanço do desenvolvimento da safra e aos altos patamares pedidos pelo vendedor. No acumulado do mês, as cotações no norte do estado e em Ponta Grossa caíram 2,3% e 2,9%, respectivamente. Por outro lado, os valores subiram em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul e no Nordeste, sustentados pela retração de vendedores, diante de possíveis impactos do clima sobre a produtividade das lavouras. No balanço (média das regiões acompanhadas pelo Cepea), em novembro, os preços das negociações entre empresas (mercado disponível) permaneceram estáveis, mas os do mercado de balcão (ao produtor)subiram 4,1%.

PORTOS – Influenciados pela desvalorização de 6,9% do dólar em novembro, a R$ 5,35 no dia 30, e pelo menor interesse internacional, os preços nos portos caíram. Em Paranaguá (PR), a queda foi de 5,6% no mês, a R$ 72,21/saca de 60 kg no dia 30. Em Santos (SP), a baixa foi de 3,8%, a 73,04/sc.

EXPORTAÇÃO – Dados da Secex mostram que as exportações brasileiras de milho somaram 4,89 milhões de toneladas em novembro, 5% abaixo do mês anterior, mas 19% acima do volume de novembro/10.

CAMPO – No Paraná, o cultivo da safra de verão foi finalizado, segundo o relatório do Deral/Seab. Das lavouras implantadas, 75% estavam, até o final de novembro, em condições boas, 20%, em médias e 5% em ruins. O Departamento estimou a safra verão em 3,6 milhões de toneladas, 1,1% acima da temporada 2019/20. A menor área plantada nesta temporada foi compensada pela maior produtividade. No Rio Grande do Sul, de acordo com o boletim da Emater/RS, até o dia 26 de novembro, 83% das lavouras estavam cultivadas, com avanço mensal de 11 p.p. No geral, o tempo seco tem prejudicado o desenvolvimento das plantas no estado. Na Argentina, a Bolsa de Cereales indicou no dia 26 de novembro que o plantio havia atingido 31,9% da área estimada. Neste país, os trabalhos foram favorecidos pelo clima chuvoso.

INTERNACIONAL – Na Bolsa de Chicago (CME Group), os valores subiram em novembro, influenciados por preocupações com a oferta e demanda na temporada 2020/21. Entre 30 de outubro e 30 de novembro, o contrato Dezembro/20 subiu 5,33%, fechando a R$ 4,197/bushel (US$ 165,25/t) no dia 30. O vencimento Março/20 avançou 5,64%, indo para US$ 4,26/bushel (US$ 167,71/t). O USDA indicou em novembro que, devido à menor produção mundial e ao consumo elevado – principalmente diante da aquecida demanda asiática –, os estoques mundiais do grão devem chegar ao final da temporada com o menor volume desde 2014/15, estimados em 291,42 milhões de toneladas, representando 25% do consumo doméstico mundial em 2020/21. As altas foram limitadas pelo avanço da pandemia de covid-19 nos Estados Unidos, que pode reduzir a demanda por etanol.

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