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Moedas/Países Emergentes Ficam Vulneráveis Ante Alta do Juro no Mercado Americano

Publicado 02.03.2021, 06:18
Atualizado 09.07.2023, 07:32

O FED americano não elevou o juro, mas o mercado americano o está precificando com base na expectativa de inflação nos Estados Unidos, consequente da liquidez que será promovida com o pacote de US$ 1,9 Tri, e com isto o mercado de Treasuries ganha atratividade global e promove deslocamento forte dos investimentos que estavam nos países emergentes para o mercado americano.

Consequência natural dada a procura pelo dólar é a sua valorização perante as demais, em especial as emergentes, com destaque para a lira turca, real e rand sul africano. A Turquia tem expressivo déficit em conta corrente, e Brasil e África do Sul tiveram forte expansão da crise fiscal em 2020, revelando forte dependência de financiamentos em 2021.

Enfim, com este cenário americano fortalecido, os mercados emergentes e suas moedas ficam vulneráveis, e o refluxo dos investimentos estrangeiros locados nestes mercados provoca forte venda das moedas locais na busca do dólar para retirada em direção ao mercado americano.

O Brasil tende a ter acentuado efeitos deste ambiente, visto que a economia dá sinais somente amenos de recuperação, mas tem fundamentalmente a política monetária retardatária no trato do quesito juro e enorme risco de agravamento maior da já caótica situação fiscal, visto que convive com o pior momento da pandemia do coronavírus e tem necessidade de reestabelecer o programa assistencial às populações carentes, sem que tenha fontes de financiamentos.

Ocorre que os problemas brasileiros no curto/médio prazos são relevantes e de grande impacto na dinâmica do país, enquanto que soluções somente seriam viáveis a longo prazo, com a efetiva aprovação das reformas tributárias e administrativas e, em especial, as privatizações.

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Este “gap” temporal é praticamente incontornável, mas revela que o país está muito atrasado nas medidas que deveriam ter sido tomadas ao longo dos últimos 2 anos e que somente agora são postas em pauta pelo governo, com perspectivas mínimas de aprovações em não menos do que 1 ano.

Pontifica neste momento, de forma incontestável, a consequência da inércia e o retardamento das medidas de política monetária proativas, que foram postergadas sob as mais diversas justificativas, que contudo, não ganharam fundamentos, inclusive quanto a visão sobre a inflação, referida como temporária e que se revela voraz e permanente.

A visão complacente sob um quadro prospectivo notoriamente perverso do COPOM/BC vai levar o país a “pagar um preço” elevadíssimo, que pode emitir sinais amplamente negativos já neste 1º trimestre e até propagar-se para uma visão total sobre o ano de 2021.

Este cenário pode provocar retrocesso e comprometimento nos discretos avanços alcançados na retomada da atividade econômica, e, impor ao COPOM/BC a absoluta necessidade de um ajuste mais forte e abrupto na taxa de juro SELIC, para buscar tecnicamente atenuar as pressões de depreciação do real.

Se algo assim não for feito, o preço do dólar permanecerá sobre pressão e volátil e não tende a ser atenuada com as eventuais intervenções do BC com ofertas de dólares à vista ou no mercado futuro com contratos de swaps cambiais novos, e isto será extremamente nefasto em razão dos impactos nos preços dos combustíveis, já que 70% do modal de transportes no Brasil é rodoviário, e mais afetará de forma contundente o preço das commodities exportáveis no mercado interno, e no conjunto propagando explosiva pressão inflacionária interna de imediato nos preços da cadeia produtiva.

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Por outro lado, o cenário poderá ser desalentador para a Bovespa e para os projetos de IPO´s em andamento, que repercutirá somente os efeitos da alta das commodities nas ações de empresas do segmento, mas a diversidade tende a ser prejudicada pelo recuo do investidor estrangeiro.

Os estragos do fortalecimento do preço do dólar no nosso mercado tendem a ser expressivos, num momento em que o país enfrenta a pior situação da pandemia do coronavírus que afetam de forma altamente preocupante as suas perspectivas.

Há muito que se observar, mas o viés é bastante preocupante, com o risco do que está ruim ficar pior.

Últimos comentários

etardatária no trato do quesito juro e enorme risco de agravamento maior da já caótica situação fiscal, visto que convive com o pior momento da pandemia do coronavírus e tem necessidade de reestabelecer o programa assistencial às populações carentes, sem que tenha fontes de financiamentos.  taxou os bancos ...
Esse é igual pele com a boca fechada .kkkkk so pessimismo.
Sempre pessimista fala mas nao supoem soluções o que ergueu o Brasil na pandemia foi a distribuição de renda . logo o auxilio acabou as vendas diminuiram não é que o governo é bonzinho e que realmente se faz necessario
fora bolsonaro.
se o gado não se convencer hoje que o bozo é incompetente, não muda nunca mais a forma de pensar.
Excelente artigo. Resume-se em 2 anos de ausência de política econômica e os próximos 2 anos direcionados a políticas populistas; de quebra ainda ficamos sujeitos a crises auto fabricadas como se já não houvesse crises suficientes de saúde, econômicas e políticas.
Previsão sombria, mas bem possivel de se tornar realidade, sobretudo com esse Congresso de merda, pensando em seus proprios interesses e uma sociedade predominantemente analfabeta sem saber o que fazer
Indústria cresce pelo oitavo mês seguido. Fonte IBGE
O juro Americano caiu , kkkkkkkkkkkkk , sabe de nada !
o viés é de alta este é o fundamento. Vc é primário nesta matéria e fala do que não sabe
Esse aqui é o comentarista do juro alto como solução. Não há nada mais fácil de fazer. Reformas estruturais mesmo, nunca lembradas.
Concordo e apertem os sintos vamos sacodir
Por que não podemos usar as reservas de dólar e ouro para implementar uma agenda desenvolvimentista, para gerar empregos e movimentar a economia? Ficar lutando contra o pobre, dando ou não um auxílio cada vez menor, só aumenta a dívida e continua matando os pobres...
*pobres
Porquê não dá certo, principalmente em um país com um estado tão inchado como o brasileiro. Seu professor de história nem de história entende imagine matemática e economia, o resultado são alunos que acham que riqueza se cria do nada.
  E voce ta vendo isso parado muda a cabeça de maia duzia .
Quanto mais desvalorizada a moeda melhor. Ainda que o preço da gasolina suba o estímulo à criação de empregos e reindustrializacao são mais importantes. Estimula o investimento no país. Dólar que entra no país para saquear o povo (devido à uma selic alta ) não é interessante. Inflação sob controle (4,5%) empregos em alta. Mantido este nível de criação de empregos o desemprego cai por anos 2,4% em 3 anos estaremos voando, caso a política liberal seja mantida.
  Esses são insumos que afetam mais o valor obtido na exportação é 100 veces maior !
 Para China é vantajoso a moeda depreciada pq eles são produtores de manufaturas com uma indústria volta para exportação de tecnologia. O Brasil ao contrário está se desindustrializando a pouco tempo o presidente teve reduzir impostos para importação de bicicletas. Ou seja o Brasil não consegue fabricar bicicletas para seu mercado interno. A partir desta visão não consigo ver comparação vantajosa de cambio baixo de um país que já possui indústrias 3.0 com outro que só produz commodities.
 , se são tão caros vamos desenvolve-los com todos os custos, já que pelo seu argumento esse aumento do dólar chegaria a comprometer os lucros da exportação.
Pessimista, hein? Sua visão só tem um cenário? O dólar está com média estável há semanas, meses, ainda aguardamos a definição de uma tendência.
Definição de uma tendência? Kkkk, essa foi boa. E quanto ao “pessimismo” que você cita, vejo mais como uma visão realista do Sidnei, mas nem todos querem ouvir a verdade.
 Boa Roger
 E o dólar, hein? Ainda sofrendo com a resistência da região de R$5,70/R$5,80. Pode passar e ir a R$6,70/R$7,00? Pode. Pode retornar a R$5,30/R$5,20? Pode. MM20 semanal em valores próximos a agosto de 2020, seguimos acompanhando, sem ansiedade. Abraço.
Eu só investi em ação muito descontada em relação ao vpa e que paga dividendos. Se cair mais, ainda dá pra melhorar o PM
Nem desfribilador salva o BOVESPA.
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