CAFÉ: Média do arábica cai em fevereiro após seis meses em alta
Depois de registrar seis meses de altas consecutivas, o valor médio do café arábica caiu um pouco em fevereiro. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, teve média de R$ 489,82/saca de 60 kg em fevereiro, 0,3% inferior à de janeiro, mas ainda 6,5% acima da de fevereiro/15, em termos nominais.
Nessa quarta-feira, 2, o Indicador fechou a R$ 477,77/sc de 60 kg, baixa de 0,89% em relação à quarta anterior. Segundo pesquisadores do Cepea, em boa parte do mês, os valores foram influenciados pela oscilação do câmbio. Tem pesado também a aproximação da nova safra, que deve ser volumosa.
No balanço, a liquidez em fevereiro foi reduzida, influenciada também pelo baixo volume de café de qualidade disponível no spot.
BOI: Indicador segue firme na casa dos R$ 155
Os fundamentos do mercado pecuário se mantêm estáveis, com a demanda por animais e os preços da arroba relativamente firmes. Representando o mercado paulista, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do boi gordo se mantém na casa dos R$ 155,00 desde o final de fevereiro – nessa quarta-feira, 2, fechou a R$ 155,49.
Quanto às exportações, em fevereiro, o Brasil embarcou 99,5 mil toneladas de carne bovina, avanço de 27% sobre as 78 mil toneladas de janeiro, segundo a Secex. No mês passado, o valor médio da tonelada foi de US$ 3.916,20, ou R$ 15.547,31 (dólar a R$ 3,97). A exportação das carnes substitutas também avançou em fevereiro, com 43,8 mil toneladas de carne suína e 288 mil toneladas de frango.
SUÍNOS: Exportação é elevada, mas preço interno segue enfraquecido
O volume de carne suína in natura embarcado nos dois primeiros meses de 2016 e a receita em moeda nacional atingiram patamares recordes para o período, considerando-se a série da Secex desde 1997. O volume embarcado tem sido crescente, mas o aumento de mais de 80% no comparativo com o primeiro bimestre de 2015 foi obtido porque o desempenho, naquele período, foi o pior dos últimos 11 anos, prejudicado pela paralisação de caminhoneiros que limitou o transporte até os portos.
Mesmo com as exportações ajudando a enxugar a oferta doméstica, os preços internos do animal vivo e da carne caíram no correr de fevereiro. De acordo com colaboradores do Cepea, além da oferta, a pressão viria também das altas temperaturas, que inibem o consumo de carne suína.
Por outro lado, com as fortes desvalorizações, a carne suína está bastante competitiva frente às concorrentes (frango e boi), e isso pode favorecer um reaquecimento da demanda. A maior disponibilidade de animais segue relacionada ao fato de muitos produtores, principalmente os independentes, terem adiantado a venda dos suínos, inclusive com peso abaixo do ideal, para abate, tendo em vista os elevados custos de produção.