Vai ter que deixar
Michel Temer percebeu que deveria nomear um técnico para o Planejamento.
Esse técnico reúne o melhor dos dois mundos: além de ser competente, Sérgio Machado nunca nem sonhou em ligar pra ele.
Mas o PMDB não quer deixar; faz questão de priorizar sua insaciável fome por cargos do primeiro escalão.
Quanto mais gravações e delações, menos políticos sobrevivem, e mais técnicos ganham chance de trabalhar.
Nada é mais pró-mercado do que a Lava Jato.
Vai ter que aprovar
Todo mercado tem um curto prazo e um longo prazo.
O longo prazo está ficando mais feliz com a Lava Jato.
Enquanto isso, o curto prazo testa limites de paciência; precisamos de medidas aprovadas no Congresso.
- Carta de alforria da Petrobras (SA:PETR4).
- Gestores profissionais para fundos de pensão e estatais.
- Desvinculação das receitas da União.
Maio já era, não dá para passar junho em branco.
Vai ter que digerir
O Congresso dificilmente digere as propostas de Meirelles no ipsis litteris.
Ok, sem problemas! Quem falou em ipsis litteris?
Nem a mãe do Meirelles toparia ipsis litteris.
Alterações já estão no preço dos formuladores de política econômica.
DRU de 50% seria ideal, mas com 30% já dá para seguir em frente.
Sejamos pragmáticos, pelo bem das contas públicas e privadas.
Vai ter que dançar
O opaco Fabiano Silveira pode ser o próximo exonerado.
Mais um nome forte levantado para o Tesouro, de Ana Paula Vescovi (nem tudo é desgraça).
A panóptica Maria Silvia vai botar toda a diretoria do BNDES para trabalhar numa mesma sala.
Aldemir Bendine, especulado na Cielo (SA:CIEL3), já machuca as ações da adquirente.
Por ora, dançamos com as cadeiras.
Após a delação da Odebrecht, dançaremos com profissionais, do samba.
Vai ter que vazar
De todos os ministros de Temer, os mais sólidos são Jungmann, Serra e Meirelles.
Especialmente o último, que está na linha de frente, dando a cara pra bater.
Para entender se a recuperação é factível, precisamos estudar as pessoas por trás dos atos.
Afinal, quem é Henrique Meirelles?