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Ninguém Vai Morrer de Tédio no Brasil

Publicado 01.08.2016, 15:48

Obrigado, Luke!

Um salto de 25 mil pés de altitude rumo ao vazio do deserto, sem para-quedas. Que bela maneira de compensar um mês do qual tanto se esperou e tão pouco efetivamente aconteceu.

Após o Brexit, as Ilhas Britânicas continuam rigorosamente onde sempre estiveram. Todas as apostas de cortes de juros mundo afora foram frustradas. Estímulos econômicos mirabolantes não passavam de miragem. Tanto barulho e tanta energia gastos por nada.

Obrigado, Luke Aikins. Seu ato de bravura não somente deu vida a uma de minhas analogias favoritas, como também garantiu alguma concretude para um mês repleto de espuma.

"Ninguém vai morrer de tédio no Brasil"

Palavras de Eduardo Giannetti para nossos clientes no evento que realizamos na manhã de hoje aqui em Sampa. Estamos com sorrisos de orelha a orelha com a consolidação da percepção de que o otimismo está voltando.

A grande mensagem é que saímos da UTI. Ainda levará algum tempo para nos curarmos completamente, mas o próprio ânimo com as melhoras obtidas até aqui contribuirá para seguirmos firmes na reabilitação.

Orgulhamo-nos de ter levantado essa bandeira primeiro, lá no Palavra do Estrategista, e estamos ansiosos por compartilhar com nossos clientes nossas visões sobre como aproveitar ao máximo a virada de jogo.

Bancos e limões

Mercados reagem mal hoje aos resultados dos testes de estresse dos bancos europeus, divulgados na sexta-feira. Pior do que os resultados em si foi a decisão do regulador de não estabelecer explicitamente as linhas de corte que deveriam ser observadas pelos agentes, ao contrário do expediente adotado anteriormente. Era a deixa que o mercado precisava para olhar para o setor como um todo com maior criticismo.

Já se vão quase 50 anos desde que o economista George Akerlof publicou célebre artigo explicando os efeitos da assimetria de informação sobre mercados, lançando mão do comércio de carros usados como exemplo: diante de compradores incapazes de diferenciar apropriadamente os "carros de garagem” dos problemáticos, os preços convergem para baixo como se todos fossem abacaxis à venda (ou limões, na versão original). Como possíveis remédios, temos ferramentas de sinalização - como a famosa plaquinha “único dono”ou a oferta de seminovos com garantia.

Ao prejudicar a sinalização, os europeus levaram o mercado a olhar para todo o seu sistema bancário como um imenso limoeiro.

Chola mais: o retorno

Recebi ao longo do final de semana e-mails de três gerentes de banco magoados com o tom do M5M de sexta passada. Aparentemente o lançamento do Melhores Fundos de Investimento está levantando questionamentos desconfortáveis por aí.

Fui questionado assim: "ofertar um fundo com taxa de administração de 2% a.a. mas rentabilidade de 1% a.m. para aquele cliente que está com dinheiro na poupança é imoral? Ele está ganhando e o banco está ganhando. Qual o problema nisso?"

Respondo: SIM, é imoral. O cliente espera do gerente orientação financeira (o que é um erro, e uma das razões de ser da Empiricus). O cliente confia no gerente. O que recebe em troca? Ele se vale da falta de informação do cliente para oferecer um produto ruim sob o pretexto de ser marginalmente melhor do que a péssima escolha anterior. NENHUM cliente deixaria de se sentir lesado se soubesse que é isso que, na verdade, acontece na maioria dos casos.

Mas fiquem tranquilos: no que depender da gente, em breve isso será passado. No curto prazo, vai doer: muita meta deixará de ser batida. Mais à frente, contudo, talvez os bancos se sintam convocados a simplesmente oferecer produtos melhores. E todo mundo vai ganhar.

Trump e o México: Ay Ay Ay

Muitos gestores de recursos globais estão reduzindo suas exposições a México. Com o aumento da percepção de que Trump pode, sim, ser páreo para Hillary, já há gente avaliando como os vizinhos ao Sul podem se prejudicar com um recrudescimento das relações com os EUA. Perspectivas de crescimento mais baixas, valuations relativamente caros e problemas estruturais surpreendentes para quem nunca olhou o país de perto contribuem, em muito para a tese.

O muro de Trump pode significar uma janela abrindo para Brasil: muita gente pode trocar a tequila por cachaça, em busca de empresas com melhores perspectivas de inserção no mercado americano e com valuations mais atrativos, principalmente entre as empresas fora do índice.

Make America great again.

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