Clube da luta
Fazenda vs. Zelotes
O novo ministro da Fazenda começou com o pé esquerdo.
Bolsa derreteu e dólar disparou depois da teleconferência de ontem.
Para piorar, Barbosa escolheu Dyogo Oliveira como secretário-executivo.
Dyogo está sendo investigado pela Operação Zelotes da Polícia Federal, pois teria negociado MPs para beneficiar concessionárias de automóveis.
Não sei se é culpado ou não; a Justiça é quem dirá.
De qualquer forma, soa imprudente empossar investigados na Fazenda, sobretudo neste momento em que a língua mãe arde em fogo.
Se Barbosa decidiu assim, talvez foi por falta de alternativas.
Fazenda vs. BCB
Conforme dito, o dólar disparou ontem, para cima de R$ 4.
Barbosa fez questão de afirmar que "não tem meta para a taxa de câmbio”.
Esse é o tipo de frase a ser interpretada em contexto.
O novo ministro é de escola desenvolvimentista que enxerga o câmbio desvalorizado como um dos principais vetores de crescimento.
Brasil, Pátria Exportadora.
De novo, consultamos artigo acadêmico de Barbosa (O desafio macroeconômico de 2015-2018), em que o ministro critica explicitamente o Banco Central de Tombini por ter segurado o câmbio.
"Vender um valor equivalente a 25% das reservas internacionais do país na forma de swaps cambiais quando a taxa de câmbio real simplesmente retornou à sua média de longo prazo foi excessivo e desnecessário. O BCB deveria ter esperado mais antes de usar tamanho arsenal cambial".
Copom vs. Volpon
Quem espera demais acaba tendo que dobrar a meta.
Apostas para a Selic em janeiro são debatidas entre alta de 50 bps ou de 75 bps.
Isso mostra claramente o erro de cálculo.
Tombini optou por passar em branco em outubro/novembro, e agora vai ter que correr atrás do prejuízo inflacionário.
Volpon, que já votara por aperto monetário, está isolado no Copom - aliás, assim como Levy estava na Fazenda.
Quanto tempo mais ele aguenta?
Tempo vs. Dinheiro
Tempo, definitivamente, não é uma variável mensurável para nós.
Linha - de apenas 12 km - do metrô de Salvador foi concluída após 16 anos.
Dinheiro também não é mensurável.
Esse trecho do metrô custou R$ 1,4 bilhão, mais que o triplo dos R$ 350 milhões orçados.
Por essas e outras, é difícil se empolgar com programas de concessões.
Preferimos investir confiança em projetos cujos custos e benefícios sejam 100% privados.
2015 vs. 2016
Nessa pegada anti-estatal, nossa equipe de análise vem avançando nos estudos para montar a Carteira de Melhores Ações para 2016.
Estamos pautados em três critérios hegemônicos, moldados numa combinação entre micro e macro:
- Pricing power.
- Exposição ao dólar.
- Sólida posição de caixa.
Esse tipo de missão nos empolga bastante.
O portfólio para 2015 performou bem acima do Ibovespa, e estamos preparados para mais um ano positivo.
Você pode se antecipar e acessar o material logo quando do lançamento.