Eduardo Cunha condenado a 15 anos de prisão. Próximo, por favor.
Engraçado pensar que os mesmos que gritavam “Fora Cunha” agora escrevem alertando para os riscos da “ditadura do Judiciário”.
Definitivamente quem tem Cunha, tem medo.
Barafunda
Nova York em leve alta após divulgação da terceira (e última) revisão do PIB do quarto trimestre. Mercados europeus fecharam no mesmo tom: inflação mais amena na Alemanha permite a leitura de que estímulos do Banco Central Europeu podem ser sustentados por mais tempo.
Aqui, Bolsa em baixa. Exceções são predominantemente nomes locais. Dólar em alta. Em juros, uma verdadeira barafunda — taxas curtas sobem enquanto longas caem. Fruto, ao que tudo indica, de ruídos com relação à meta de inflação (logo abaixo).
Apertando (ainda mais) o cinto
Já era noite quando a equipe econômica fez os tão esperados anúncios orçamentários.
Em resumo: por ora, impostos não aumentam. Governo aposta em fechar as contas com recursos oriundos da devolução de usinas e com a retirada de benefícios que haviam sido concedidos a determinados setores.
Como antecipei, vai ter choro e ranger de dentes. Mas se até Dilma reconhece que benefício foi inócuo…
Do lado das despesas, aperto de cintos onde é possível — o que não significa muito, dada a inflexibilidade de nosso orçamento por questões constitucionais. Sobrou para emendas, PAC e economias nos órgãos da administração pública.
Resolve a vida? A princípio, sim. Assumindo que não tenhamos novas surpresas negativas na arrecadação.
Atenção às Fontes…
Voltou, com força, a discussão em torno de uma eventual redução da meta de inflação a partir de 2018. De um lado, Meirelles defendendo a revisão. Do outro, Carlos Viana minimizando a probabilidade de se fazer qualquer coisa.
Vai ou não vai? Vão deixar uma meta aberta?
Por aqui nos parece, conforme já dissemos antes, que mexer nisso agora é prematuro.
Mas o mercado está gostando da ideia, e mercado é assim: mais importante do que saber o que vai acontecer é saber o que os outros vão achar que vai acontecer.
Juros estão uma bagunça hoje. Quem se posicionar da forma correta vai ganhar dinheiro com a correção de eventuais distorções. Melhor prestar atenção às Fontes…
Making America Even Greater
PIB estadunidense do 4T16 foi re-revisado para cima, agora para 2,1 por cento. Este é o veredito final acerca do ritmo da economia americana quando da passagem da batuta de Obama para Trump.
Com atividade econômica em nível saudável e mercado de trabalho bastante aquecido, o fato concreto é que para além da retórica eleitoral a principal preocupação de Trump é — ou deveria ser — com o front fiscal, em função do tamanho da dívida pública (que deixa de ser grátis à medida que juros começam a voltar) e dos recorrentes déficits fiscais.
Tratativas com o Legislativo giram, agora, em torno de reforma tributária — matéria de suma importância nesse contexto. Donald e Mickey terão de convencer Democratas e também Republicanos da necessidade de coalizão em torno do tema.
A ver — monitorar com atenção.
100 Palavra$
Estou lendo o mais recente livro do Felipe, o 100 Ensaio$. A proposta é apresentar, de forma sistematizada, os melhores textos dele visando transmitir ao leitor a forma de pensar que permeia as estratégias de investimento dele e, por extensão, da Empiricus como um todo.
Não bastasse ser uma leitura fenomenal, o recebimento do livro ainda oportunizou o acesso a quatro relatórios especiais com oportunidades de investimento com alto potencial de retorno, a mais recente das quais está indo extraordinariamente bem.
No dia 15/03 ele escreveu:
Já acumula retorno de dois dígitos a recomendação — equivalentes, no período, a uma rentabilidade da ordem de 1.000 por cento ao ano.
Fiquei simplesmente 100 Palavra$. Ainda tem oportunidade aqui.
Eficiência e alto retorno social
Quando é para falar bem, eu falo — e você há de saber que não poupei elogios à nova gestão do BNDES. Porém…
“Cartão BNDES será aceito na plataforma da B2W (SA:BTOW3)”, leio hoje.
Que bom. Agora quem tiver CNPJ vai poder usar linhas do banco para comprar bolas de futebol, espreguiçadeiras, suportes para bebidas e baldes de gelo.
Alocação de capital eficiente em projetos com alto retorno social.