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O Culpado, 5 Anos Depois

Publicado 22.04.2015, 14:15
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BVSP
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O dia D da Petro



Evento do dia, dia D para a estatal petroleira, a publicação dos resultados é algo que o mercado espera há cinco meses.

No jogo da expectativa vs. realidade, as ações da estatal se deparam hoje, enfim, com um primeiro evento material para cobrar lastro de sua alta mais recente, de R$ 8 para R$ 13.

No jogo da expectativa vs. realidade, qual a expectativa, e qual a realidade?

Expectativa Feita a baixa contábil, a empresa estará limpa...

Realidade ... a baixa contábil é muito mais subjetiva do que parece. A partir de uma metodologia aceitável (para alguma auditoria contratada), a empresa ajustará os ativos que bem lhe entender. 


Expectativa O mercado espera uma baixa da ordem de R$ 10 bilhões pelo esquema de corrupção, e outros cerca de R$ 20 bilhões pelo ajuste do valor de ativos...

Realidade... mas a reavaliação de ativos, se adequando (entre outros) à nova realidade de preços do petróleo, por si só pode envolver cifras maiores. Em documento da Petrobras ao TCU, por exemplo, a própria empresa reconhece que o prejuízo a ser assumido somente em um projeto, o Comperj, é superior a R$ 40 bilhões.

Expectativa Ahh, mas write-off e impairments são eventos contábeis, sem impacto caixa...

Realidade ... mas abatem métricas de alavancagem, o patrimônio e os lucros (dividendos) para os acionistas.

Expectativa Divulgar balanço é positivo, pois impossibilita os credores cobrarem da empresa pagamento antecipado de US$ 100 bilhões em dívida...

Realidade 
....se cobrassem isso, os credores colapsariam JÁ a estrutura de capital da empresa. Seria a forma mais rápida de eles não receberem nada, e eles sabem disso. Em efeitos práticos, esse estouro de covenants nunca foi um risco de fato.


Expectativa A empresa pode provar que mesmo diante de um esquema de corrupção sem precedentes, continua de pé...

Realidade .... carregando um dívida da ordem de R$ 400 bilhões, isso sem ajustar à disparada do dólar este ano e desconsiderando os US$ 12,5 bilhões adicionais de empréstimos em negociação.

No bojo, resumiria assim: balanço e as novas dívidas assumidas são ótimas notícia, pois afastam hipótese de aumento de capital em 2015....e o empurram para 2016.


A Bolsa livre de correções

As Bolsas americanas renovam recordes históricos, baseadas, quase que unicamente, em expectativas quanto à postergação da subida de juros e com base no fluxo de dinheiro irrestrito a partir da injeção de estímulos sem precedentes dos Bancos Centrais, que, considerando estímulos + alavancagem, chega à estimativa de US$ 100 trilhões de liquidez injetada desde o estouro da crise de 2008.

Com isso, o rali das ações americanas atinge marcas curiosas.

Todos sabemos o quão saudáveis são as realizações de lucros inclusive como forma de dar sustentabilidade a tendências ascendentes do mercado.

Agora, e se eu lhe disser que, nos últimos quatro anos o índice americano S&P 500 não passou por rigorosamente nenhuma correção igual ou maior do que 10%?

S&P500

Enquanto isso...

Os fundamentos para muitas empresas norte-americanas estão em terreno mais frágil do que apenas alguns meses atrás”. (CNN)

Apenas 44% das companhias bateram as estimativas para receita nesta temporada de resultados até então, o que é extremamente baixo se comparado aos trimestres anteriores neste rali das Bolsas americanas nos últimos 5 anos.

Na verdade, nos últimos 15 anos (pelo gráfico) é nível só visto no auge da crise do subprime.

Empresas

A tira anterior era da expectativa, esta, infelizmente, é da realidade.

Contra fluxo há argumentos?


Em abril, o saldo de capital externo na Bolsa está positivo em R$ 5,543 bilhões.

No ano, o superávit de recursos estrangeiros totaliza R$ 15,409 bilhões na Bovespa.

Com a enxurrada de liquidez lá fora, um respingo que venha para cá já é capaz de provocar uma baita de uma marola.

E o dedo gordo finalmente aponta para...

Navinder

Para essa casa, no subúrbio de Londres, sede global da “Nav Sarao Futures Ltda”.

É, segundo as autoridades, o local onde o investidor Navinder Singh Sarao, acusado de manipulação do mercado, modificou 20 milhões de contratos negociados na bolsa americana no dia 6 de maio de 2010, dia famoso pelo fatídico flash crash.

No restante todo daquele pregão, foram movimentados outros 19 milhões de contratos futuros.

Último crash notável dos mercados, o movimento fez os índice S&P 500 perder cerca de 1.000 pontos em questão de segundos...

Flash Crash

Na explicação válida até então, o flash crash era creditado a uma ordem errada(fat finger) ou o bug de algum robô de operação em alta frequência.

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