Garanta 40% de desconto
⚠ Alerta de Balanço! Quais ações estão prontas para disparar?
Veja as ações no nosso radar ProPicks. Essas estratégias subiram 19,7% desde o início do ano.
Não perca a lista completa

O Custo de Ignorar a Ciência nos Seus Investimentos

Publicado 25.11.2021, 15:36
Atualizado 09.07.2023, 07:32

O mercado financeiro é um lugar cheio de contradições, mas uma delas me chama muito a atenção aqui no Brasil. Embora adorem falar de como estão sempre em busca das melhores oportunidades de investimento, a esmagadora maioria dos/as profissionais do mercado financeiro não tem a mínima ideia de como fazer isso ou ignora sistematicamente a literatura científica sobre o tema.

Se isso ficasse restrito às carteiras de profissionais do mercado, tudo bem. Só que essa ignorância ativa é difundida em escala nacional, tanto através do atendimento a clientes quanto, principalmente, via produção de conteúdo “educativo”. Em pesquisa recente, a Anbima estima que a audiência de influenciadores/as da área de investimento esteja na casa das 74 milhões de pessoas.

Se, por um lado, isso mostra que a população brasileira tem muito interesse em investir, por outro lado é preocupante o fato de que o conteúdo educativo que lhes é oferecido reproduz o oposto daquilo que as pesquisas científicas recomendam. Não é surpresa, assim, que a carteira média brasileira, inclusive de profissionais, tenha baixíssimo grau de diversificação, baixo retorno, alto risco e baseada em achismos.

Isso é um problema porque, aparentemente, convencionou-se que 2021 está sendo um péssimo ano para investidores e investidoras nacionais. A renda fixa rendeu muito pouco e a renda variável gerou perdas consideráveis. Só que isso não leva em conta que uma carteira baseada em princípios científicos, que se estrutura em torno da gestão passiva e da aceitação da hipótese do mercado eficiente, teve um ano muito bom.

Para ficar em um exemplo, cito uma carteira que desenvolvi para um cliente de perfil cauteloso, com 80% em renda fixa e 20% em renda variável que, no final de outubro, teria obtido algo em torno de 9.5% de retorno com um desvio padrão de 0,58%. Isto é, algo em torno de 300% do CDI, com um mínimo de volatilidade e um custo anual de algo em torno de 0.3% ao ano.

A minha própria carteira, para citar outro exemplo, acumula algo em torno de 16% em 12 meses, contra -5,46% do Ibovespa ou 3,24% do celebradíssimo Verde Master FIM. Diferente de gestores, analistas e outras personalidades do mercado financeiro, eu não gastei tempo nenhum analisando balanços, projetando resultados, fazendo valuations ou traçando linhas em um gráfico.

Não porque tenho algo contra essas atividades, mas porque a ciência mostrou, exaustivamente, que isso não contribui em absolutamente nada para conseguir um retorno superior, ou ao menos sem incorrer em mais riscos e precisar contar com a sorte. Mesmo os melhores hedge funds do mundo não conseguem superar o rendimento do S&P 500 usando gestão ativa, então o que te leva a pensar que você, ou qualquer pessoa no Brasil, irá conseguir? Ou que, pagando módicos R$19,90 mensais, você terá acesso a recomendações extraordinárias?



O custo de negar a ciência


Longe de ser algo abstrato e distante, ignorar estudos científicos te geral um custo concreto e bastante intenso. Ao longo de uma ou duas décadas, a diferença no rendimento obtido é enorme. Tanto em termos de retorno gerado, quanto na economia que você terá em taxas de administração e performance, assinaturas de casas de análise, corretagem, impostos e tempo gasto acompanhando o mercado.

Eu acho que muito do medo de quem trabalha com gestão ativa se explica pelo fato de que a gestão passiva e cientificamente fundamentada torna sua atividade obsoleta. Se você pode investir sem acompanhar o mercado, pagando muito pouco, ganhando bem mais e tomando menos riscos, por que você aceitaria fazer o oposto? Isto é, pagar mais caro para correr mais riscos e ganhar menos?

Isso não significa, por outro lado, que investir de forma passiva seja algo totalmente trivial, porque é possível otimizar ainda mais a performance de longo prazo de uma carteira ao torna-la apta a captar outros prêmios além da média do mercado, diminuir os gastos, ampliar a diversificação, eliminar ineficiências e definir as proporções ideais para cada tipo de ativo, preferências de risco, objetivos individuais.

Nesse caso, o ideal é que você entre em contato com um consultor ou consultora de valores mobiliários, que poderá te ajudar em todas essas questões. Embora esse tipo de serviço costume ser restrito para clientes com patrimônio muito alto, existem profissionais que, como eu, conseguem realizar atendimentos personalizados de forma muito mais acessível, justamente por usar a ciência para cortar ineficiências.

É importante lembrar, contudo, que você confira se o/a profissional que você está contratando possui autorização da CVM para exercer a atividade de consultoria de valores mobiliários – ela é altamente regulada para garantir a segurança de quem investe. Caso tenha interesse em uma consulta comigo, você pode entrar em contato pelo e-mail: andre@salmeroninvestimentos.com.br. Um grande abraço e bons investimentos!

Este texto tem cunho meramente educativo e não deve ser considerado uma recomendação de investimentos. Todo investimento financeiro carrega riscos de perda parcial, total ou, em alguns casos, superior ao montante investido. Nunca invista em produtos ou serviços sem conhecer os riscos associados a ele, e evite aqueles que não possuem regulamentação da CVM, Banco Central ou entidade estrangeira equivalente.

Últimos comentários

Esse artigo está mais para propaganda da eficiência do próprio autor no mercado financeiro do que um artigo que gere informação ou conhecimento para o público. Como vivemos em uma democracia onde cada um pode dar a sua opinião, desde que não seja ofensivo ou desrespeitoso, a opinião do autor também é válida. (Assim como a minha!!!).
B3 chegou ao fim
o primo rico ficou rico vendendo livro 😲
ESTE SITE É SUPERMERCADO DE INVESTIMENTOS JÁ FAZ TEMPO....
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.