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O efeito “marola” no preço do dólar e o viés de alta!

Publicado 23.01.2014, 08:06
ZS
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Há um movimento cotidiano bastante perceptível que se repete no comportamento da formação do preço da moeda americana no nosso mercado.

Poderíamos denominá-lo como algo semelhante a uma “marola” que conduz a taxa cambial a patamar mínimo no período antecedente à realização da oferta de novos contratos de “swaps cambiais” e da oferta com a finalidade da rolagem parcial da posição vincenda de US$ 11,0 Bi em 3/2/2014, e este movimento é induzido pelos próprios agentes do mercado para que as operações de “swaps cambiais” sejam realizadas a preços mais baixos para garantir margem de ganho futuro maior nas operações.

Passado este momento pontual cotidiano de ação por parte do BC, o preço da moeda americana assume o seu viés fundamentado de alta, e não rigorosamente alinhado simetricamente com outras moedas emergentes na intensidade, já que os países, ditos emergentes, atualmente apresentam situações bastante díspares entre si, embora haja um grupo consideravelmente mais vulnerável do que os demais, entre os quais vem sendo incluído pelos analistas internacionais o Brasil e o real.

Ontem tivemos o extremo baixo do preço da moeda americana em R$ 2,3560 e o fechamento em R$ 2,3733, o que deixa bem evidente a expressividade da mudança de comportamento.

O mundo financeiro global continua a destacar perspectivas pouco favoráveis ao Brasil.

O FMI, que erra muito mas influencia com suas projeções, procedeu à revisão do crescimento global melhorando-a, mas por outro a reduziu para o Brasil de 2,5% para 2,3% neste ano e entende que o juro afetará o investimento no país, concluindo que o baixo nível de investimentos e gargalos de infra estrutura são os problemas chaves para o crescimento do país.

Destaca, também, que os riscos associados ao “tapering” serão mais acentuados em economias com problemas internos ou déficits em conta corrente. A este respeito concluiu de forma semelhante ao que temos colocado quase que cotidianamente: “Quando combinado com fragilidades domésticas, o resultado pode ser abrupta saída de capitais e ajustes na taxa de câmbio”.

Por outro lado, a agência de ratings S&P continua emitindo seus sinais e enfatizou que o bom momento para ratings na América Latina ficou para trás. Parece que embora de forma discreta se mostre insistente e “está colocando o gato no telhado”.

Nada disto é novidade, temos abordado este contexto de forma contumaz e repetitiva, pois por vezes, fica-nos a impressão de falta de percepção mais aguda por uma minoria do mercado financeiro para o fato latente de que existem substantivamente muito mais razões para que os fluxos de recursos ocorram no sentido de saída do país, do que de ingressos, a despeito de notórios fatos contrários ao país em perspectiva.

O fluxo cambial até o dia 17 de janeiro último manteve a trajetória negativa acumulando saídas liquidas de recursos da ordem de US$ 1,894 Bi, sendo US$ 1,782 Bi financeiro e US$ 112,0 M comercial, comportamento muito semelhante a 2013 que fechou janeiro negativo em US$ 2,386 Bi e soberbamente distante do positivo de US$ 7,283 Bi registrado em 2012.

A balança comercial também vem se mantendo negativa e as projeções são de queda do preço das commodities agrícolas neste ano em torno de 6,1%, tendo havido importante queda na terça-feira dos preços de farelo de soja nas bolsas internacionais. Por outro lado, os minérios tendem a ser afetados em seus preços na medida em que a China tenda a crescer menos, já havendo projeções em torno de 7,5%.

Enfim, os tempos de “tsunamis” ficaram distantes e atualmente temos que reaprender a conviver com tempos de “ressaca”.

Hoje será um dia importante, pois haverá a divulgação do IPCA-15 que dará uma melhor idéia do comportamento da inflação e também da Ata da reunião do COPOM da semana passada, que poderá permitir que se vislumbrem quais são as tendências da política monetária.

Particularmente, entendemos que o COPOM não deva fechar questão sobre futuras altas da SELIC, colocando-se mais na postura de observador do desempenho do espiral inflacionário e suas fontes de pressão, para, se necessário, agir promovendo novas altas. No atual momento, nos parece extremamente prematuro que a autoridade monetária defina um posicionamento mais inflexível, até porque a economia está repleta de incertezas.

Não há dúvidas de que a tendência de alta do preço da moeda americana será consistente havendo fundamentos suficientes para que seja sustentável, e o antídoto possível neste momento é a alta da taxa de juro para compensar seus impactos nos preços da economia, pois contê-la de forma veemente pode exigir um dispêndio de reservas cambiais, não conveniente para o país.

É preciso considerar que os efeitos consequentes da redução do programa do FED ainda não se tornaram efetivos no mercado brasileiro, e, que poderão vir a ocorrer de forma agravada caso seja deliberada nova redução.

Temos especial expectativa quanto ao comportamento do preço da moeda americana nos dias 30 e 31, datas, salvo mudança por parte do BC, posteriores ao final da rolagem da posição vincenda em 3/2/2014 de US$ 11,0 Bi e que pode ensejar disputa em torno da Ptax com grande impacto de alta.

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