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O Gráfico que Está Aterrorisando Wall Street

Publicado 30.12.2014, 15:27

Aos 53 do segundo tempo…

Abrimos a semana da virada com uma virada no relatório Focus. 

Mais PIB e menos inflação, algo que há algum tempo não víamos.

Encerraremos 2014, portanto, com apostas de "crescimento" de 0,14% e de IPCA em 6,38% para este ano.

Retrospectiva: voltando a janeiro de 2014, o primeiro relatório Focus apontava expectativa de crescimento de 1,95% para o PIB e inflação em 5,97%…

Esse mercado de projeções bêbadas seria mesmo um pessimista por natureza?


O mundo dá voltas

Após assumir a necessidade de ajuste e nomear Joaquim Levy na Fazenda, a bola da vez do Governo Dilma agora é o chamado Focus Fiscal.

O governo, que já alinhou a sua meta de crescimento para 2015 à projeção do mercado, pode seguir as atualizações do boletim semanal como saída para dar mais transparência e acurácia às suas metas…

Hein?

Retrospectiva: menos de três meses atrás, interlocutores do governo escurraçavam as projeções do mercado, taxando os financistas de imperialistas, especuladores e/ou terroristas.

Talvez tenham, enfim, percebido o otimismo por natureza.


Ainda (muuuuito) pior

Peço sinceras desculpas.

Gostaria de estar tomado pelo clima natalino, entrando em 2015 sob otimismo inabalável, passando as melhores notícias e projeções do mundo ao leitor…Mas não posso otimitir fatos, e negar a dura realidade.

As manchetes econômicas vão de mal a pior.
Das poucas desta segunda-feira, as mais relevantes apontam:

Queda na produção da Petrobras em novembro

- Contas de luz subirão 8,3% em janeiro, em função do início das bandeiras tarifárias

- Queda de 1,5% na confiança da indústria em dezembro

- Pior resultado do governo central dos últimos 18 anos


Sugiro atenção especial a essa última. A mediana das projeções era zero; veio mais R$ 6,7 bilhões de déficit em novembro, acumulando rombo de R$ 18 bilhões nas contas públicas centrais em 2014 (até o final de novembro).


O nosso crash

Recorto, abaixo, trecho da entrevista de Levy ao Valor:

Valor: O senhor diria que estamos, hoje, como os Estados Unidos antes de eclodir a crise de 2008?

Levy: Aqui não há riscos imediatos no sistema financeiro em si. Mas vale lembrar que a crise financeira global de 2008 veio da política do governo Bush de sustentação do crescimento baseada em desonerações tributárias e expansão do crédito garantida pelo Tesouro americano. Para tentar que a economia crescesse tanto quanto no período Clinton, Bush expansiu o crédito imobiliário fácil, apoiado na garantia do Tesouro a empresas como a Fannie Mae. Ele fechou os olhos ao aumento de alavancagem geral para manter o desemprego baixo. O coquetel se completava com o corte de impostos para agradar parcelas chaves do eleitorado e algum protecionismo.

Levy é ótimo, basta ler a entrevista para atestar o abismo de credibilidade em relação ao seu antecessor.

Mas precisa de total autonomia, e de sorte.

Se ele fizer tudo certo em 2015, teremos um ano ainda pior em termos de crescimento, geração de empregos e inflação em relação a 2014, mas surgirá base para um bom ano, quem sabe, em 2016.

O gráfico que está aterrorizando Wall Street


Semelhança assustadora entre a performance da Bolsa americana em 1928-29 e 2012-14.

Cada um com a sua referência histórica.

Eu acho sim que as ações americanas estão caras, mas também sei que olhos interessados encontram paralelos em quaisquer períodos.

Peço o seu voto

Enfim, o M5M assume a sua veia política, algo que muitos suspeitavam…

O Fim do Brasil está concorrendo a Livro do Ano em enquete da Folha de S. Paulo.

Se você acompanhou os desdobramentos do tema aqui pelo M5M, e realmente achou o trabalho relevante, fica a deixa para participar da enquete: http://polls.folha.com.br/poll/1434601/results.

Felipe trabalhou bastante neste ano e - acredito - merece o prêmio.

Vai comemorar na Duna Pôr do Sol.

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