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O Homem Que Previu a Bolha

Publicado 14.10.2013, 20:59
Tudo na mesma

Começamos esta semana como terminamos a última. Enquanto a temporada de resultados não começa, noticiário corporativo escasso por aqui e, lá fora, feriado paralisando a agenda de indicadores americana e nenhum avanço material nas conversas entre republicanos e democratas pelo aumento do teto do orçamento. Nem precisava ir tão longe. Você sabe quando o noticiário financeiro está aquele marasmo quando o relatório Focus aparece entre as principais manchetes do dia, várias vezes.

O que diz o mercado


As expectativas de inflação finalmente recuam, reflexo do iminente retorno da Selic aos dois dígitos. Mas lembre-se que o IPCA (em 5,8%) ainda está bem acima do centro da meta (de 4,5%). A exceção do Botafogo, tudo permanece no mesmo lugar, e ninguém tem grandes motivos para comemorar.

A Copa já começou


Falando em inflação, e falando em futebol, começa a ficar escancarado o impacto da Copa do Mundo sobre os preços. O turista que voar do Rio para São Paulo para assistir à abertura do evento, em 12 de junho, pagará R$ 2.400 no voo pela TAM (ida e volta). Praticamente o mesmo do que gastaria para ir a Nova York ou Paris. As diárias de hotéis não ficam para trás.

Segundo o Hotel Price Index, da Hoteis.com, o preço médio por diária registra aumentos bastante superiores ao IPCA em algumas cidades-sede, exemplo Manaus (+24%), Brasília (+17%), Rio de Janeiro (+16%) e Salvador (+12%). O Rio que já é apontado como a cidade mais cara do mundo na categoria de hospedagem cinco estrelas, com uma diária de em média R$ 1.474, superando Nova York (R$ 1.305), Paris (R$ 1.030), Dubai (R$ 964) ou Tóquio (R$ 1.049).

Agravantes para a continuidade desse movimento? A continuidade da recuperação das economias americana e européia e a desvalorização do real (o mercado vê o dólar a R$ 2,29 ao final do ano, aponta o Focus). Eu, que reservei ingressos para jogos no Itaquerão, Maracanã e Beira Hell, já estou na torcida para não ser sorteado.

Uma nova regra de nomenclatura


Dentre as sugestões de temas e dúvidas pontuais de leitores que atendo diariamente, uma solicitação que vem chamando atenção diz respeito à menção a empresas e tickers de negociação. “Sei que é pouca coisa mas acredito ser importante, principalmente, para os menos vivenciados com o mercado, por favor coloquem sempre a sigla de negociação da Bolsa ao lado de qualquer empresa que seja referenciada ou citada”, disse o Nelson em email. Como aqui pedido de assinante do PRO é ordem, estreamos hoje a nova regra de nomenclatura, com nome de empresa sempre acompanhado do respectivo ticker...

A estreia: Eternit (ETER3)


As ações da Eternit caem 5% no momento que escrevo, diante de nova ação civil pública trabalhista relativa ao uso do amianto. Por que eu considero essa reação exagerada? Pois vejo baixo risco material no evento:

(i) o processo diz respeito a uma fábrica desativada em 1993, e na época os problemas relacionados ao uso do amianto não tinham a dimensão de hoje em dia;
(ii) o autor da ação é novamente a Associação Brasileira dos Expostos do Amianto (ABREA), a mesma que entrou com pedido de indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 1 bilhão, já com decisão definitiva do STJ sobre a improcedência do pedido.

Não que Eternit esteja certa ou errada, mas que, neste ponto, tamanha destruição de valor parece passar o carro na frente dos bois. Eternit merece carregar um desconto em suas ações pelo componente de risco atrelado à questão do amianto, por isso nunca será uma ação cara. E nem precisa. Mesmo a 8x lucros, ETER3 já valorizou 23% e retornou 7,4% via dividendos do início do ano até aqui.

Que PRO é esse?


Estamos nos aproximando de um ano de vida do Mercado em 5 em sua versão aberta, e da centésima edição da versão PRO da nossa querida (?) newsletter. A experiência com o M5M PRO nos deu uma amostra da estrutura necessária para conseguir atender a todas as questões dos assinantes, sem fazer distinção. Hoje é a primeira edição do Vida PRO, a versão completa da newsletter do Felipe e do Rodolfo. Por esta questão de escala, limitaram o número de assinantes iniciamente a 1.000 membros. Até o momento que escrevo restam menos de 50 vagas para fechar o clube. O conteúdo é totalmente desapegado da proposta do M5M PRO. Elas foram pensadas desde a origem como newsletters de conteúdo complementar. Vale conferir.

Bolha, que bolha?


Temos mais outro indício do (super?)aquecimento do mercado imobiliário. Um terreno de mais de 200 mil m2 na zona sul de São Paulo (entre a ponte do Morumbi e o parque Burle Marx, na Marginal Pinheiros) será destinado à construção de um mega empreendimento pelas empresas Bueno Netto e Related Brasil, com vendas projetadas em R$ 8 bilhões e construção até 2020. Nas últimas semanas, o M5M cansou de mencionar indícios diários de que a bolha dos imóveis continua a inflar, reforçando a sobrevida dos investimentos em imóveis físicos, fundos imobiliários e ações de incorporadoras listadas - cada qual com sua peculiaridade. Interessante que mesmo depois do novo aumento da Selic, o mercado de fundos imobiliários reagiu relativamente bem, sem grandes sobressaltos, reforçando a tese de que o grosso do movimento já estava incorporado no valor das cotas. Ainda dá para comprar bons FIIs ao som dos canhões. Hoje separamos quatro deles.

O homem que previu a bolha


Poxa, quem sou eu para ousar falar isso sobre o mercado imobiliário, se o mais novo Nobel de economia Robert Shiller tem alertado para a existência de uma bolha nos preços dos imóveis no Brasil? Quem fizer uma busca simples no Google verá que o Shiller alerta para a bolha dos imóveis no Brasil desde 2011. Há dois anos que essa bolha infla e nada de estourar. Portanto, diria que ele errou.

Hora ou outra os preços dos imóveis irão cair. Não sei se perceberam, mas a existência de bolhas é algo inerente ao capitalismo. Oferta e demanda, se há descolamento entre um e outro, há a formação de uma bolha de preços - e seu subsquente estouro. O ponto é o tamanho da bolha e até quando ela pode inflar. Para não dizer que não faço previsão, vai uma: o rosto do Shiller estampará as principais revistas brasileiras como “o homem que previu o estouro da bolha imobiliária”. Só não pergunte quando.

Para visualizar o artigo completo visite o site da Empiricus Research.

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