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O Ibovespa reflete a dinâmica da economia do Brasil?

Publicado 19.07.2023, 09:10

O mercado financeiro possui diversos índices que ajudam a medir o desempenho de diferentes setores e ativos. O Ibovespa, por exemplo, é frequentemente chamado de termômetro da economia do Brasil. No entanto, no momento de montar ou rebalancear a sua carteira de investimentos, é fundamental avaliar os índices fazendo os devidos recortes. Dessa maneira, suas decisões tendem a ser muito mais embasadas.

O que é o Ibovespa e qual a função dele no mercado brasileiro?

O Índice Bovespa, também conhecido como Ibovespa ou IBOV, é uma carteira teórica formada pelas ações mais negociadas da bolsa de valores brasileira (B3. Por isso, ele representa o comportamento das principais empresas de capital aberto em um determinado período — sendo considerado por muitos investidores como o termômetro da economia nacional.

Entendendo esse conceito, fica mais fácil compreender a função desse índice no mercado de capitais do país. Devido às suas características, o Ibovespa funciona como base para a evolução da renda variável no Brasil. Por esse motivo, ele serve como um índice de referência para o mercado de ações. Com isso, diversos fundos de investimento utilizam o IBOV como benchmark — especialmente os fundos de ações.

Afinal, esses veículos financeiros costumam ter o objetivo de acompanhar o Ibovespa ou de superar seus resultados. Contudo, vale ressaltar que o IBOV representa apenas a evolução geral do mercado de ações brasileiro. Ainda, ao analisar a volatilidade do índice, é possível ter uma medida do risco do investimento em ações no Brasil. Por esse motivo, o Ibovespa é observado ao redor do mundo. Quando um investidor estrangeiro deseja saber como está o mercado brasileiro, é comum que ele avalie esse índice.

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Essa característica é relevante porque os aportes de estrangeiros constituem uma parte relevante do investimento no país.

Como o Ibovespa é formado?

Por sua importância no mercado de investimentos, é importante conhecer a composição do Ibovespa. Vale saber que a carteira teórica do índice é atualizada a cada 4 meses. Além disso, o número e a proporção de companhias que formam o IBOV podem variar. A metodologia de cálculo utilizada para incluir as ações no portfólio considera fatores como o desempenho médio dos papéis desde a última análise.

Para serem incluídas no IBOV, as ações precisam atender a determinados critérios. São eles:

  • ter, no mínimo, 95% de presença nos pregões;

  • não ter peso maior que 20% no índice;

  • não serem penny stocks (ações negociadas abaixo de R$ 1);

  • representar a partir de 0,1% do volume financeiro no mercado à vista;

  • não ser de uma empresa em processo de recuperação judicial.

A medição da variação do Ibovespa acontece por meio de pontos e o cálculo é feito através das médias ponderadas. Cada ponto representa R$ 1 — portanto, se o IBOV está em 100 mil pontos, significa que o seu portfólio teórico equivale a R$ 100 mil. Assim, quando o índice encerra o dia em queda, significa que houve uma desvalorização média das ações que o compõem. Mas vale ressaltar que nem todas têm a mesma proporcionalidade no Ibovespa.

O Ibovespa é realmente o termômetro da economia do Brasil?

Até aqui, você entendeu que cada ação presente na carteira teórica do Ibovespa têm proporção definida segundo critérios próprios. Logo, apesar de o desempenho do índice ser uma referência para o mercado, ele não reflete, necessariamente, as reais tendências da economia brasileira. Na verdade, o IBOV não tem a pretensão de ser o termômetro da economia. Ele apenas mede o desempenho médio de uma carteira teórica formada pelas ações mais negociadas da bolsa.

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Embora os papéis que compõem o índice estejam entre os principais do mercado brasileiro, não é possível afirmar que eles são os melhores do país. Logo, não é porque um ativo faz parte do Ibovespa que ele será, necessariamente, um bom investimento. O mesmo raciocínio vale para as companhias que não cumpriram o critério para participar do índice. O fato de elas não estarem presentes na carteira teórica do IBOV não significa que elas tenham maus fundamentos, apenas que foram menos negociadas no período.

Ainda, vale ressaltar que o IBOV é composto apenas por ações. Logo, ele não considera outros ativos que também são negociados na bolsa de valores, como os fundos de índice (ETFs). Outro ponto relevante é que, ao observar a composição do índice, você perceberá que a concentração de determinadas empresas é bastante alta, focando setores específicos, como o bancário e o de companhias exportadoras de commodities.

Com isso, é comum acompanhar nos noticiários que o IBOV subiu ou caiu em função de determinada organização. Confira os exemplos a seguir para entender melhor essa questão:

Exemplos práticos

No final de junho de 2023, o principal índice da bolsa brasileira teve o melhor desempenho em mais de dois anos. No entanto, na última sexta-feira daquele mês, ele fechou o pregão em queda. O movimento seguiu a forte queda da Petrobras (BVMF:PETR4), depois que a empresa anunciou mais uma redução no preço da gasolina e do gás de cozinha para as distribuidoras. Nesse dia, as ações preferenciais da petroleira caíram mais de 4%.

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Já os papéis ordinários recuaram mais de 5%, estando entre as maiores quedas do pregão. Como a Petrobras está entre as mais negociadas na B3 (BVMF:B3SA3), ela é bastante influente no Índice Bovespa. Consequentemente, o impacto dessas ações nos resultados do IBOV é maior que a influência de diversas outras companhias que fazem parte do portfólio do índice — e cujas ações são menos negociadas.

Ademais, no primeiro semestre de 2023, por exemplo, o Ibovespa fechou em alta, a 118.087 pontos. O desempenho foi resultado da redução de riscos políticos e fiscais, melhora das perspectivas econômicas e da inflação e expectativa de corte dos juros.

Entretanto, as ações da Vale (BVMF:VALE3) — empresa com maior peso do Ibovespa no período — tiveram a quarta maior queda do índice nos primeiros seis meses de 2023. Assim, o desempenho do IBOV não foi tão alto quanto poderia ter sido se a influência desses papéis não fosse tão alta.

Vale a pena usar o Ibovespa como benchmark?

No mercado financeiro, o benchmark é usado como parâmetro de referência para analisar o desempenho de um investimento ou uma carteira. Ele ajuda a entender se a performance de um ativo, por exemplo, está acima, abaixo ou equivalente à média do índice de referência. Conforme mencionado anteriormente, o Ibovespa é o índice mais conhecido e bastante utilizado como referência para o mercado de ações. Contudo, vale entender por que ele não deve ser o único parâmetro usado como referência no momento de investir.

O Ibovespa possui alta concentração

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Você já sabe que cada ação tem determinado peso no índice e, quando somadas, totalizam 100%. Considerando a carteira teórica do Ibovespa de julho de 2023, é possível notar que apenas seis empresas (Vale, Petrobras, Itaú Unibanco (BVMF:ITUB4), Bradesco (BVMF:BBDC4), B3 e Eletrobras (BVMF:ELET3)) respondem por 43,07% da oscilação do IBOV. Sozinha, a Vale tem 12,84% de peso no índice do período. Mesmo que a B3 tenha uma metodologia para atribuir a proporção e o risco dos ativos no Ibovespa, a concentração do índice é bastante elevada.

Em relação aos demais papéis, a maioria tem menos de 1% de contribuição na composição do índice. Portanto, ao ler ou ouvir que a bolsa de valores teve um movimento de alta ou baixa, pode-se esperar que algumas das principais empresas tenham influenciado fortemente o desempenho do IBOV no dia. Logo, traçar um perfil de toda a economia se baseando apenas em um índice em que poucas ações da carteira respondem por quase metade das variações médias tende a ser pouco confiável. Nesse sentido, há outras formas de acompanhar o desempenho macroeconômico, como ao avaliar índices setoriais e o resultado do PIB (Produto Interno Bruto).

Ademais, ao montar uma carteira diversificada, é provável que ela se movimente de maneira independente do IBOV. Com isso, o índice perde um pouco da sua função como parâmetro de referência.

As notícias podem trazer percepções equivocadas

Portais de notícias e redes sociais costumam trazer manchetes que consideram ser o momento certo para investir ou sair da bolsa. Em geral, esse tipo de reportagem se baseia nas variações do Ibovespa. Porém, a abordagem normalmente foca um cenário de curto ou curtíssimo prazo, considerando o desempenho recente do mercado. Em horizontes de tempos menores, a volatilidade tende a ser maior.

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Portanto, um investidor que foca no longo prazo não deve se limitar ao que é apresentado nesse tipo de notícia. Também é preciso ter uma visão crítica dos dados, considerando o contexto político, econômico e os fundamentos das empresas.

As ações podem subir ou cair sem relação com o IBOV

Outro pensamento comum entre investidores é que todas as ações se comportarão de modo semelhante ao Ibovespa — tanto nas subidas quanto nas quedas. Entretanto, mesmo que o papel faça parte do índice, ele pode cair ou subir, independentemente da maneira como o IBOV está se comportando. Dessa forma, é mais interessante para o investidor estudar os fundamentos das empresas em conjunto com o comportamento do Ibovespa. Como o índice representa um desempenho médio, poucas companhias podem forçar esse resultado em determinada direção.

No longo prazo, o preço das ações tende a seguir os fundamentos do negócio, e não o IBOV. Por isso, ao escolher um ativo para investir, é importante considerar a saúde financeira da empresa e as projeções para o futuro, independentemente da sua participação no índice.

É possível investir no Ibovespa?

Como você viu, o IBOV é uma carteira teórica. Logo, ele não é um ativo no qual se pode investir diretamente. Mas você pode se expor às oscilações do Ibovespa por meio do investimento em ETFs, por exemplo. Os exchanges traded funds, também chamados de fundos de índices, são veículos financeiros que espelham o desempenho de um índice de mercado. Logo, eles podem ter o Ibovespa como referência.

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Os ETFs se caracterizam pela gestão passiva, ou seja, cuja estratégia dos gestores não é superar os resultados do benchmark e sim "replicar" a performance de um índice de referência. Para tanto, eles montam o portfólio do fundo com os mesmos ativos que compõem o índice. No entanto, você já aprendeu que o IBOV é bastante concentrado em determinadas empresas e diretamente influenciado pela performance delas. Além disso, o índice não garante o desempenho e qualidade das ações.

Então, para encontrar os melhores investimentos para a sua carteira, é preciso considerar suas preferências, análises e estratégias.

Como aproveitar o potencial do mercado ao investir?

Se você não deseja se expor apenas ao desempenho do Ibovespa no momento de investir, vale diversificar a carteira para aproveitar outras oportunidades do mercado. Por exemplo, de janeiro a junho de 2023, o Brasil teve um crescimento de 1,3% no volume de exportações, atingindo US$ 166,15 bilhões.

Você pode aproveitar esses resultados ao fazer, por exemplo, investimentos focados em grandes empresas do comércio internacional. Com o aumento das vendas para outros países, essas empresas podem ter resultados melhores, e o investidor tem chances de se beneficiar da valorização dessas empresas.

Últimos comentários

Ótima aula 👏
brasil vai bem com muitos produtos financeiros chegando vai a grega valores para comunidades tem tudo pra estabiliza e Colomia
brilhante notícia bom negócios a todos....
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