As ações da Meta, dona do Facebook (NASDAQ:FB) (SA:FBOK34), chegaram a cair -26 por cento no pré-mercado de Nova York na quinta-feira, 3, e fecharam em queda de -26,4 por cento, cotadas a 237,76 dólares. Com o recuo, a empresa de Mark Zuckerberg desvalorizou 230 bilhões de dólares em um único dia, a maior baixa de uma companhia americana já registrada.
Por que a empresa virou destaque no mercado acionário?
A queda nas ações teve início na quarta-feira, 2, depois que a gigante de tecnologia informou que o número de usuários ativos diários na América do Norte caiu pela primeira vez em dezoito anos.
De acordo com o relatório financeiro da empresa Meta, a rede social perdeu cerca de 500 mil usuários ativos diários ao redor do mundo no último trimestre de 2021, com 1,929 bilhão de pessoas utilizando o aplicativo. Porém, conforme ilustrado abaixo, a queda de usuários de setembro de 2021 para cá não justifica o alarde — dramas da vida real.
O que o mercado espera das ações da empresa?
O mercado está precificando que a dona do Facebook não vai conseguir manter o bom ritmo de crescimento de usuários ativos.
Em outras plataformas, como o Instagram e WhatsApp, o crescimento foi “essencialmente estável”, informou o relatório da companhia.
Considerando que o metaverso não é lucrativo ainda, o mais desafiador no curto prazo é a Meta conseguir elevar as receitas dentro da sua família de aplicativos e serviços, após a recente “repaginada”, em função dos projetos em torno do metaverso.
Metaverso mescla ambiente físico e virtual em nova aposta de Zuckerberg. Foto: Reprodução/Facebook
Recomendação de "compra forte" para Meta?
Meta está negociando a um múltiplo atrativo, de 20x P/L 2022, que nada mais é do que a média dos últimos cinco anos.
Mesmo com as perdas de -21,20 por cento acumuladas nesta semana, não vale a pena comprar no momento. A mínima que o mercado aceitou pagar nos últimos anos (toda vez que bateu nesse patamar, voltou a subir) foi entre 13x e 14x P/L. Ou seja, a ação precisaria cair mais -40 por cento ou -50 por cento para começar a ficar barata.
Considerando que a empresa não sofreu alteração em seus fundamentos e que deve continuar crescendo a taxas altas – como de costume –, o nosso analista recomenda ficar de fora da ação da Meta.