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O Momento é de Manipulações

Publicado 15.10.2014, 07:32

O momento é de manipulações, mas a realidade mostrará a inconsistência

São absolutamente irracionais os movimentos dos ativos do mercado financeiros precificando no curto prazo anseios possíveis de serem alcançados somente no longo prazo, com base em novas políticas que precisarão antes de tudo demonstrarem ser capazes de reverter o desfavorável quadro macroeconômico do país, absolutamente deteriorado que se constitui no grande desafio a qualquer um dos dois candidatos à presidência.

A rigor são as pesquisas eleitorais que estão estabelecendo os ditames comportamentais dos mercados, ficaram distantes os fundamentos e a racionalidade, passando a prevalecer a pura especulação que norteia o balizamento dos preços.

O fato de o mercado financeiro entender que com a reeleição da Presidenta Dilma serão mais difíceis as mudanças drásticas necessárias para redirecionando das perspectivas para o país, não sugerem que no caso do seu opositor ser eleito tudo será transformado como o desejável no curtíssimo/curto prazo.

O Brasil precisará de políticas novas e agressivas, muita determinação e atitude por parte de quem assuma o governo, por reeleição ou eleição, para reverter o estado letárgico atual, promovendo assim a sua reintrodução na linha de crescimento e reconquista da credibilidade e atratividade, fatores determinantes para o aumento dos investimentos dos quais o país tem enorme necessidade para o seu soerguimento.

Não será tarefa fácil a reversão de expectativas e demandará um bom período, se tudo for feito com acerto. A linha de recomposição das perspectivas de crescimento, política macroeconômica conduzida com rigor com foco em investimentos e política fiscal segura passará pela superação de enormes entraves presentes.

Há muito que ser feito, os problemas do Brasil estão aqui mesmo e não no exterior.

E o câmbio somente poderá ter alterada a sua política após os “sucessos” das novas políticas e a reconquista da confiança, credibilidade e atratividade do país, quem sabe com sorte lá pelos meados de 2016.

O país precisa de fluxo de recursos externos líquidos intensos para poder reduzir gradualmente a intervenção expressiva no mercado cambial com instrumentos financeiros swaps cambiais e utilização dos bancos com posições vendidas para gerar liquidez no mercado à vista. Afinal, atualmente são US$ 100,0 Bi em swaps cambiais “em ser” e mais US$ 16,0 Bi em posições vendidas dos bancos.

Isto só será factível a partir da melhora sustentável dos fluxos cambiais líquidos, algo que poderia ser estimado, dando tudo certo, para o 2º semestre de 2016.

Até lá terá que ser praticado “mais do mesmo” pelo BC, mantendo a oferta de contratos de swaps cambiais para rolagem e uma oferta de montante adicional, até que o contexto de fluxos favorável permita a redução gradual desta intervenção.

Não há neste momento qualquer possibilidade do BC começar a retirar as ofertas de swaps cambiais, que se já perderam a capacidade de monitorar com força a formação do preço da moeda americana no nosso mercado, ainda evitam que ocorra alta expressiva compatível com o cenário macroeconômico presente.

E, adicionalmente deverá continuar ocorrendo a resistência extrema para não oferta direta de dólares ao mercado de câmbio à vista para geração de liquidez, primeiro porque não há perspectiva presente de reposição possível e segundo, poderia ser considerada mais uma evidência da fragilização da moeda nacional e motivar que especuladores detonem movimento especulativo sobre o real.

A perspectiva de curto prazo sugere muitos desafios a ser superados que exercerão pressão sobre o preço do câmbio no Brasil, certamente levando a moeda americana a forte apreciação, para depois, se políticas novas forem implantadas com sucesso, ocorrer a perspectiva de melhora.

Enfim, ainda que seja eleita a oposição, nada no primeiro momento poderá ser muito diferente do que temos com o governo atual. Evidentemente, o mercado financeiro trabalha com a expectativa de mudanças na condução do país, mas nada poderá ser tão imediato que justifique a precificação de ativos no curto prazo com base em perspectivas ainda incertas quanto a sua viabilização e sucesso de longo prazo.

O Brasil tem US$ 376,0 Bi de reservas cambiais, sempre alardeadas quando são apontadas as fragilidades do país, mas isto é um escudo, a propensão de uso deve continuar baixíssima, pois, a rigor, conceitualmente está no estoque para não ser gasto, pois se o for poderá se revelar menor do que normalmente é imaginada, afora os pontos que já destacamos acima.

A perspectiva do preço da moeda americana é de apreciação frente ao real, com base nos fundamentos, as distorções e movimentos atípicos atuais decorrem da especulação oportuna orquestrada a partir das pesquisas eleitorais.

Haverão muitas trepidações pressões sobre a formação do preço da moeda americana no nosso país, afinal somos emergentes e o mundo nos vê frágil e vulnerável, o que nos coloca como muito propensos a ser o primeiro quando os capitais estrangeiros passarem a se deslocar.

Esta é uma perspectiva que nem a situação e nem a oposição tem condições de mudar no curto prazo, por isso são irracionais os movimentos atípicos que vem ocorrendo no preço do câmbio no mercado brasileiro.

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Verdade mesmo Sidnei...agora temos que esperar pra ver o que será de nosso país...
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