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O Que Esperar do Governo Michel Temer?

Publicado 12.05.2016, 11:36
Atualizado 02.09.2020, 03:05
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O Brasil encerra melancolicamente nesta quinta-feira (12/5) um ciclo político econômico que se iniciou em 2003 quando o ex-presidente Lula subiu a rampa do Palácio do Planalto para receber a faixa presidencial da mão de Fernando Henrique Cardoso.

O governo Lula, querido por boa parte do empresariado brasileiro, deu lugar à sua sucessora, Dilma Rousseff, que iniciou um período conturbado com as forças econômicas. Por uma sequência de erros políticos e econômicos, Dilma foi afastada do poder nesta madrugada com uma votação expressiva dos senadores, que, por 55 votos a favor e 22 contrários, aprovaram o início do processo de impeachment.

O governo Michel Temer começa hoje com apoio de boa parte dos empresários e do mercado financeiro, que, nos últimos meses, deu claros sinais que apoiava a mudança de governo com a subida do Ibovespa e de ações de estatais e a queda do dólar e de juros.

O Investing.com Brasil perguntou a seus principais colaboradores como eles veem o mercado neste novo ciclo.

Paulo Ramirez

Vivemos atualmente tempos difíceis, no plano econômico e político estamos desacreditados, passamos por uma crise econômica e por um momento de desconfiança nunca antes experimentados. Temos grandes problemas econômicos: dívida pública nas alturas, inflação, política cambial, agravadas ainda mais pelo desemprego.

Mesmo com Temer assumindo o governo não será como por encanto que o Brasil será visto como um país confiável, lembramos que Temer era vice de Dilma, também lembramos que o presidente da Câmara dos Deputados está afastado, isso é motivo para piadas internacionalmente. Acabamos de sofrer um novo rebaixamento pela agência Fitch.

Recomendo cautela neste momento, investimentos conservadores atrelados à inflação e também ao financiamento privado (empresas de primeira linha) são uma boa pedida. Não recomendo investimentos relacionados ao câmbio (grandes incertezas na política cambial).

Para quem gosta de mais emoção na renda variável lembramos que temos as ações do "pacote impeachment", as estatais (Petrobras (SA:PETR4), Banco do Brasil (SA:BBAS3)), Vale (SA:VALE5), bancos, siderúrgicas que podem ter ganhos expressivos momentaneamente.

Apesar dá má performance do setor imobiliário, como investimento à longo prazo, a aquisição de FII´s pode ser interessante, face a desvalorização do setor. A grande vantagem neste caso é estar comprando barato e ter um investimento livre de imposto de renda.

Lembramos sempre que um bom investidor diversifica (diferentemente de pulverizar) seus investimentos.

Abraços e bons negócios!!!

João Rossi

Caso Michel Temer assuma o posto da atual presidente Dilma, acredito que possa surpreender a bolsa de valores positivamente, principalmente ações que sofreram com o atual governo. Entre essas podemos destacar eventuais alterações pretendidas por Temer nas estatais Banco do Brasil (BBAS3) e Petrobras (PETR3 (SA:PETR3) e PETR4) que poderão ter os CEOs alterados, conforme noticiou a mídia recentemente.

De fato, não podemos negar que o país ainda está atingido com os problemas econômicos. A troca do governo, contudo, pode ser encarada pelo mercado como um princípio de mudança, uma vez que, na atual gestão poucos dados nos animaram. Se vamos tê-las ou não só saberemos com o tempo, porém fazê-las será uma grande chance do político ganhar a confiança do eleitorado e permanecer no poder por mais mandatos.

Márcio Lemos

À procura de um Fernando Henrique Cardoso

O jogo caminha para os 20 minutos do segundo tempo.

A equipe, frágil em vários setores e desorganizada, por uma sucessão de infortúnios, coincidências e um pouco de sorte, chegou ao empate. Com isso, é possível ainda sonhar com o título.

O técnico olha para o banco de reservas e procura "o jogador’. Sim, um "camisa 10" quepossa desequilibrar e levar o time à virada que, num primeiro momento, parecia algo inatingível.

Zico, Falcão, Sócrates, Rai, Rivaldo, Djalminha, Alex, Petkovic? Nada disso; não há nenhum desses no banco.

Assim é o Governo Temer. Assim era o Governo Itamar Franco "pós-Impeachment" no final de 1992.

Mas no longínquo ano de 1992, o ex-presidente Itamar Franco foi feliz. Foi buscar em São Paulo um dos políticos e intelectuais mais respeitados do Brasil e do mundo: o então senador e sociólogo Fernando Henrique Cardoso para assumir o Ministério da Fazenda por pouco mais de um ano. Justamente a área mais problemática da República, palco de sucessivos fracassos na condução da política econômica e, principalmente, no gerenciamento da inflação.

Fernando Henrique Cardoso tinha os últimos 25 minutos do segundo tempo para "virar a partida".

"Pegou a bola para si", fez tudo às claras, nada na surdina da madrugada, congelamentos e tantas outras iniciativas heterodoxas e bizarras. Juntou o que tinha de melhor dentro do seu partido, aqueles que falavam a sua língua, assumiu a responsabilidade, liderou.

É preciso muito mais do que poucos parágrafos para ir a fundo e entender a essência que permitiu a elaboração do Plano Real, aquele que seria responsável por delimitar o Brasil do "país antes e depois", mas Fernando Henrique Cardoso era "o camisa 10"

Os inimigos da época?

Inflação... inflação... inflação... hiperinflação... hiperinflação...

Ah, tinham os "militares”. Ahhhh, os "militares", inimigos? Sei lá, pelo menos nos bares, nas Universidades, tudo de mal que acontecia ao país, depois da hiperinflação, é claro, era culpa dos militares.

Ah, me esqueci, tinham as "perdas internacionais" de Leonel Brizola. Ninguém nunca soube explicar o que significavam as "perdas internacionais" de Leonel Brizola.

Porém, em qualquer canto, entrevista ou discurso, Brizola atribuía os problemas do Brasil às tais "perdas internacionais".

Os inimigos de hoje são outros.

Muitos outros, nem imaginem quantos.

Temos uma inflação resistentemente alta por 3-4-5 anos, e que já ultrapassa os 10% anual; sem gatilhos, sem nada que possa repor o poder aquisitivo da sociedade.

Temos forte intervenção na economia; um Estado muito mais inchado e "salvador da Pátria";

Temos muito mais funcionários públicos, muito mais concursos públicos, todos à procura da "pedra filosofal" do emprego eterno, estável e de altos salários.

Ops, "eu também quero"!!!

Temos um país dividido, uma nação dividida.

Temos o pobre e o rico; Dilma "é do pobre", Aécio "é do rico". Será?

Temos o negro e o branco de olhos azuis.

Temos a "esquerda caviar" e o "coxinha".

Temer olha para o banco de reserva.

À procura de um Fernando Henrique Cardoso.

D'Jecson Lima

Já passou da hora de APERTAR OS CINTOS!

O Brasil segue em uma decadência política e social ao longo dos últimos 6 anos, isso é fato. A crise tem apertado os cintos de toda a classe alta, média e baixa do país, em uma profunda recessão que acredito não ser passageira até que se mude o modo de comandar, investir e pensar à longo prazo.

Mas, mesmo com tantas barreiras e incertezas políticas e econômicas para empreendedores, lojistas, manufatureiros e investidores com, e citando os juros cada vez mais altos, novos impostos e velhos impostos assombrando a economia, esse ainda não é o momento de desistir, é sim o momento de PARAR E APERTAR OS CINTOS, se ainda não o fez.

Desde que saiu os resultados das eleições presidenciais em 2014, a economia brasileira já vinha dando sinais de recessão, péssimos resultados, aumento no desemprego, má gestão nas decisões econômicas do país, enfim, quem acompanha a política e economia no Brasil já deve ter previsto isso e hoje tem apertado ainda mais o cinto em relação aos gastos e investimentos.

O momento agora é aguardar, esperar se sairá mesmo esse impeachment e ver as ações do novo governo, acredito que após uns 6 meses de um eventual governo Temer, aí podemos fazer uma avaliação e soltar um pouco as amarras e fazer uma pequena tentativa de investimento para poder recuperar esses anos de crise e estagnação. Ou, continuar aguardando e aguardando até sentirmos a confiança suficiente na conduta da gestão do país.

O momento é AGUARDAR e VER para CRER.

Claudio Fialdini

Brasil segue seu ciclo de baixa que começou em 2011 e termina em 2030-32.

2016-2017-2018-Alta

2018-2020-23-Baixa

2023-2026 -Alta fortíssima

2026-2028-Baixa forte

2028-2030-Alta

2030-2032-Baixa

2032 - Começa o ciclo de alta do Brasil.

Minha recomendação é compra de café, ouro, petróleo, Ibov e venda do dólar até meio de 2017. Depois o inverso. Com Temer ou sem Temer pouco muda.

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