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O Samba das Opções (e a Nova Sorte de Petro)

Publicado 28.10.2014, 22:10
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Em um cenário binário, os mercados tomaram a sua posição há muito tempo: Aécio para cima, Dilma para baixo.

Desde março o “rali eleitoral” prova o ponto; não há margem para discordância aqui, pelo menos aqui.

Mas como explicar, então, o movimento “ameno” dos mercados na véspera e a alta nesta terça-feira, após a confirmação do cenário desejado?

Algumas das possibilidades ventiladas:

a) o mercado já havia precificado a vitória de Dilma

b) o mercado está confiante na mudança da política econômica

c) os fundos de pensão estão comprando como se não houvesse amanhã

d) na verdade, a crise vem mesmo de fora, a política econômica interna não tem influência e a queda de ontem se deu meramente pelas commodities

Você escolheria alguma delas, ou optaria por (e) nenhuma das alternativas anteriores?

Como explicar o movimento de ontem?

O Ibovespa abriu o pregão pós-eleições caindo perto de 8%, fechou com queda bem mais amena, de 2,77%.

Não deixa de ser queda expressiva, mas nem tanto...

Na opinião do ex-atual ministro Mantega, a queda da Bolsa se deveu à retração das commodities e à crise externa, sem qualquer relação com a questão eleitoral.

O meu ponto de vista?

Ainda acho difícil (impossível) traçar alguma relação entre uma queda de 9,6% da Eletrobras (ELET6) ou de 5,2% do Banco do Brasil (BBAS3) com a queda das commodities no mercado internacional. Suspeito que haja elementos internos - e comuns às companhias estatais - influenciando aqui...

Até mesmo o derretimento das ações da Petrobras ontem (-12,3%), que é uma empresa de commodities, parece injustificado. Isso porque a estatal petrolífera, pelo prejuízo consentido na política de importação de combustíveis, se beneficia da queda do petróleo no mercado internacional - compra mais barato lá fora para vender aqui dentro.

À primeira vista, a relação de forte alta do dólar (sinal de fuga de investidores estrangeiros) com queda da Bolsa, me sugere o seguinte: que a ponta compradora de ontem, ainda que insuficiente para levar a Bolsa ao azul, tenha vindo através das grandes fundações e dos fundos de pensão.

Concordando ou não, é um ponto.


Até onde vai a retórica de mudança (sim, no afirmativo)

Já o movimento do pregão de hoje, de alta, é bastante influenciado pelo repique da Petrobras (falo especificamente dele mais à frente), e tem como pano de fundo as promessas de “diálogo” e de ouvir o mercado para compor a nova equipe econômica, potencialmente sinalizando uma mudança de rumo...

Até onde vai a retórica de mudança com o mesmo, de conciliação?

O próprio Mantega faz questão de frisar...

Mantega

Ou, antecipar o ponto final. 


Duas questões que não querem calar

Independentemente de qual será a composição do novo quadro, e aqui nos agradam especificamente os três nomes ventilados por Lula (Nelson Barbosa, Trabuco e Meirelles), há duas perguntas que não querem calar:

- teria esse nome, sozinho, capacidade de resistir à política de partido, tão defendida nos últimos quatro anos e promovida com unhas e dentes ao longo da campanha eleitoral pelos falcões petistas?


- enquanto não há uma definição dos nomes, e não deverá haver até o final de novembro, quem estaria disposto a se posicionar de maneira consistente em ativo de risco brasileiros?

Vida leva eu

Partindo dessa última pergunta, que tal agregar alguns elementos tais como:


- piora das Bolsas externas, - queda no preço das commodities, - retirada dos estímulos nas economias desenvolvidas - um 2015 muito difícil para a economia brasileira, com liberação de preços represados, inflação elevada, crescimento baixo e uma série de débitos "adiados" que aparecerão sobre as contas públicas (já desajustadas).

A despeito de eventuais episódios de euforia pontual baseada meramente em retórica, todos os fundamentos apontam para um cenário difícil para os mercados. Ainda há um tempinho até o Carnaval. Não se deixe contagiar.

O samba das opções (e a nova sorte de Petro)

Vimos que as ações da Petrobras derreteram ontem, sofrendo queda de 12,7%.

Quem acompanha o mercado de opções, porém, notou algo atípico: mesmo diante de tamanho tombo, tanto as opções de compra (calls) caíram, pelo motivo óbvio do papel ter ido no caminho oposto, como também as opções de venda (puts).

O que isso quer dizer?

Que no preço das puts estava implícita uma queda ainda maior. Ou seja, as opções de venda (puts) já precificavam um desastre com as ações no caso de confirmada a reeleição.

E como explicar o movimento de hoje, com um repique (para cima) nas ações da estatal petroleira?

Após o fechamento dos mercados ontem, até como forma de acalmar os ânimos, fontes do governo ventilaram para a imprensa que o reajuste no preço dos combustíveis estará na pauta da próxima reunião do Conselho de Administração da petroleira, que ocorre esta sexta-feira (31/10).

Há uma coisa óbvia e duas muito interessantes aqui:

A coisa óbvia: cansamos de ouvir interlocutores do governo prometer um reajuste que não veio, alimentando a volatilidade das ações durante o ano todo. Porque acreditaria agora? Pois passaram as eleições.

As coisas interessantes: se confirmado, o reajuste virá no momento que a Petro em tese menos precisa (embora ainda precise, e muito), que, com a queda do preço do petróleo no mercado internacional, ela chegou mais perto da paridade de preços (embora não seja paridade).

Ahhh, teria também um impacto imediato e óbvio sobre a inflação, que já está acima do teto da meta, não?

Sim, mas é assunto para um outro M5M...

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