A leitura do parecer da reforma da previdência no senado, mais robusta do que aquela apresentada na câmara, com a alta do petróleo no mercado internacional e principalmente, a ausência de notícias negativas envolvendo a guerra comercial deram impulso ao mercado local e emergentes.
Por aqui, mais uma atuação do Banco Central e mais um dia de alta no dólar, levantando novamente os questionamentos da eficácia da atuação do BC e levando ao desmonte de posições vendidas nos vértices mais longos da curva.
Com tal cenário relativamente positivo, como citamos anteriormente, nada está garantido em momento algum.
Afetando o After Market no Brasil, a Argentina divulgou ontem a intenção de ‘reperfilar’ sua dívida de curto prazo, se colocando numa situação de pré-pré-moratória.
Dizemos isso, pois este é um sinal preocupante da incapacidade do país de cumprir com suas obrigações externas.
Este movimento sofrerá obvias resistências dos credores, dada a sensação de que o país está simplesmente ganhando tempo, pois sem fontes concretas de arrecadação para cumprimento de suas obrigações, sem tempo para colocar em prática um plano crível, uma eleição batendo à porta, a moratória é praticamente certa.
Com a inflação galopante, planos econômicos surreais, aumentos irresponsáveis de salários, desvalorização cambial, apelo ao FMI, nada é mais Brasil anos 1980 do que a Argentina em 2019.
Mais interessante ainda é questionar a tensão dos investidores locais e internacionais com a possibilidade de não recondução de Macri, em vista ao que está sendo feito neste momento.
Vem a dúvida: o que seria melhor? Um presidente que finge que não vai pagar a dívida ou um que diz logo que não vai pagar?
Com finalmente o primeiro dia decente de agenda macroeconômica da semana, os indicadores vêm em massa, com a perspectiva de um IGP-M negativo, governo central e os PIBs no Brasil e EUA.
Dados de atividade projetam um PIB brasileiro no segundo trimestre menos modesto do que no primeiro, com impacto do varejo e leve ajuda do consumo das famílias.
Nos EUA, o PIB atual suscita algum nível de tensão, mas ultrapassar as projeções pesa ainda mais.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta com comentários mais ‘calmos’ sobre a guerra comercial.
Na Ásia, o fechamento foi misto, em resposta à inversão da curva de juros nos EUA.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos até os 10 anos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto pelo ouro, com alta forte do minério de ferro em portos chineses.
O petróleo abre em queda, na espera pelo PIB americano.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -5,74%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,1311 / -0,61 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / -0,144%
Dólar / Yen : ¥ 106,24 / 0,463%
Libra / Dólar : US$ 1,22 / -0,651%
Dólar Fut. (1 m) : 4146,95 / -0,10 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 5,40 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 5,58 % aa (1,27%)
DI - Janeiro 23: 6,66 % aa (1,06%)
DI - Janeiro 25: 7,14 % aa (1,13%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,88% / 97.276 pontos
Dow Jones: -0,47% / 25.778 pontos
Nasdaq: -0,34% / 7.827 pontos
Nikkei: 0,11% / 20.479 pontos
Hang Seng: -0,19% / 25.615 pontos
ASX 200: 0,45% / 6.501 pontos
ABERTURA
DAX: 0,904% / 11836,04 pontos
CAC 40: 1,124% / 5447,63 pontos
FTSE: 1,532% / 7198,18 pontos
Ibov. Fut.: 1,01% / 98762,00 pontos
S&P Fut.: 1,731% / 2915,00 pontos
Nasdaq Fut.: 1,762% / 7696,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,44% / 77,41 ptos
Petróleo WTI: 2,23% / $55,99
Ouro: -0,30% / $1.538,21
Minério de Ferro: -0,42% / $91,63
Soja: -0,74% / $14,92
Milho: 0,14% / $364,25
Café: -0,37% / $94,20
Açúcar: -0,36% / $11,43