O prazo autoimposto da Opep para definir um plano de redução da produção de petróleo combinada do grupo em cerca de 830 mil barris/dia já está quase acabando. Em 30 de novembro, representantes dos 14 países se encontrarão na sede da Opep, em Viena, onde, se tudo der certo, formalizarão um acordo que tem sido meticulosamente negociado ao longo dos últimos dois meses.
O problema é que os membros ainda não chegaram a um consenso sobre onde se aplicará o corte. Para que o grupo entre em acordo, alguns membros terão que cortar e a maioria terá que congelar a produção. Apesar das diversas reuniões de subcomitês em outubro e novembro, além de reuniões individuais entre o secretário-geral da Opep e diversos outros países, as questões importantes ainda não foram resolvidas.
Irã: Embora a Opep tenha concordado anteriormente em conceder uma isenção de limitação da produção ao Irã, o que significará que o país poderá aumentar ligeiramente a sua produção. No entanto, o limite final ainda está em discussão sobre cerca de 0,08 milhão de barris/dia. O Irã também está preocupado com a possibilidade de renovação das sanções com a posse da nova administração dos EUA.
Iraque: O país já solicitou isenção, mas a Opep recusou, apesar de suas lutas militares e políticas internas. No momento, o Iraque afirma que produz 4,776 milhões de barris/dia e que esse deve ser seu limite de produção em um congelamento (restringindo uma isenção). A Opep quer estabelecer o limite do Iraque em menos 0,17 milhão de barris/dia.
Arábia Saudita: A Arábia Saudita indicou que está disposta a cortar a produção de petróleo. No entanto, isso impacta menos na produção saudita do que se esperava, porque o país ainda não reduziu a produção nas altas do verão, como de costume. É provável que a Arábia Saudita esteja buscando desistir de sua redução sazonal costumeira como uma concessão à Opep, mas só estará disposta a fazê-lo se o Irã e o Iraque concordarem também em congelar ou cortar sua produção de petróleo.
O objetivo da reunião do Comitê dos Líderes da Opep em Viena desta semana é propor recomendações de produção que os ministros do petróleo da Opep adotarão (ou não) na reunião oficial em 30 de novembro. Nesse momento, a Opep começará as discussões com países que não fazem parte da Opep, como a Rússia e o Brasil.
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