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Orçamento, Covid-19, Vacinas e Inflação: Semana (In) Tensa

Publicado 11.04.2021, 11:25
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Sem trocadilho, foi uma semana tensa e intensa. Tivemos novos desencontros sobre os rumos do Orçamento de 2021; a pandemia seguiu fazendo estragos, com mortes acumuladas passando de 350 mil, em 24 horas beirando as quatro mil, e as vacinas chegando, mesmo insuficientes e em atraso.

Para piorar, o presidente seguiu na sua pregação alucinada contra o lockdown, já demonstrado em vários países do mundo, como Nova Zelândia, Austrália, Portugal, ser a solução mais imediata e eficaz contra o coronavírus.

Com isso, ele vai se isolando cada vez mais e perdendo apoio. Um episódio a confirmar este isolacionismo, foi o STF, no papel do ministro Luiz Roberto Barroso, defender, depois de “baixo assinado” dos senadores, a CPI da Covid-19.

Bolsonaro, muito irritado, partiu para ataques pessoais ao ministro Barroso, o que tensionou ainda mais o ambiente e gerou um apoio de todo o STF, antes com alguns ainda reticentes em colocar este tema em pauta como prioridade, dado o momento delicado da pandemia. Bolsonaro foi tão grosseiro e inábil, que conseguiu reunir todos os 11 ministros contra ele.

Em outra derrota, estes mesmos ministros, por 9 a 2 (apenas Toffoli e Kassio Marques foram contrários) permitiram que governadores e prefeitos possam fechar templos e igrejas, proibindo pregações e assim, evitando aglomerações. Acreditem? Bolsonaro era contrário, na retórica torta de que estávamos aceitando “estado de sítio”. Nada mais errôneo e equivocado. O que se defende aqui são vidas, e estas só podem ser preservadas, se os canais de transmissão do vírus, pelo ar, em aglomerações, puderem ser “estancados”.

Sobre os trâmites para que tenhamos mais vacinas, na quinta-feira (dia 8) o Instituto Butantan anunciou a liberação de insumos para a continuação da produção. Uma boa notícia, pois no dia anterior o instituto havia anunciado a suspensão da produção pela falta de insumos.

Neste dia, o Brasil bateu mais um recorde diário de mortes, em 24 horas, 4.290, na sexta-feira foram mais 3.647. Chegamos, no acumulado, na sexta-feira, a 349 mil. Novos casos foram elevados a 89 mil. Ou seja, ainda estamos no olho do furacão, enquanto que muitos países já estão em processo de desconfinamento.

Na economia, tivemos o IPCA de março, em linha com as projeções (0,93%), acumulando 6,1% em 12 meses. Já o IGP-M, na primeira prévia de abril, registrou 0,5%, contra 1,9% na mesma do mês anterior.

Isso posto, abrem-se as “janelas de oportunidade” para o Copom, dia 05/05, sancionar mais uma elevação da taxa de juros Selic, em 0,75 ponto percentual, a 3,5% e depois, dar uma “parada”.

O comportamento do IPCA foi influenciado diretamente pelo choque de combustíveis, mais caros, e de alimentos. Achamos, no entanto, ser este um fenômeno temporário. A inflação de curto-prazo deve seguir pressionada até, pelo menos, meados do ano, com um “nível de espalhamento” maior nos núcleos e pelos índices de difusão. Ao fim deste ano, trabalhamos com o IPCA a 5,1%; para 2022 4,5%.

Mercado de Ativos

Bolsa de Valores

Fechamos na sexta-feira (dia 9) com o Ibovespa em queda “suave” de 0,54%, a 117.669 pontos, na semana avançando 2,1%. Mesmo com a pressão cambial, o ajuste do índice foi bem moderado, assegurando ganho de 2,1% na semana, depois de avançar 0,41% na quinta-feira. No mês acumula 0,89% e no ano registra perdas de 1,13%. A atratividade da bolsa, porém, segue na ordem do dia. Segundo a B3 (SA:B3SA3) o número de investidores ativos chegou a 3,59 milhões em março (+58% no ano). Já o mercado de ações movimentou R$ 36,8 bi, +12,2% contra mar20.

Mercado cambial

Foi uma semana em que os investidores se refugiaram no dólar, frente ao complicado cenário para a aprovação do Orçamento. Na sexta-feira (dia 9) a moeda norte-americana fechou a R$ 5,6749, alta de 1,81%, acumulando queda de 0,71% na semana, influenciada mais pelo cenário externo, e valorização no ano. Os investidores estão na defensiva por causa da questão do Orçamento. Já nos EUA o PPI veio mais forte (1,0%), o que deve pressionar os Treasuries americanos, depreciando ainda mais a nossa moeda. Ao fim deste ano estimamos o dólar R$ 5,40, a R$ 5,20 nos anos seguintes.

Mercado de juro

O impasse do Orçamento seguiu estressando o mercado de juro. Os pareceres da Câmara e do Senado contrários aos cortes, preocupam. Interessante que a curva de juro vinha cedendo desde quinta-feira, pela sinalização do Copom mostrando ter “controle” sobre o juro e a inflação. Há outras tensões no ar, como o STF ter dado parecer favorável a CPI da Covid. No front inflacionário, o IPCA até veio dentro da meta, mas nos EUA, o PPI surpreendeu, com 1% em março, bem acima das previsões. Por enquanto, trabalhamos com a Selic a 5,25% ao fim do ano.

Boa semana a todos !

Últimos comentários

É daí pra baixo, comprwe ouro e venda ações se não quiser ter o patrimônio reduzido a pó.
no campo político o comentarista foi totalmente parcial o que me deixa receoso em acreditar que na economia seus comentários sejam acertivos.
totalmente parcial, podia ser mais discreto, li o começo da matéria e nem terminei, politiqueiro, não sabe nada.
no campo político o comentarista foi totalmente parcial o que me deixa receoso em acreditar que na economia seus comentários bsejam acertivos.
Comentário exclusivamente politico com claro viés ideológico numa página de economia. Não acredito que tenha alguma utilidade.
Realmente...na semana q vem vamos ingressar numa tendência sustentável de alta pq política nada tem aa ver com a economia.
É o q mais me espanta neste espaço. A absoluta e pueril ausência de sensatez.
Mito 2022 tal ok... Contra tudo e contra todos... Juros 6,5 no fim do ano.. Globolixo falida.. Palmeiras bi mundial... Fatos
O número de localidades que fracassou com Lockdown é bem maior!
Temos que esperar 2022 para poder sim voltar a voltar no Bolsonaro , estou louco p ver a cara da globo em 2022, minha bandeira é verde e amarela tal ok
Povo brasileiro tem de esperar 2022, infelizmente. Bolso sempre jogará contra o Brasil e a favor de uma minoria que só enxerga o próprio umbigo.
enquanto isso , São Paulo fazendo lockdown atrás do outro e é o estado com maior número de mortes, pode por aí na conta do Doria genocida 1/4 das mortes do Brasil, comenta sobre isso analista
O estado mais populoso do Brasil e com um presidente da república fazendo o desserviço do negacionismo, nao há o que fazer. Dória nao é Deus e está brilhantemente diminuindo o estrago.
Vai estudar um pouco sobre o que é lockdown em vez de falar besteiras e passar vergonha.
Analista econômico favorável ao lockdown, interessante.
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