Ao analisar os movimentos dos contratos futuros do ouro em meio à mudança no cenário geopolítico, observa-se que, apesar da tentativa de alta na segunda-feira, com rompimento da resistência imediata em US$ 3.444, o metal enfrentou forte pressão vendedora logo em seguida. Os contratos testaram a próxima resistência relevante em US$ 3.479 e recuaram, devolvendo os ganhos até a faixa de US$ 3.405, patamar de onde havia partido a última perna de alta e onde o ativo oscila nesta terça-feira, após alcançar a máxima intradiária de US$ 3.422.
Não há dúvida de que essa volatilidade reflete os desdobramentos mais recentes do conflito entre Israel e Irã, somados à incerteza sobre o grau de envolvimento dos Estados Unidos. Apesar de a Casa Branca ter negado participação direta, a declaração do presidente Donald Trump, de que “todos devem evacuar imediatamente Teerã”, intensificou os temores do mercado.
A leitura atual dos gráficos sugere que os futuros do ouro permanecem com viés de baixa, dado o risco de agravamento da guerra, sobretudo se Israel optar por ampliar o confronto, desconsiderando os apelos de países como os EUA por uma resolução via diplomacia.
Embora Washington tenha cancelado as negociações nucleares previstas para o fim de semana, há relatos de que autoridades americanas e iranianas ainda buscam estabelecer conversas sobre um possível cessar-fogo e um novo acordo nuclear nesta semana, embora não haja data confirmada.
Níveis técnicos a monitorar
No gráfico diário, os futuros do ouro se aproximam da média móvel de 9 dias (MMD 9), localizada em US$ 3.382, diante da pressão vendedora que se intensificou após o teste da máxima recente em US$ 3.470 na segunda-feira. Se o cenário geopolítico mostrar alguma trégua, esse movimento de correção pode se prolongar ao longo da semana.
Caso ocorra um rompimento abaixo do segundo suporte, na média de 20 dias (MMD 20) em US$ 3.366, e esse nível seja perdido também na quarta-feira, o próximo alvo técnico passa a ser a média de 50 dias (MMD 50), em US$ 3.312.
Se os contratos romperem essa faixa e mantiverem o movimento descendente, o viés de baixa se intensifica. Nesse caso, o metal entra em um canal de correção mais acentuado, com possibilidade de testar a média de 100 dias (MMD 100), localizada em US$ 3.135, já na próxima semana.
Por outro lado, qualquer reação altista a partir dos níveis atuais poderá ser encarada como oportunidade para os vendedores voltarem a atuar, especialmente se o preço ultrapassar a resistência importante em US$ 3.444, com ordens de proteção sendo posicionadas acima de US$ 3.494. Ainda assim, o momento exige extrema cautela, com atenção total aos desdobramentos do conflito entre Irã e Israel.
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