Com a aparente calma dos mercados, em vista às, novamente, negociações telefônicas entre China e EUA deram o tom da sessão hoje, que tem como fato inicial a queda do compulsório chinês em 50 bp, efetivos a partir do dia 16 de setembro.
É mais um sinal da preocupação da segunda maior economia do mundo com a sua atividade econômica e a guerra comercial tem afetado o ritmo de crescimento chinês.
Para os EUA, após um resultado surpreendente do ADP Employment, combinado com dados positivos de produtividade e salários, as atenções se voltam hoje ao Payroll, indicador que inclui as contratações do governo, podendo este ajudar no resultado, em vista ao recente censo americano.
Ainda que o ADP tenha surpreendido, é necessário lembrar que ele serve informalmente como indicador antecedente do Payroll e o resultado do mês anterior do ADP foi revisado de 156.000 para 142.000, portanto, é possível um resultado dentro do esperado.
Mesmo assim, a contínua criação de postos de trabalho, ainda que alguns indiquem como uma garantia de corte de juros por parte do FOMC, o que é um contrassenso, demonstra a robustez da economia americana em face aos desafios globais e de um presidente instável.
Diversos setores já sofrem e muito com a elevação de custos devido à guerra comercial e a nova dinâmica da economia americana faz com que os repasses de preços estejam cada vez mais difíceis, transferindo a inflação à queda de margem de lucros, como ocorre no Brasil, porém por razões diferentes.
Também atuando no compulsório, o presidente do BC Campos Neto já sinalizou a possibilidade de uso do instrumento em breve, o que animou diversos setores da economia, em especial os bancos.
O uso do instrumento já ocorreu no passado, mas ainda falha em se traduzir como queda de juros ao consumidor.
Neste sentido é importante também a leitura do IPCA e do IGP-DI hoje, onde ambos apontam projeções de inflação baixa, garantindo ao Banco Central o próximo corte de juros na próxima reunião do COPOM.
Aliás, o Fed já deu sinais suficientes de que também cortará no mesmo dia, portanto setembro será o mês do corte de juros.
O BC russo cortou mais cedo os juros para 7% aa. Estamos na maior situação de juros baixos na história recente.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa na maioria e os futuros NY abrem em alta, com temores sobre o Brexit e expectativa pelo Payroll.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, com a possibilidade de avanços na negociação entre China e EUA.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao cobre.
O petróleo abre em queda, com alta nos estoques.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -2,03%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,1111 / -1,82 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / 0,000%
Dólar / Yen : ¥ 107,02 / 0,000%
Libra / Dólar : US$ 1,23 / 0,000%
Dólar Fut. (1 m) : 4103,74 / -1,88 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 5,40 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 5,58 % aa (-1,45%)
DI - Janeiro 23: 6,66 % aa (-1,52%)
DI - Janeiro 25: 7,14 % aa (-1,41%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,0297% / 97.276 pontos
Dow Jones: 1,4141% / 25.778 pontos
Nasdaq: 1,7544% / 7.827 pontos
Nikkei: 2,12% / 20.479 pontos
Hang Seng: -0,03% / 25.615 pontos
ASX 200: 0,92% / 6.501 pontos
ABERTURA
DAX: 0,000% / 12164,60 pontos
CAC 40: 0,000% / 5591,10 pontos
FTSE: 0,000% / 7267,43 pontos
Ibov. Fut.: 1,49% / 102764,00 pontos
S&P Fut.: 0,000% / 2979,50 pontos
Nasdaq Fut.: 0,000% / 7866,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,73% / 77,46 ptos
Petróleo WTI: 0,00% / $55,44
Petróleo Brent:0,00% / $60,44
Ouro: 0,00% / $1.508,10
Minério de Ferro: 2,26% / $90,72
Soja: 0,53% / $14,84
Milho: 0,14% / $347,50
Café: -1,28% / $92,20
Açúcar: -0,36% / $10,92