Em uma semana marcada por um calendário econômico com resultados de inflação em diversos países, principalmente Brasil, China e Estados Unidos, é bastante comum nos perguntarmos: para onde vai o dólar? Existe chance de a moeda cair ou ainda há risco de uma retomada de alta?
São perguntas bem complexas de se responder, justamente pelo fato de que é necessário aguardar a definição destes resultados de inflação, que podem nos dar um bom direcional sobre a moeda norte-americana.
Pois, se os dados de inflação na China e nos EUA subirem muito, consequentemente veremos uma maior atratividade nos investimentos destes países e menos atrativos para os países emergentes, como o Brasil.
Já para nós, a grande expectativa está na próxima reunião do Copom, que acontecerá nos dias 15 e 16 de junho, onde haverá nova decisão sobre a taxa Selic. Se a taxa de juros brasileira aumentar novamente – o que já é esperado – haverá uma boa atratividade para os investimentos internos; o que é muito positivo, visto a facilidade de trazer investidores estrangeiros e, consequentemente, mais moeda estrangeira para o Brasil.
Ou seja, parece estar mais fácil dólar ficar na faixa de R$ 5,00 ou até mesmo ir para R$ 4,90. Porque depois que a moeda começar a trabalhar abaixo destes R$ 5,00, certamente ela deverá buscar até mesmo a faixa dos R$ 4,80, e dificultando sua volta para a casa dos R$ 5,20 ou R$ 5,35.
Na fala de Paulo Guedes, o preço justo do dólar, neste momento, seria de R$ 4,80 e é para essa faixa que estamos tendendo a ir. Mas se a moeda trabalhar abaixo do R$ 5,00 o próximo passo é: ficar de olho nos dados de inflação e observar se causa algum efeito de estresse no dólar.