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Política Ainda Pauta Mercados

Publicado 08.05.2017, 10:00
Atualizado 10.01.2024, 08:22
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O noticiário político trouxe boas novas aos mercados financeiros nesta segunda-feira, com a eleição do centrista Emmanuel Macron na França trazendo alívio aos investidores e removendo ao menos um dos riscos do cenário internacional. E os negócios locais também esperam ter essa sensação em relação à política em Brasília, em meio ao andamento das reformas trabalhista e previdenciária no Congresso.

As principais bolsas europeias e os índices futuros das bolsas de Nova York estão no vermelho nesta manhã, devolvendo as máximas em meses atingidas antes da vitória de Macron na eleição francesa. Trata-se do famoso jargão do mercado, de "subir no boato, realizar no fato", em meio aos desafios que o mais jovem presidente terá de enfrentar para conduzir a segunda maior economia europeia e manter o Velho Continente unido.

Nas moedas, o euro também recua, após alcançar o patamar de US$ 1,10 na sexta-feira passada, no maior valor desde novembro, ao passo que o rendimento (yield) do título francês de 10 anos cai a 0,76%. A libra esterlina também perde terreno para o dólar, assim como o iene, ao passo que as moedas de países emergentes tentam acompanhar os ganhos das commodities.

O petróleo segue em recuperação, mas os metais básicos se enfraquecem após as exportações e as importações chinesas cresceram menos que o esperado em abril. As vendas do país ao restante do mundo cresceram 8% em relação a um ano antes, de +16,4% em março e ante previsão de +11,3%. Já as compras feitas pela China tiveram alta de 11,9% em abril, de +20,3% no mês anterior e menos que a estimativa de +18%.

Com isso, o saldo da balança comercial foi de US$ 38,05 bilhões no mês passado, de US$ 23,93 bilhões em março. Os números mostram que o comércio global perdeu tração no início do segundo trimestre, mas as tensões comerciais entre China e Estados Unidos diminuíram desde o encontro entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping, no início de abril, o que reduziu a perspectiva de tarifas punitivas aos produtos chineses.

O foco agora se desloca para a primeira rodada das eleições legislativas francesas em 11 de junho, onde a formação de um governo majoritário será fundamental para Macron cumprir as promessas de campanha de um governo mais eficiente, reduzindo gastos governamentais e tornando o mercado de trabalho mais flexível. Qualquer semelhança dessa proposta (e seus desafios) com o governo Temer não é mera coincidência.

O Pode Legislativo continua sendo o principal direcionador dos mercados domésticos, que ainda apostam na aprovação das mudanças das leis trabalhistas e das regras para aposentadoria. A expectativa recai, sobretudo, na reforma da Previdência, que deve ajudar na reorganização das contas públicas e no aumento da população apta a trabalhar.

Aliás, amanhã, a comissão especial deve votar algumas emendas ao texto base já aprovado na semana passada, mas a votação no plenário da Câmara só deve ocorrer em junho, com o Palácio do Planalto correndo contra o tempo para formar uma base sólida de aos menos 320 votos. Para avançar a matéria ao Senado, são necessários 308 votos.

A agenda doméstica desta semana divide as atenções entre os indicadores econômicos e os resultados corporativos. Na safra de balanços, o ponto alto está previsto para quinta-feira, quando saem os números trimestrais de Banco do Brasil (SA:BBAS3) e Petrobras (SA:PETR4). Também são esperados os demonstrativos contábeis de frigoríficos e no setor de educação.

Já entre os dados, destacam-se a inflação oficial ao consumidor (IPCA) em abril, na quarta-feira, as vendas no comércio varejista (quinta-feira) e o desempenho do setor de serviços (sexta-feira), ambos em março. Combinados aos números da produção industrial, conhecidos na semana passada, os dados de atividade nesta semana devem definir as estimativas para o desempenho da economia brasileira no início deste ano.

A previsão oficial do Ministério da Fazenda é de que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha crescido 0,8% no primeiro trimestre de 2017 em relação aos três meses anteriores. Se confirmada, o período irá marcar o fim da longa recessão no país, que culminou em oito trimestres consecutivos de resultado negativo, apurados em 2015 e em 2016, e dará início à recuperação econômica, ainda que em ritmo lento e desigual.

Nesta segunda-feira, saem a Pesquisa Focus (8h25) e os dados semanais da balança comercial (15h). Amanhã, é a vez do resultado de abril do IGP-DI. Na quarta-feira, o juiz federal Sérgio Moro interroga o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Curitiba, no primeiro encontro cara a cara entre os dois.

No exterior, o calendário econômico do dia está mais fraco, mas a agenda até sexta-feira reserva dados da China e dos EUA sobre a inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI), além de números do varejo norte-americano e do crédito chinês. Na Europa, o destaque é a decisão do Banco Central da Inglaterra (BoE), que não deve alterar a taxa de juros cerca de um mês antes das eleições antecipadas no Reino Unido.

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