- A transformação da Uber durante a pandemia ampliou suas fontes de receita, tornando o aplicativo mais forte do que seus concorrentes.
- O último balanço da companhia fornece um veemente sinal de que sua estratégia para expandir sua oferta de serviços está dando resultado.
- De acordo com o Barclays (LON:BARC), as ações da Uber podem sair vencedoras de uma recessão.
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A recente queda de 56% da Uber Technologies (NYSE:UBER) (SA:U1BE34)sugere que a maior empresa de corridas por aplicativo não está imune ao atual ciclo de queda do mercado amplo. As ações da Uber fecharam o pregão de terça-feira a US$ 21,09.
No entanto, o desempenho da empresa sediada em São Francisco, Califórnia, em um ambiente de recessão global continua sendo uma grande incógnita.
A Uber e muitas outras empresas de tecnologia focadas em aplicativos pertencem a um segmento econômico que ganhou vida após a crise financeira global de 2008. Dessa forma, ainda não enfrentaram uma economia hostil.
Embora os investidores se mostrem relutantes em inserir empresas de tecnologia na carteira em momentos de adversidade, a transformação dos negócios da Uber nos últimos dois anos fez com que o aplicativo ficasse muito mais forte. De fato, a empresa agora é uma excelente candidata a compra durante correções.
A missão da companhia foi além do serviço de corridas, ampliando suas fontes de receita. Ao contrário da sua concorrente americana LYFT (NASDAQ:LYFT), a Uber pôde confiar na sua unidade de entrega de refeições para crescer no momento em que as corridas caíram durante a pandemia.
Resistente a uma recessão
A principal estratégia do CEO Dara Khosrowshahi após a pandemia foi aproveitar o crescimento do delivery para expandir a atuação da empresa em outras categorias, como itens de lojas de conveniência, bebidas alcoólicas e artigos de supermercado, transformando o aplicativo da Uber em um serviço muito mais diversificado do que apenas corridas.
No mês passado, a Uber lançou nos EUA o Uber Charter, serviço de reserva de ônibus fretados para grandes grupos de pessoas através do aplicativo. A companhia também estreou o Uber Travel, que permite a reserva de voos, hotéis e restaurantes, além de permitir que residentes nos EUA e Canadá reservem corridas para cada trecho do seu itinerário. No Reino Unido, a empresa está testando um serviço que permite aos clientes contratar uma viagem de longa distância pelo aplicativo.
Em uma entrevista recente à Bloomberg, o CEO Khosrowshahi disse que a companhia era “resistente a uma recessão” e acrescentou que não via a necessidade de cortar postos de trabalho.
“Os sinais na rua mostram que as coisas estão realmente favoráveis, e o gasto com serviços continua bastante robusto”.
O último balanço da companhia fornece um veemente sinal de que a estratégia de Khosrowshahi para expandir sua oferta de serviços está dando resultado. No mês passado, a empresa forneceu uma projeção positiva para o atual período, com as reservas brutas superando as estimativas dos analistas. As projeções da Uber vieram após sua receita subir 136%, para US$ 6,9 bilhões no primeiro trimestre, com um EBITDA ajustado de US$ 168 milhões, acima dos US$ 135 milhões esperados pelos analistas.
As recomendações dos analistas para as ações da Uber também são positivas. Em uma pesquisa realizada pelo Investing.com com 47 analistas, 42 recomendaram compra no papel, com um preço-alvo consensual para 12 meses que implica um potencial de alta de 140%.
Fonte: Investing.com
O Barclays, na semana passada, reiterou a classificação da Uber como acima da média em uma nota aos clientes. O banco também elevou seu preço-alvo para a empresa de corridas por aplicativo de US$ 48 para US$ 53 por ação, dizendo que a ação poderia ser uma beneficiária da recessão.
Além disso, a nota ressaltou que uma recessão poderia reduzir a escassez de motoristas e dificultar a vida de concorrentes na captação de recursos no mercado.
Conclusão
O modelo de negócios expandido da Uber faz com que a empresa seja muito mais resiliente em um ambiente econômico adverso. Isso significa que vale a pena considerar uma aposta em suas ações após a atual liquidação.
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