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Por Que é Importante Investir na Economia Global em um Contexto de Inflação?

Publicado 07.12.2021, 15:13
Atualizado 09.07.2023, 07:32
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Em tempos de crise, a inflação alta cria incertezas na economia de um país e é capaz de desestimular o consumo e prejudicar o crescimento econômico. Nesse sentido, é fundamental ter estratégias para proteger o seu capital da perda do poder de compra ao longo do tempo. Para investidores, é fundamental diversificar os investimentos incluindo também ativos no exterior, a fim de proteger o capital das variações cambiais e da potencial desvalorização da moeda nacional. O que poucas pessoas sabem é que a possibilidade de investir internacionalmente - artifício que anos atrás poderia parecer dificílimo para quem está iniciando - está cada vez mais acessível.

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A pesquisa Capitais Brasileiros no Exterior (CBE), feita anualmente pelo Banco Central (BC), reforça essa constatação. Em 2011, o CBE apurou que o volume de investimentos brasileiros no exterior superou a marca inédita de US$ 200 bilhões pela primeira vez, somando US$ 202,6 bilhões. Em 2021, o mesmo relatório mostra que o volume é ainda maior e já alcança US$ 558 bilhões de investimentos internacionais. Isso reforça que o brasileiro está buscando mais oportunidades de investimentos em mercados diversificados.

Existem alguns aspectos que merecem destaque quando o tema é investimento internacional. Como mencionei, a inflação é o principal deles, pois é capaz de fazer com que o dinheiro perca valor ao longo do tempo. Quanto maior for o índice inflacionário, mais significativa será a desvalorização da nossa moeda, diminuindo o poder de compra do brasileiro quando se trata de consumo de produtos internacionais (e.g. Iphone, viagens internacionais).

Ainda assim, a inflação, apesar de ser mais intensa no Brasil, é um fenômeno global atualmente. Nos Estados Unidos, os índices inflacionários são os maiores em três décadas. Então, por que diversificar os investimentos em um cenário de inflação alta? Neste cenário, as empresas bem sucedidas são as que conseguem repassar a inflação para os consumidores, protegendo suas perspectivas de retorno. Dessa forma, se olharmos ao nosso redor, já consumimos muitos produtos de empresas globais, como alimentos, vestuário, tecnologia e etc.

É difícil pensar hoje um consumo nosso que não esteja atrelado a alguma empresa global. Portanto, com a alta da inflação global que chega na máxima de décadas, essas empresas globais irão repassar os aumentos de preços para os consumidores, e veremos um aumento dos preços desses produtos também aqui no Brasil. Portanto, para se proteger e até obter retornos nesses momentos inflacionários, é necessário investir nas mesmas empresas globais que repassarão os preços para nós, brasileiros.

Afinal, se nós vivemos em uma economia internacional e nosso consumo já é globalizado, por que estamos investindo nosso dinheiro somente sujeito ao risco e retorno do Brasil? Mesmo que exista altos índices de inflação no exterior, a diversificação de investimentos com produtos internacionais pode ser uma estratégia adequada de proteção da carteira. Isso porque o dólar e o mercado acionário brasileiro tendem a ter uma correlação negativa: quando há queda no Ibovespa, o dólar tende a subir. Ou seja, para proteger o capital dessas oscilações, o investimento em ativos internacionais e dolarizados é a principal alternativa, principalmente quando observamos o crescimento de empresas internacionais com alto potencial de valorização, como por exemplo no setor de tecnologia. Uma forma prática de entender essa necessidade de investimento global é se questionar - você acha que a Apple (NASDAQ:AAPL) (SA:AAPL34) vai reduzir o preço do iphone porque o brasileiro tem dificuldade de pagar com um real desvalorizado?

Então, tendo em vista os principais benefícios de se investir na economia global, é muito importante saber como colocar a estratégia de investimento em prática. Entre as possibilidades, destaco os ETFs - uma das principais alternativas para se expor ao mercado internacional sem sair do Brasil. A sigla significa Exchange Traded Funds, ou fundos negociados em bolsa. Neste caso, a estratégia principal consiste em espelhar a carteira teórica de índices do mercado financeiro.

Por exemplo, se você deseja acompanhar a variação do Ibovespa, poderá buscar um ETF que seja atrelado ao índice IBOV, como BOVA11. Também é possível investir em fundos de índice que acompanhem indicadores internacionais, como S&P 500, dos Estados Unidos, como IVVB11. Neste caso, o fundo espelha o desempenho das 500 ações mais negociadas nas bolsas de valores norte-americanas. Na prática, os ETFs alocam seus recursos nas empresas que compõem o índice, respeitando a participação percentual de cada uma no índice.

Esses são apenas alguns exemplos, sendo possível investir em outros ETFs vinculados à índices internacionais. Uma das vantagens dessa alternativa é que as cotas dos ETFs que acompanham índices internacionais são negociadas na bolsa de valores brasileira (B3 (SA:B3SA3)). Por serem negociados na B3, os ETFs são considerados produtos locais, sujeitos à tributação brasileira de bolsa, o que descomplica muito a vida de quem quer investir globalmente sem burocracia. Além disso, o investimento é feito em reais, não sendo necessária a preocupação com remessas de câmbio, pagamento de spread cambial nem IOF.

A popularização dessas possibilidades de investimentos internacionais traz aos investidores brasileiros cada vez mais informações para quem está começando, principalmente com a queda de barreiras e paradigmas que antes inviabilizavam a entrada nesses mercados. Mas não há o que temer: os ETFs são acessíveis, ou seja, são abertos a qualquer investidor, com uma série de benefícios: taxas menores, diversificação do portfólio e alta praticidade. Enquanto CEO da Investo, essa é a minha missão: ajudar a simplificar a vida do investidor brasileiro, trazendo para o Brasil mais opções de investimentos globais que sejam de baixo custo, transparentes e que ajudem o brasileiro a construir seu patrimônio.

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