A estratégia usada pela Arezzo (SA:ARZZ3) desde 2019, baseada em aquisições, não só aumentou o tamanho da companhia, como também deixou o portfólio mais diversificado.
Além de aquisições, estão no road map investimentos em tecnologia, logística e fabril, reforçando a intenção da empresa de acelerar o crescimento, tanto orgânico quanto inorgânico.
Desempenho no 4º trimestre
No quarto trimestre de 2021, a empresa reportou resultados fortes com avanço de 70 por cento na receita em base anual (+40 por cento vs. 4T19), puxado pelo crescimento orgânico combinado ao crescimento inorgânico.
O lucro líquido ajustado foi de 269,2 milhões de reais, um avanço de 208 por cento em comparação a 2020 (+32,8 por cento vs. 4T19).
É interessante notar que a margem líquida, porém, tem sido impactada nos últimos dois anos, em razão do maior endividamento por conta do aumento das despesas financeiras com novas aquisições.
No nosso entendimento, ainda é cedo para dizer o quanto do seu crescimento já está embutido no preço das ações da Arezzo, ainda mais se a companhia conseguir concluir alguma aquisição importante em um futuro próximo, como Renner (SA:LREN3), C&A (SA:CEAB3), Centauro (SA:SBFG3) ou Amaro.
E 2022?
A melhor alternativa para o momento é aguardar os próximos movimentos da companhia para identificar se o valor pago pelo mercado é barato ou caro e se existe realmente uma oportunidade em ARZZ3.
Vale ressaltar que, como outras empresas de varejo, os riscos que envolvem o negócio da Arezzo estão muito ligados (ainda) ao cenário doméstico com aumento de inflação e alta dos juros, o que pode acabar dificultando o repasse de preço dos seus produtos e reduzir o crescimento das vendas.
Outro ponto que vale ficar atento é que dependendo das possíveis empresas que a Arezzo adquirir no futuro, será importante identificar se realmente existirá sinergia no negócio e qual a geração de valor para os acionistas.