- Goldman Sachs prevê que o S&P 500 encerrará o ano a 4000 pontos no melhor cenário.
- No ano passado, o banco errou sua previsão para o fim do ano em quase 25%.
- Entenda por que os investidores não devem se deixar influenciar por essas previsões.
- Pessoas histéricas dizendo, nos comentários: “agora é hora de sair das ações e fazer caixa”.
- Quase sempre essas previsões dão errado.
Ontem o Goldman Sachs (NYSE:GS) divulgou mais uma previsão para o S&P 500. O banco avalia que o índice deve ficar ao redor de 4000 pontos, em caso de uma leve recessão ou cair para 3750 pontos (após um colapso até 3750) em caso de uma recessão mais profunda.
Depois de ler o relatório, eu resolvi descartá-lo por duas razões:
Não acredita em mim? Bem, então dê uma olhada na previsão do próprio Goldman Sachs para o S&P 500 praticamente nesta mesma época de 2021: 5100 pontos no fim de 2022 (o índice fechou a 3840, ou seja, cerca de 25% abaixo do previsto).
Será que alguém ainda acredita nessas previsões de mercado? Estou decepcionado. Muitos investidores não compreenderam ainda que os grandes bancos e fundos de investimento jogam um jogo diferente.
Em um mundo hipercompetitivo, em que o dinheiro se move de um lugar para o outro com apenas um clique, é preciso pensar no curto prazo, porque os lucros e as contas são feitas a cada trimestre. (Aliás, o LPA trimestral do Goldman Sachs foi de US$ 3,32, contra a estimativa de 5,56; o lucro líquido caiu 66% ano a ano).
O pequeno investidor, por outro lado, só pode se dar ao luxo de pensar em seu próprio jogo, que é o investimento para o longo prazo, a diversificação, os planos de acumulação e atingir suas metas de vida.
Se você não compreende isso, sempre ficará à mercê de previsões furadas, perpetuamente correndo atrás do mercado, com viés de confirmação.
É um jogo que nunca acaba. Todo dia, uma previsão diferente, um relatório diferente. Só porque uma pessoa é considerada especialista não significa que consiga prever o que vai acontecer no futuro.
Por isso, lembre-se: os resultados do mercado vêm de ações diretas e triviais, desde que seguidas com consistência.
Aviso: O autor tem uma posição comprada no índice S&P 500. Este artigo foi escrito apenas com fins informativos e não constitui qualquer solicitação, oferta, conselho ou recomendação de investimento, não tendo por objetivo incentivar a compra de ativos de nenhuma forma. Cabe lembrar que qualquer tipo de ativo é avaliado a partir de diversos pontos de vista e possui riscos; por isso, a decisão de investir e o risco associado são de sua inteira responsabilidade.