Ainda com demanda aquecida e baixa oferta, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, atingiu patamar recorde nominal nessa terça-feira, 14, de R$ 45,85/saca de 50 kg – considerando-se a série do Cepea, iniciada em julho/2005. De 7 a 14 de junho, o Indicador subiu 2,2% e, na parcial de junho (até o dia 14), 5%. Segundo pesquisadores do Cepea, indústrias de várias regiões do País aumentaram os valores pagos para conseguir efetivar novas compras de arroz em casca e atender à demanda. Porém, a dificuldade de repasse das altas para o fardo ainda deixam beneficiadoras insatisfeitas. Produtores, por sua vez, preferem comercializar outras commodities em detrimento do arroz, como a soja.
ALGODÃO: Valor da pluma perde força
Mesmo com a baixa oferta de algodão no mercado spot, o preço da pluma perdeu força e vem registrando ligeiras quedas nos últimos dias. Indústrias e comerciantes até estão ativos no mercado, mas oferecem valores menores que os pedidos por produtores. Apenas as tradings estão mais flexíveis nos preços de negociação. De 7 a 14 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias, referente à pluma 41-4, posta em São Paulo, recuou 0,39%, fechando a R$ 2,6944/lp nessa terça-feira, 14. Quanto à colheita da nova safra (2015/16), poucos lotes, especialmente da Bahia, têm sido negociados para entrega rápida. Já os negócios envolvendo a pluma para entrega a partir do segundo semestre estão mais intensos. Mesmo com a posição mais cautelosa das indústrias, algumas negociações são firmadas a preço fixo e também tendo o Indicador CEPEA/ESALQ como base.
OVOS: Preço sobe com força, mas margem segue pressionada
As cotações do ovo seguem em forte alta nesta primeira quinzena de junho. Segundo pesquisadores do Cepea, as baixas temperaturas e a demanda típica de início de mês têm intensificado as vendas do produto. Entre 7 e 14 de junho, o preço do ovo tipo extra, branco, a retirar na região de Bastos reagiu 10,2%, com a caixa com 30 dúzias passando para a média de R$ 87,43 nessa terça-feira, 14. Quanto aos ovos vermelhos, em Bastos, a reação foi de 11,7%, a R$ 98,91/cx nessa terça. Mesmo com as fortes valorizações, a margem do produtor segue pressionada devido aos elevados preços do milho e do farelo de soja, os principais insumos da atividade.