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Presidente do BCE Enfrenta Resistência ao Estímulo Mas Esse Não Será seu Waterloo

Publicado 11.09.2019, 09:59
Atualizado 02.09.2020, 03:05

Mario Draghi está em uma espécie de cilada. As expectativas que ele criou por taxas de juros menores, mais compras de ativos e garantias de infindáveis estímulos estão fazendo com que o presidente do Banco Central Europeu (BCE) tenha dificuldades para atendê-las na reunião de política do conselho dirigente do BCE nesta semana.

Os preços dos títulos já subiram em antecipação às compras do banco central, fazendo com que os rendimentos dos papéis governamentais entrassem em território negativo. Os bancos elevaram o tom de voz contra taxas de juros negativas sobre os depósitos, por isso até mesmo uma redução de apenas 0,1% na atual taxa de -0,4% enfrenta resistência. Cada vez mais países estão considerando adotar taxas de juros escalonadas para evitar que uma determinada quantidade de depósitos seja onerada.

Até mesmo Draghi precisa considerar por quanto tempo pode atar as mãos da sua sucessora, Christine Lagarde, se o forward guidance se estender até o fim do ano que vem, pois, até lá, já estará fora do cargo por 14 meses. Além disso, há mais dúvidas do que nunca quanto à eficácia dessas medidas para impulsionar o crescimento, na medida em que países da União Europeia flertam com uma recessão ou estão dispostos a tudo para elevar a taxa de inflação, razão principal pela qual Draghi deseja agir.

Por isso, aqueles que defendem taxas de juros mais rígidas têm bombardeado as páginas financeiras, alertando que o BCE não pode usar todo o seu poder de fogo agora, com os riscos de queda se avolumando. O presidente do banco central alemão, Jens Weidmann, se opôs a essa ideia, evidentemente. Ele tem combatido consistentemente as medidas de acomodação, sejam elas cortes ordinários de taxa de juros ou compras extraordinárias de ativos.

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O clima entre ele e Draghi tem sido pouco amistoso, principalmente porque Weidmann foi preterido ao cargo de presidente do BCE em favor de uma escolha francesa mais acomodatícia. No mês passado ele se manifestou contra a flexibilização monetária e sobretudo contra as compras de títulos.

Enquanto isso, os diretores dos bancos centrais da Áustria, Estônia e Holanda também externaram sua oposição. O governador do banco central da França, François Villeroy de Galhau, que é considerado um linha-dura, questionou se era conveniente reiniciar as compras de títulos no momento em que os rendimentos estão tão baixos. Sabine Lautenschläger, membro do conselho executivo do BCE, defendeu uma abordagem mais incremental, em vez de uma bazuca.

Cada um desses formuladores de política possui no máximo um voto no conselho dirigente, que agora está composto por 25 membros. Villeroy de Galhau, por exemplo, não votará desta vez no complicado sistema de rotação do BCE. Entretanto, as negativas começam a aumentar e podem forçar Draghi a recuar em relação ao estímulo, a fim de deixar o banco central com uma cara de consenso.

A taxa de depósito pode ser reduzida para -0,5 ou -0.6% em vez de -0,8% esperado pelos moderados. Mas o BCE pode recorrer a taxas escalonadas para atenuar o impacto.

É pouco provável que Draghi recue em relação à retomada das compras de ativos por completo, mas pode restringi-las a determinadas quantidades ou por um prazo vago. A expectativa atual é de €30 bilhões a €40 bilhões de dívida governamental por mês. Ele pode não prosseguir com a elevação do teto de aquisições governamentais, atualmente em 33%.

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Mas, por que você faria uma redução se a sua preocupação é que as medidas teriam um impacto limitado de qualquer forma? Qual é a vantagem de executar medidas pela metade, agora ou mais tarde, se as medias completas podem não ser suficientes?

Draghi tem se mostrado extremamente enérgico e habilidoso, e seguramente colocará seu prestígio pessoal em perigo. Ele tem tido apoio do Federal Reserve, já que o banco central norte-americano se move inexoravelmente em direção ao seu próprio corte de juros na próxima semana.

Pode ser que ele não saia de forma tão estrondosa como se esperava, mas tampouco será de forma apagada.

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