Prestes a acabar (aviso)
No meio desta semana falei sobre o Legado Empiricus, projeto capitaneado pelo Felipe Miranda, ao qual tenho dedicado boa parte do meu tempo, e recomendo fortemente ao leitor do M5M.
Será algo realmente sem precedente, à parte dos produtos e séries habituais da Empiricus, que envolve, entre outras coisas, a vinda do gênio Nassim Taleb ao Brasil com o propósito único de elevar o seu conhecimento e o seu patrimônio a um novo patamar.
Informo, no entanto, que o cadastro para receber as informações é iminente. Portanto, este é o último alerta para os leitores se cadastrarem. Após isso não haverá chance de ingresso, e as informações serão de exclusividade dos membros da Hotlist. Se você não estiver nessa relação, não terá como acessar as infos a respeito.
O cadastro é gratuito, portanto, você não perde nada e, acredite, tem muito a ganhar em ao menos saber o que está acontecendo.
O trilema impossível da Petro
Mergulhando profundo nas ocorrências do noticiário corporativo, ações da Petrobras voltam a despencar.
Agência Moody’s rebaixou todos os ratings da estatal, e manteve a perspectiva negativa, indicando possível rebaixamento adicional.
Na teleconferência de ontem, Graça Foster reconheceu que a Petrobras irá “reduzir ao mínimo” investimentos em exploração e paralisar projetos menos rentáveis. Também colocou em xeque a possibilidade de pagamento de dividendos aos acionistas, diante da situação crítica da estrutura de capitais.
Ora, sem baixa contábil alguma no balanço, fingindo que não há corrupção na empresa, já temos uma situação crítica das contas: maior dívida corporativa do mundo, queimas de caixa consecutivas e índices de alavacangem acima do que é considerado saudável e dos limites que constam no Plano de Negócios da empresa: atualmente a 4,6x dívida líquida/ebitda (contra até 3,5x do PN) e 43% dívida/patrimônio (contra até 35% do PN).
Reiterando: isso, desconsiderando qualquer impacto de baixa contábil relacionada à Lava Jato, como se o esquema de corrupção não existisse.
Como ele existe, e com ele não existe parecer de auditores para aprovar as contas, Petro tem a janela fechada para novas captações de dívida. Ainda que consiga abrir essa janela, com rebaixamento dos ratings tem o seu custo de captação elevado.
O rebaixamento do rating e o corte no Plano de Investimentos são desdobramentos óbvios, questão de tempo, há cerca de um ano que conversamos sobre isso aqui no M5M...
Apenas reafirmam que trilemas impossíveis são... impossíveis.
Como a empresa (1) pagaria dividendos elevados à União, (2) desalavancaria seu balanço e (3) ainda investiria pesado no maior plano de investimentos do mundo, com a maior dívida corporativa do mundo? Tudo ao mesmo tempo?
Os dividendos (1) e os investimentos (3) se já foram..
O problema é que, com o tamanho da dívida e o aumento do custo dessa dívida, não há garantia que Petro conseguirá sequer endereçar (2).
O Grande Trilema (o original)
Ahhh, o trilema impossível da Petrobras, agora, parece óbvio. Poxa, realmente não dá para fazer tudo ao mesmo tempo... Um ponto contrapõe o outro, e a conta não fecha. Elementar.
Diante disso, pergunto: então por que raios o Banco Central continua intervindo no mercado de câmbio, com leilões diários de swap?
A volatilidade cambial já passou, todos os países aceitaram a flutuação e câmbio desvalorizado ajudaria a resolver alguns problemas, dando fôlego para indústria e matando déficit em transações correntes.
Excelente teórico, Levy conhece bem o modelo de Mundell-Flemming e o trilema impossível macroeconômico (Impossible trinity), tanto que citou a possibilidade de abrir mão do câmbio artificialmente valorizado, fazendo o dólar disparar de volta à casa de R$ 2,70.
Simplemente não dá para você ter câmbio fixo, fluxo livre de capitais e política monetária independente.
Alguém tem que ceder.
Alguém cedeu
Após afirmar pela manhã que “não há intenção de manter o câmbio artificialmente valorizado”, e assistir ao dólar buscar os R$ 2,70, Levy, do alto de sua autonomia, agora assiste à publicação de nota de esclarecimento pela secretaria da Fazenda.
Segundo a nota, o ministro não se referia ao Brasil (real), mas ao câmbio no mundo como um todo.
Sei...
“MANTER o câmbio ARTIFICIALMENTE valorizado”
mas no mundo...
Sei...
Coisas que não entendo (outras...)
Como, na “Pátria Educadora”, mas não educada, temos o maior grupo educacional listado do mundo, formado com a fusão entre Kroton e Anhanguera?
Ainda mais, como a líder de valor de mercado mundial no setor, a Kroton, vale R$ 20 bilhões, enquanto a segunda colocada, a americana Graham Holdings, tem valor de mercado de US$ 5 bilhões.
Diferença expressiva, não?
#bubblefeelings #próximosetoracolapsar #nãofaltouaviso
PS: na edição da série de Aposentadoria de hoje fazemos uma avaliação minuciosa do setor educacional, o que ainda vale a pena, o que é melhor passar longe, e o que pode ser uma boa oportunidade (para a vida) após as fortes quedas.