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Previsões 2017: Ações para um Ano de Incertezas

Publicado 27.12.2016, 06:00
Atualizado 02.09.2020, 03:05

Nesta última semana do ano, o Investing.com Brasil pergunta a seus principais colaboradores qual o cenário e em que investir seu capital em 2017? À primeira vista, a dúvida é se próximo ano será de acomodações dos cisnes negros e turbulências de 2016 ou teremos fortes novidades no cenário interno e externo?

No front internacional, os olhos se voltam para os Estados Unidos e seu novo presidente Donald Trump. Afinal, qual será a política econômica aplicada em seu governo? Haverá os cortes de impostos prometidos durante a dura campanha contra Hillary Clinton? O setor de infraestrutura terá os aguardados estímulos? Na política externa, Trump manterá os acordos globais de comércio ou vai exportar incertezas, levando a uma corrida armamentista, que endivida países e traz receio aos investidores? O país se aproximará da Rússia e antagonizará com a China?

Da Europa, a expectativa é que 2017 indique um rumo definitivo sobe o futuro do bloco econômico. Após o Brexit, cujo primeiro passo para a saída do Reino Unido será dado no primeiro trimestre, a atenção se volta para as três maiores economias da Zona do Euro. França e Alemanha passarão por eleições gerais que podem abrir caminho para governos populistas e eurocéticos, colocando em risco o projeto de integração do bloco. A Itália inicia o ano com novo primeiro-ministro que precisará mostrar força para se manter no cargo, em meio a iminência de uma crise bancária.

A China aparenta estar razoavelmente estável, assim como parecia no fim de 2015. Contudo em 4 de janeiro teve início um forte sell-off que derrubou o Shanghai Composite em 22% no primeiro mês de 2016. Ao longo do ano, as dúvidas sobre a China não foram sanadas, mas sim, adiadas. Com dados econômicos fortemente controlados pela ditadura que comanda o país, o gigante asiático tem apresentado um crescimento do PIB milimetricamente consistente e alinhado com as metas anunciadas pelo partido comunista. Tão perfeito que instiga dúvidas sobre sua veracidade.

Brasil: a única certeza é a incerteza

Se existe uma garantia sobre as previsões sobre 2017 é que será impossível prever corretamente o que ocorrerá na política e economia brasileira. Quem acertar a tendência e minimamente a dimensão das projeções terá um ano de grandes lucros pela frente.

Sobre a economia, o cenário traçado é mais benigno do que o de 2016. As apostas se concentram em uma redução da recessão dos últimos dois anos – contudo sem a certeza que haverá crescimento do PIB –; inflação em um patamar mais civilizado, perto da meta de 4,5%; e juros em tendência de queda, terminando o ano entre 10% e 11%. Sobre o dólar, a eleição de Donald Trump coloca um ponto de interrogação tão grande que, associado às nossas incertezas internas, faz com que qualquer a previsão dependa exclusivamente da crença do analista para estabelecer as premissas de seu cenário-base. Hoje, a maior parcela aponta para um dólar mais valorizado, apoiado no aumento do ritmo de alta de juros do Federal Reserve.

No entanto, todas as previsões econômicas dependem de um fator-chave que é difícil de ser mensurado: os próximos alvos da Lava Jato.

Hoje, não é possível cravar quem comandará o país no final do próximo ano. Michel Temer enfrentará uma dura batalha no TSE para manter seu cargo mesmo após as seguidas denúncias de uso de caixa dois pela chapa encabeçada pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2014. O núcleo próximo ao presidente e a sua base de apoio no Congresso deverão ser fortemente abalados pela divulgação das delações dos executivos da Odebrecht, assim como pelo avanço das investigações em Curitiba e na Procuradoria-Geral de República, em Brasília.

A internacionalmente respeitada consultoria política Eurásia elevou no início de dezembro de 10% para 20% a chance de Temer não concluir seu mandato. Apesar de ainda ser baixa, a tendência de alta aponta para mais dificuldades do presidente em um cenário tão turbulento. Na mesma época do ano passado, a Eurásia apontava para 40% de chance de impeachment de Dilma, mas acreditava que ela sobreviveria ao processo e mantinha a expectativa de redução desse percentual, mesmo após a abertura do processo na Câmara dos Deputados pelo ex-presidente da casa, Eduardo Cunha.

Sobre a mesa desse governo e do Congresso, que se caminham para o cadafalso da Lava Jato, estão as duras e importantes reformas da Previdência e Trabalhista. Sem a primeira, a PEC do ajuste fiscal perde o sentido e deverá inviabilizar a União no longo prazo. A revisão da CLT também deverá trazer muita dor de cabeça ao governo, com manifestações e greves, em meio a um cenário político inflamado pela divulgação de mais trechos da delação dos executivos da Odebrecht.

Em meio a esse cenário complexo, os principais colaboradores do Investing.com Brasil compartilham com os leitores suas apostas para 2017. Dividimos as análises em duas partes e publicamos hoje (27/12) a primeira delas, focada especialmente em ações. A segunda etapa irá ao ar na quinta-feira (29/12) e trará alternativas para renda fixa, imóveis, commodities e câmbio.

Boa leitura e bons investimentos em 2017!

Rafael Panonko – Toro Radar: Petrobras, bancos e exportadoras são boas opções no cenário atual

O início de 2017 será marcado por um cenário repleto de incertezas. O tom que regerá o mercado doméstico é o de cautela, muito devido aos desdobramentos das investigações contra corrupção que envolvem o governo. Para o médio e o longo prazo, acredita-se que as perspectivas mudarão: o pior momento ficou para trás. O cenário otimista, entretanto, depende do resultado das reformas propostas.

Para o 1° semestre de 2017, temos preferência pelo setor bancário, e acompanharemos com muita atenção, o setor de varejo e de consumo. As recentes quedas da inflação e os cortes na taxa de juros beneficiarão os grupos supracitados. Já para proteção, vale a exposição às empresas exportadoras, aos setores de papel e celulose, e a de mineração e siderurgia. Neste semestre, não recomendamos a exposição ao setor de educação: acreditamos que estas empresas terão performances abaixo da média do mercado, muito pelas incertezas governamentais e pelas medidas que estão em discussão.

Em relação à Petrobras (SA:PETR4), a melhora na gestão da empresa e as mudanças nas suas políticas de investimentos tem atraído a preferência dos investidores. O preço atual do barril do petróleo e suas tendências também ajudam neste sentido. Portanto, acreditamos que a exposição ao ativo faça sentido para 2017.

No cenário externo, os investidores também estão cautelosos. A posse do novo presidente Donald Trump e suas possíveis medidas econômicas poderão trazer volatilidade para o dólar, mas a clara tendência de alta do mercado americano deve permanecer.

Gibex Jr -Trade Radar: Bradesco, Light e Klabin são boas opções para 2017

O ano de 2017 vai ser marcado pela nova presidência norte americana, que traz muitas dúvidas e expectativas aos investidores assim como o Fed (banco central dos EUA) que começou a aumentar os juros por lá.

Bom para os americanos que estão com as bolsas renovando máximas históricas, mas aumentando o risco de uma realização forte em qualquer sinal de instabilidade, mas sem dúvida a tendência por lá é de alta pelas médias móveis gráficas.

Para investimentos em ações, no Brasil, sempre recomendo diversificar. Para fim de 2017 e se for para escolher apenas 3 ações eu indicaria:

  1. Compra de um banco de primeira linha que tenha realizado um pouco. Não me lembro deles terem divulgado resultados ruins. Ficaria com Bradesco (SA:BBDC4) (Hoje em 27,31 com potencial para buscar 45,00 e stop pouco abaixo dos 22,00)
  2. Compraria uma empresa de energia em canal de alta como A Light (SA:LIGT3) (hoje em 14,85 com potencial para 24,00 e Stop um pouco abaixo de 11,00).
  3. E para defender a posição compraria uma ação atrelada ao câmbio como a Klabin (SA:KLBN11) (hoje em 17,32 com potencial para 24,00 e stop um pouco abaixo dos 14,00.

João Rossi: Empresas sólidas como Ambev e Itaú devem atravessar o período ruim com resultados positivos

O ano de 2016 já se cessou e tivemos muitos acontecimentos que agitaram não apenas a política, mas o mercado e ainda prometerão muitos capítulos e oscilações, para se ter uma ideia tivemos a queda do governo Dilma, a grande reação da bolsa brasileira com ações que subiram mais de 200%, a vitória de Trump seguida de alta volatilidade no dólar, pedidos de recuperação judicial dentre eles o histórico da Oi (SA:OIBR4) S/A e a recessão que ainda continua, não podemos nos iludir e afirmar que a crise se foi.

Com um cenário ainda incerto e com a realidade da recessão venho mantendo posições de longo prazo, busco por empresas sólidas no mercado, empresas que contam com um grande ativo, um endividamento baixo ou não ameaçador, companhias que mantenham um resultado positivo ou com poucas perdas, uma empresa que sempre olho e acho relevante adquirir quando há quedas nas cotações é Itaú (SA:ITUB4), contudo é importante destacar que o banco teve queda nos resultados deste ano que se finda, todavia as suas ações tiveram uma reação, logo se retrocederem posso pensar em aquisições no ano de 2017, Ambev (SA:ABEV3) ainda está no meu radar junto de Alpargatas (SA:ALPA4) e Estácio (SA:ESTC3) que viram as suas ações subirem neste ano, acredito que essas empresas podem atravessar o período ruim que estamos vivendo e terem resultados positivos em um tempo de recuperação econômica, pois são dotadas de grande patrimônio.

Mario Saldanha: Índice Futuro ou opções para se proteger de posições compradas

O ano de 2016 foi marcado pelo excesso de turbulências nos campos político e econômico, principalmente no segundo semestre, provocando uma alta volatilidade nos ativos e, ao final do ciclo em questão, pondo em risco a Linha de Tendência Semanal formada no Índice Bovespa.

Para 2017, nesse sentido, uma vez quebrada esta linha (gatilho semanal em 58200), a necessidade de proteção de posições compradas para prazos longos, usando índice futuro ou opções, se faz muito necessária, principalmente em ativos de peso no índice. Para operações curtas, Day-Trade ou Swing-Trade, é interessante a redução de exposição até que sejam ultrapassados esses terremotos ligados aos campos político e econômico no país.

Julio Hegedus Netto – Lopes Filho: Ambev, BRF e Raia Drogasil são boas opções com o crescimento da renda da população.

Vivemos tempos difíceis neste ano de 2016, o que torna as alternativas de alocação de investimentos algo complicado para 2017. Sim, porque acreditamos que pouco deve mudar neste início do ano vindouro.

O avançar da Lava Jato deve tornar a governabilidade do presidente Temer algo incerto. Não sabemos como as delações da Lava Jato devem afetar na sua capacidade de se manter, adotando medidas de ajuste do setor público e estabilização da economia.

Diante disso, o cenário de 2017 se torna algo muito incerto e recomendo que a sua carteira de investimentos se concentre mais nos títulos de renda fixa.

Na hipótese de o presidente conseguir sair incólume das delações (algo difícil), será possível pavimentar seu caminho para 2018. Sendo assim, a bolsa de valores surge como uma alternativa interessante.

Isso acontecendo, as cerca de 20 empresas a abrir o capital devem entrar na fila dos IPOs em 2017, talvez mais para o segundo semestre.

Importante, no entanto, que para isso a Reforma da Previdência precisa ser aprovada no primeiro semestre, o ajuste fiscal evoluir, a taxa de juros ser reduzida e outras reformas ingressarem na pauta.

Sobre as alternativas de renda variável, são boas opções as ações de empresas sensíveis ao crescimento e a renda, como Ambev (SA:ABEV3) e BRF (SA:BRFS3); redes de farmácias, como Raia Drogasil (SA:RADL3), bancos, destacando Itau Unibanco Banco Holding (SA:ITUB4) e Banco Bradesco (SA:BBDC4), e empresas de infraestrutura, como CCR (SA:CCRO3). Duas empresas com grande liquidez na bolsa, no passado recente muito maltratadas, Petroleo Brasileiro (SA:PETR4) e Vale (SA:VALE5), também surgem como opções
substituir por esse

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