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Difícil Apostar que Vai Rolar um Corte de 100 bps

Publicado 23.06.2017, 15:27
Atualizado 14.05.2017, 07:45

Vai que...

Hoje saiu oi IPCA-15 de junho e, apesar de ter vindo um pouco acima do esperado pelo mercado (0,16 por cento contra 0,11 por cento), levou a inflação acumulada dos últimos 12 meses para 3,5 por cento – bem abaixo da meta do Bacen, de 4,5 por cento.

Por mais que o segundo semestre seja mais inflacionário (dissídio, Natal, reajuste de contratos etc.), vai ter que acelerar muito pra chegar na previsão de 4 por cento do Bacen – vale lembrar que, sistematicamente, o Banco Central tem errado as projeções pra cima.

Não seria nenhuma surpresa se a inflação ficasse abaixo dos 4 por cento no ano. Pensando na média, Selic pode dar juros reais na casa de 7 por cento em 2017…

Por mais que eu seja defensor do tripé e da austeridade – Luciana, que tem uma fixação incorrigível por Keynes, já me chamou de "rentista" e "burguês safado" por causa disso – não dá mais, Ilan. Tem que acelerar essa jaca, amigo!

Aquela coisa: inflação (muito) abaixo da meta, galera desempregada, PIB na lama…

Mas, como o mercado curte mesmo operar os dados e o número veio um pouco acima da expectativa, juros vão abrindo – Ilan e sua trupe não têm, mesmo, fama de “bunda na parede” – fica difícil apostar que, no meio dessa bagunça toda em Brasília, vai rolar um corte de 100 bps. Mas ainda tá na mesa.

Vai que…

De Boba, Só a Cara

Pelo sim, pelo não, o melhor é estar preparado seja qual for a decisão do Copom na reunião de julho – tem muito gestor de multimercado que ganhou a vida e fez fama operando as incertezas e montando posição pra ganhar qualquer que fosse o movimento do Banco Central (claro que não conta os que ganharam com insider).

A Luciana, que de boba não tem nada (talvez a cara), passa o dia inteiro conversando com gestores e analisando carteira e desempenho dos fundos pra saber quais Os Melhores Fundos de Investimento.

Além disso, estamos nos últimos dias pra você aderir à SuperPrevidência e nunca mais se preocupar com Selic, juros, inflação e coisa do tipo – imagina só se aposentar com salário de 15 mil reais e passar o resto da vida de boa, só fazendo o que gosta?

Corre que tá acabando e confere aqui!

Sem Choro Nem Vela

Hoje faz um ano do Brexit e de toda a comoção da turminha do politicamente correto – “é a vitória da intolerância”; “tudo culpa dos velhos ingleses que não sabem votar”.

Já logo se armou uma tentativa de anular o referendo, George Soros falou que era o fim de tudo e que a libra agora valia menos do que duas paçocas e uma Fanta Uva quente.

É legal saber que os esquerdinhas só defendem a democracia e a liberdade quando as coisas saem do jeito que eles curtem – pedir Diretas Já aqui no Brasil, tudo bem. Na Venezuela é golpe!

Também é divertido ler aquele texto “brilhante” defendendo que a eleição do Trump é o fim da democracia nos EUA – goste ou não do Topete, ele foi eleito dentro das regras do jogo. A se confirmar irregularidades, que se casse seu mandato – também dentro das regras do jogo (“tchau, querido”). Nada de golpe com isso, amigo vermelho.

Se o povo inglês quis sair do euro o problema é deles e pouco importa se foram os velhos conservadores do campo que assim votaram… Seus votos valem tanto quanto os dos jovens "descoladinhos" londrinos.

Por mais que o euro tenha uma narrativa “bonitinha”, é muito complicado ter unidade monetária com individualidade fiscal – enquanto italianos (nada contra, só olhar meu sobrenome) e gregos gastam, ingleses e alemães pagam a conta.

Isso sem falar no pessoal de Bruxelas – quem elegeu esses caras? Os interesses de quem eles defendem? Muitos dos “ingleses velhos” que votaram pelo Brexit perderam membros, amigos e familiares lutando pela soberania do Reino. É natural que não estejam confortáveis em entregar tudo de mão beijada algumas décadas depois.

Pro longo prazo, não dá pra saber se os ingleses se saíram melhor ou pior com a decisão – novos acordos serão firmados e a negociação com a UE levará tempo, mas questionar o resultado é choro de perdedor, coisa digna da bancada da chupeta.

Em um ano, a libra caiu, mesmo. Mas isso não foi necessariamente ruim, nem é fruto apenas do Brexit – a libra valorizada matava os exportadores e trazia um problema recorrente na Balança Comercial dos brits.

De lá pra cá, em moeda local, o FTSE 100 (o Bovespa da Rainha) já entregou retorno de quase 22 por cento e, mesmo que as coisas não sejam maravilhosas em termos de crescimento, vai tudo bem com a economia – pressão inflacionária pelo câmbio desvalorizado começa a incomodar um pouco, mas nada preocupante por enquanto.

Não se pode dizer o mesmo da política – o tiro no pé que deu Theresa May ainda vai ter suas consequências, e o crescente número de atentados na Inglaterra é algo a se lidar – nunca se acostumar.

Haja o que houver, os caras decidiram seu próprio destino e, cá entre nós, acho que o euro tem mais a perder do que o UK com essa história toda.

Lá se Vai a Confiança

Mercados na Europa vão mal com o avanço das negociações do Brexit, enquanto ações nos EUA operam no verde – recuperação do petróleo e das ações de tecnologia ajudam índices americanos – Nasdaq e S&P 500 flertam novamente com suas máximas – PMI e venda de novas residências vieram em linha.

Por aqui, Bolsa segue operando de lado, enquanto real se valoriza de leve, e os juros abrem um pouco, também sem muita força. Vale (SA:VALE5) notar que, depois de três altas consecutivas, o índice de confiança da indústria não resistiu aos desdobramentos da delação da JBS (SA:JBSS3) – recuou 2,3 pontos na prévia de junho.

Esperando por novidades em Brasília e, sobretudo, em Curitiba (o que vai decidir Moro?), os mercados operam indefinidos. Depois de tantas emoções nas últimas semanas, um dia tranquilo antes do fim de semana vem bem a calhar – mas, melhor ficar quieto, até as 17h muita coisa pode acontecer.

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