Na terça-feira, 29 de setembro, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou seu terceiro levantamento da safra 2015 de café no Brasil. A estatal apontou a colheita em 42,148 milhões de sacas de 60 kg, apresentando queda de 7,04% na comparação com as 45,341 milhões de sacas do ano anterior e de 4,82% em relação ao segundo levantamento, que previu 44,283 milhões de sacas em junho deste ano. Do volume total atual, 31,295 milhões de sacas se referem à variedade arábica (-3,13% ante 2014) e 10,853 milhões à conilon (-16,74%).
O CNC entende que o ajuste para baixo no volume apurado pela estatal traz sua estimativa mais próxima à realidade, principalmente porque o trabalho de campo pôde verificar os efeitos, no cinturão produtor, das adversidades climáticas, como a falta de chuva e as altas temperaturas na fase de enchimento do café, que reduziram o tamanho dos grãos, tornando necessário um maior número de frutos para preencher uma saca. O Conselho recorda, ainda, que o atual volume projetado está dentro do intervalo prognosticado pela Fundação Procafé, em trabalho contratado pelo CNC, que é de 40,300 milhões a 43,250 milhões de sacas, com o qual temos trabalhado ao longo de todo o ano.
MERCADO — O comportamento do dólar e o clima no Brasil foram os principais fatores que influenciaram as cotações futuras do café nesta semana.
O dólar comercial encerrou a quinta-feira (1/10) cotado a R$ 4,002, com variação de 0,67% em relação à última sexta-feira. O cenário político e econômico do país e as constantes intervenções do Banco Central no mercado de câmbio ditaram o comportamento da moeda norte-americana nos últimos dias.
Segundo a Somar Meteorologia, uma frente fria atingirá a Região Sudeste neste final de semana e deverá provocar precipitações, inclusive na Zona da Mata Mineira e no Espírito Santo.
Na ICE Futures US, o vencimento dezembro do Contrato C foi cotado, na quinta-feira, a US$ 120,75 por libra-peso, acumulando perdas de 195 pontos ante o fechamento da sexta-feira passada. As cotações do robusta, negociadas na ICE Futures Europe seguiram tendência similar. O vencimento novembro/2015 encerrou o pregão de ontem a US$ 1.556 por tonelada, com desvalorização de US$ 40 em relação ao final da semana anterior.
No mercado físico nacional, os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 475,93/saca e a R$ 354,47/saca, respectivamente, com variação de -0,17% e 0,46% em relação ao fechamento da semana anterior.
Atenciosamente,
Silas Brasileiro
Presidente Executivo