Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a inflação do país tem aumentado e foi para 0,96% em julho, o maior desde 2002. Com esse aumento da inflação, que é pressionado pela alta nas contas de energia elétrica principalmente, o título do governo que usa o IPCA (Índice nacional de preços do consumidor amplo, a inflação oficial do país) como referência, o famoso Tesouro IPCA , fica mais atrativo?
Com as sinalizações transmitidas pelo governo nessas últimas semanas no sentido de furar o teto de gastos para o financiamento do Auxilio Brasil, que é o programa que irá substituir o Bolsa Família elevando o valor do benefício no mínimo em 50% (atualmente em R$ 189,00), o mercado avalia que o reajuste pode prejudicar ainda mais as contas fiscais. Dessa forma, os investidores perceberam que, com o aumento do risco fiscal, as taxas de rentabilidade tem se elevado e, com esse movimento de repulsão ao risco, os investidores têm almejado cada vez mais um prêmio para financiar a dívida do governo.
Um dos investimentos mais populares do Brasil é o Tesouro Direto. E um dos motivos dele ser o mais popular é porque ele é um dos títulos mais seguros do mercado, já que é um título público, no qual é honrado pelo governo federal. Neste caso, você empresta dinheiro para o governo, e, em troca, você recebe uma taxa de rentabilidade que é fixa e definida no momento da sua aplicação.
Mas temos duas rentabilidades neste caso, o título prefixado, no qual a taxa de rentabilidade é fixa e definida no momento da minha aplicação.
E aquela que é atrelado ao IPCA, onde é um título pós-fixado chamado de Tesouro IPCA, no qual se houver alguma variação na inflação irá variar também a rentabilidade deste investimento. E com esse aumento da inflação e com expectativa que até o fim do ano feche acima do teto da meta, o Tesouro IPCA tem se tornado cada vez mais atrativo. Ainda restam dúvidas se vale ou não a pena investir no tesouro IPCA?