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Quer se Proteger de Riscos Geopolíticos? Aposte nas Grandes Petrolíferas

Publicado 10.12.2021, 13:47
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Os riscos geopolíticos estão aumentando.

Embora o impacto disso tenha sido restrito nos mercados financeiros até o momento, a história nos diz que a realidade pode mudar num piscar de olhos: os riscos geopolíticos não são importantes até virarem realidade.

Já é hora de você começar a se proteger contra esses riscos? Eu penso que sim.

O Irã aumentou suas apostas nas negociações nucleares com os EUA e Europa, na semana passada, (1) ao exigir a remoção imediata de todas as sanções e (2) ao retroceder nos compromissos firmados no âmbito do seu programa nuclear ao longo do último ano.

Como afirmei em outras oportunidades, a confiança do Irã provavelmente se deve a um apoio da Rússia e da China. Teerã e Moscou anunciaram, no mês passado, que em breve assinariam um acordo de cooperação estratégica muito parecido com aquele que o país persa firmou com Pequim no início deste ano.

Os EUA e a Europa estão agora enfrentando um sério dilema:

Se prosseguirem com as tratativas, podem permitir que o Irã ganhe tempo. O ministro de relações exteriores da França disse o seguinte, na quarta-feira:

“Temos a impressão de que os iranianos querem prorrogar o assunto e, quanto mais duram as tratativas, mais recuam em seus compromissos e mais se aproximam da sua capacidade de obter uma arma nuclear”.

Se largarem as tratativas, permitirão que o Irã use essa desculpa para aumentar seu estoque de urânio enriquecido e caminhar em direção a uma pureza de 90%. Em 5 de novembro, o Irã disse que havia elevado seu estoque de urânio enriquecido a 60% para 25 kg.

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O fato de o presidente Joe Biden estar sendo visto como um líder fraco pela maioria dos americanos, especialmente após a fracassada retirada do Afeganistão, faz com que lhe seja difícil acomodar as novas demandas do Irã, mesmo que esteja disposto a aceitá-las. De fato, indicações de Washington na última semana sugerem que Biden está se preparando para se afastar. Se esse for o caso, Biden estará desistindo de restaurar o acordo nuclear de 2015 firmado com o país persa e que era um dos principais objetivos da sua política externa.

O tempo está se esgotando para o mundo evitar que o Irã tenha uma bomba. É difícil que o país consiga produzir uma quantidade suficiente de urânio enriquecido a 90% em um mês para construir uma bomba. Diante do fracasso das sanções em deter as ambições nucleares do Irã, será que Biden está preparado para realizar uma ação militar? Israel, um aliado estratégico dos EUA na região, há tempos defende que uma “ação militar veemente” seria capaz de dissuadir o Irã.

O país persa parece já ter respondido a essa questão por si só. É razoável assumir que a decisão da liderança iraniana de adotar uma posição mais rígida nas negociações se deva em parte à sua visão de que Biden é “fraco”, sendo pouco provável que ele saia para o ataque. Além disso, Teerã provavelmente aposta que o novo governo israelense, formado por 8 partidos de coalizão com visões díspares quanto à melhor forma de lidar com o país persa, não deve agir de forma unilateral, apesar da forte retórica de Jerusalém.

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Como o Irã demonstra já ter respondido a essa questão, acredito que seja seguro assumir que, após o término das negociações, o Irã acelerará bastante seu programa nuclear.

Realmente acredito que minha conclusão seja compartilhada por milhares de analistas do Departamento de Estado e do Pentágono, que ganham a vida fazendo isso.

Se eu estiver certo, após mudar de posição, o próximo passo de Biden será convencer o Irã de que não é fraco e está preparado para atacar, se necessário. Os fortes não precisam fazer muito para persuadir os outros da sua força. Mas um presidente fraco como Biden terá trabalho de sobra para mudar a percepção do Irã em torno do seu governo.

De fato, desde a semana passada, Biden vem tentando passar a imagem de durão. Ele decidiu aderir a um boicote diplomático da Olimpíada de Inverno de Pequim, disse ao presidente Vladimir Putin, por telefone, que enviaria armas para a Ucrânia se a Rússia atacasse e está enviando uma equipe aos Emirados Árabes Unidos para endurecer a aplicação das sanções ao Irã.

Mas ele precisaria fazer muito mais para convencer a China, Irã e Rússia de que estão lidando com um lobo, e não um cordeiro.

Em minha visão, esse é o maior risco que o mercado enfrenta neste momento: com Biden adotando um tom mais agressivo contra o Irã, China e Rússia, esses países vão tentar testá-lo, individualmente e em conjunto.

Como os investidores podem se proteger contra o risco de que uma guerra de palavras saia do controle? Eu venho recomendando aos assinantes do meu blog que olhem as grandes petrolíferas, como Exxon Mobil (NYSE:XOM) (SA:EXXO34) e Chevron (NYSE:CVX) (SA:CHVX34), não só como ações que pagam bons dividendos, mas, sobretudo, como um hedge de carteira contra riscos geopolíticos.

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A Rússia é a segunda maior exportadora de petróleo do planeta, e os Estados Unidos são o segundo principal destino do produto. O Irã tem a quarta maior reserva petrolífera do mundo. A China é a maior importadora do mundo e o maior mercado de exportação do Irã.

A escalada da tensão entre EUA e o eixo China-Irã-Rússia provavelmente aumentará o prêmio de risco de oferta no mercado petrolífero, principalmente agora que nos aproximamos do inverno no Hemisfério Norte, onde La Nina deve provocar uma onda de frio maior. A chegada de um inverno mais frio pode persuadir a Rússia e o Irã de que são os países que têm maior vantagem.

 

Últimos comentários

Posso estar equivocado, mas esse cenário já aconteceu na década de 90, quando os EUA invadiram o Kuwait. A partir daí todos apostavam numa alta absurda do petróleo, mas viram o barril ser negociado a $11. Quando há guerra ou algum rumor, isso certamente abalará qualquer mercado, principalmente o de petróleo.
e a energia limpa entra onde no texto
O Inverno chega dia 21. Não há como desenvolver energia limpa. Substituir combustíveis fósseis ainda vai levar alguns anos, por melhores que sejam os esforços. Temos que ser pragmáticos e realistas.
O Inverno chega dia 21. Não há como desenvolver energia limpa. Substituir combustíveis fósseis ainda vai levar alguns anos, por melhores que sejam os esforços. Temos que ser pragmáticos e realistas.
80%+ da matriz energetica global ainda é representada por combustiveis fosseis. Há um abismo entre as metas de uma economia global de carbono zero e a realidade q se impõem.
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