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Em 2023, o apelido “7 Magníficas”, formado por Nvidia (NASDAQ:NVDA), Meta, Tesla (NASDAQ:TSLA), Apple, Microsoft (NASDAQ:MSFT), Amazon (NASDAQ:AMZN) e Alphabet (NASDAQ:GOOG), ganhou destaque ao reunir as sete ações de maior capitalização do mercado.
O termo “magníficas” se popularizou porque essas companhias lideraram os ganhos do S&P 500 ao longo daquele ano. Em 2024, repetiram o feito: todas as sete figuraram entre as dez maiores contribuidoras para a alta do índice. Durante esse período, investir nesse grupo foi uma das estratégias mais populares e lucrativas.
Em 2025, no entanto, o cenário começa a mudar. Apenas três ações das 7 Magníficas seguem entre as dez principais responsáveis pela performance do S&P 500, contraste marcante em relação à presença integral registrada nos dois anos anteriores.
Talvez a tendência esteja apenas em pausa e essas gigantes logo retomem a dianteira. Ou, quem sabe, o mercado esteja migrando para um novo ciclo.
Dado o peso que essas empresas exercem sobre o desempenho do índice, vale analisar o que está por trás dessa virada.
Desempenho em 2025
O gráfico abaixo mostra que, até o início de julho, apenas três ações das 7 Magníficas superam o S&P 500. Apple e Tesla têm performance mais de 20% inferior ao índice. Google (NASDAQ:GOOGL) apresenta desempenho 14% abaixo da média, enquanto os papéis da Amazon estão praticamente estáveis no ano, mesmo com o mercado em alta. Meta, Microsoft e Nvidia continuam entregando retornos superiores ao benchmark, embora com menos folga do que em 2023 e 2024.
A narrativa da inteligência artificial continua dominante em 2025, mas não beneficiou todas as companhias envolvidas no setor. Google e Amazon, apesar de serem players relevantes em IA, vêm ficando para trás em relação ao mercado.
Por outro lado, Meta (NASDAQ:META), Microsoft e Nvidia seguem superando o índice, em parte por conta da forte exposição ao segmento de IA. As ações da Apple (NASDAQ:AAPL), como discutido no artigo Crisis at Apple, mostram desempenho bastante fraco, reflexo de sua defasagem na corrida da inteligência artificial. A Tesla, apesar de seu potencial no setor, sofre com as ambições políticas de Elon Musk e a desaceleração nas vendas de veículos, o que tem pressionado o papel.
Retrospectiva: 2023 e 2024
Os gráficos e a tabela abaixo evidenciam a performance superior de todas as 7 Magníficas nos dois anos anteriores.
A menos performática do grupo, a Microsoft, ainda assim superou o S&P 500 em 22% no período. Outras, como NVDA, META, TSLA e AMZN, multiplicaram seu desempenho várias vezes acima do índice.
Considere os seguintes dados:
Em 2023, essas sete ações foram responsáveis por quase 60% da valorização do S&P 500, com sua capitalização de mercado combinada representando cerca de 28% do índice ao fim do ano.
Em 2024, o grupo teve retorno médio de 62%, superando os 24% do S&P 500. As 7 Magníficas contribuíram com quase metade dos ganhos do índice, representaram 75% do crescimento dos lucros e 31% da capitalização de mercado até meados do ano.
Volatilidade de mercado em 2025
Para entender por que 2025 tem sido tão diferente para as 7 Magníficas, é fundamental observar o salto na volatilidade. Já na metade do ano, o mercado registrou seis sessões com variações superiores a 2% em um único dia. Em 2024, foram apenas três; em 2023, nenhuma.
O gráfico a seguir compara o ETF do S&P 500 (SPY) com as volatilidades implícita e realizada. A volatilidade implícita permaneceu baixa de meados de 2023 até meados de 2024, mas passou a oscilar mais desde então. A volatilidade realizada se manteve contida até disparar em 5 de abril, o chamado “Dia da Libertação”, e seguiu elevada por semanas. Ambas voltaram aos níveis observados no início de 2025.
Correlação entre as 7 Magníficas
Curiosamente, mesmo com a disparidade de retornos entre as ações e o aumento da volatilidade, os preços das 7 Magníficas têm se movido de forma mais correlacionada em 2025 do que nos anos anteriores.
Isso pode parecer contraditório, mas a correlação mede apenas a direção conjunta dos movimentos, e não sua intensidade. Em ambientes voláteis, é comum que a maioria das ações se mova na mesma direção, seja em dias de forte alta ou queda generalizada.
Com isso, aumentam os dias em que todas as 7 Magníficas sobem ou caem simultaneamente. Isso, porém, não significa que os percentuais de variação sejam iguais. Em resumo: alta correlação entre essas ações não implica desempenho semelhante.
As tabelas abaixo mostram os níveis de correlação entre cada uma das 7 Magníficas e o S&P 500 (SPY).
Neste ano, a correlação média entre essas ações está em 0,67, bem acima dos níveis inferiores a 0,50 observados em 2023 e 2024. A correlação média com o índice também aumentou, alcançando 0,77.
A ascensão das “3 Magníficas” e o avanço das ações especulativas
As 7 Magníficas já não dominam o mercado como nos anos anteriores. Embora NVDA, MSFT e META mantenham desempenho superior, há sinais de que ações especulativas e de alta volatilidade vêm assumindo a liderança.
Estaríamos diante de uma nova fase do rali iniciado em 2020? Em outras palavras, o mercado estaria migrando de empresas consolidadas e lucrativas para companhias menores, com menor respaldo fundamental, mas com perspectiva de crescimento exponencial?
Algo semelhante ocorreu no final da década de 1990, quando o estouro da bolha pontocom foi precedido por uma rotação de líderes, das gigantes consolidadas para pequenas empresas de tecnologia com promessas de alta disruptiva.
O movimento ainda é recente para afirmar essa mudança com segurança, mas a troca de protagonismo merece atenção.
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