Analisando os movimentos dos contratos futuros de ouro desde 7 de maio de 2025, observo que, após a formação de um duplo topo em US$3.447, os preços recuaram até US$3.210, nível de suporte relevante já apontado na minha última análise.
Na segunda-feira, após testar essa faixa de suporte, os contratos futuros de ouro recuperaram terreno e superaram a resistência importante em US$3.232, em meio ao otimismo com a trégua tarifária entre EUA e China. Os dois países indicaram intenção de reduzir tarifas mútuas pelos próximos 90 dias, após rodadas de negociações de alto nível em Genebra no fim de semana.
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Esse desfecho contribuiu para manter o viés comprador sobre o ouro na terça-feira. Ainda assim, considero que o cenário segue desfavorável, com os mercados demonstrando cautela em relação à continuidade da distensão nas tensões comerciais e à espera de dados inflacionários cruciais nos EUA.
Além disso, o fortalecimento expressivo dos contratos futuros do índice dólar americano limita o potencial de valorização do ouro, que perdeu parte de seu apelo como ativo de proteção diante da alta expressiva acumulada no ano.
Agora, os investidores aguardam a divulgação do índice de preços ao consumidor (IPC) nos EUA, prevista para esta terça-feira. A atual fraqueza dos contratos futuros sinaliza aumento na pressão vendedora no curto prazo.
A expectativa é que a inflação medida pelo IPC continue pressionada em relação ao mês anterior, já que as tarifas comerciais mais elevadas têm contribuído para o aumento de preços em diversos segmentos da economia americana, fator que fortalece o dólar e afeta as projeções para os juros futuros.
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Antevejo um pregão volátil nesta terça-feira, com os vendedores ainda predominando diante da incerteza crescente sobre os acordos comerciais dos EUA com outros parceiros, que podem considerar rever suas tarifas após o novo entendimento entre Washington e Pequim.
Níveis técnicos para acompanhar
No gráfico diário, os contratos futuros de ouro operam abaixo da resistência em US$3.276. A formação de um cruzamento de médias móveis em viés de baixa, com a média de 9 dias rompendo para baixo a de 20 dias, pode intensificar a pressão vendedora.
Caso ocorra a quebra do suporte imediato em US$3.210, o movimento pode acelerar em direção ao primeiro alvo técnico em US$3.170 nesta terça-feira, 14 de maio.
Por outro lado, se os preços se sustentarem acima da média móvel de 20 dias, localizada em US$3.322, o cenário abrirá espaço para novas vendas por parte dos vendedores, com stop técnico em US$3.376.
***AVISO: Este artigo é meramente informativo e não constitui qualquer oferta ou recomendação de investimento.