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Renda fixa ou renda variável? Qual escolher?

Publicado 28.07.2023, 11:02

A renda fixa e a renda variável são os dois principais tipos de investimento disponíveis se o seu objetivo é fazer o dinheiro render.

Para começar a dar os primeiros passos, é necessário saber as principais diferenças desses dois tipos de investimentos.

A diferença entre a renda fixa e a renda variável está na forma de remuneração e riscos desses investimentos.

A renda fixa possui regras de remuneração definidas, onde é possível saber se o investimento vai ter uma rentabilidade atrelada a um índice, uma taxa pré definida ou ambos simultaneamente. 

Mas existem estudos e análises que ajudam a identificar ações, que podem se valorizar e entregar um bom lucro no futuro.

Um dos fatores que define a remuneração da renda fixa é a taxa de juros.

A remuneração da renda variável depende de diversos fatores, das empresas, ativos, dos lucros da empresa, de seus resultados operacionais e também do cenário macroeconômico.

Como são empresas e ativos que dependem de um resultado operacional positivo, não existe a previsibilidade que vimos na renda fixa, mas existem estudos e análises que ajudam a identificar empresas boas, que podem se valorizar e entregar um bom lucro no futuro.

A renda variável possui um risco maior que a renda fixa mas junto a isso, oportunidades de ganhos maiores também.

Mas antes de investir é necessário conhecer quais são os riscos dentro desses dois tipos. 

A renda fixa possui um risco de crédito principalmente para os títulos privados, que é o risco da instituição não conseguir honrar com suas dívidas aos credores, devido a isso existem alguns títulos como por exemplo CDB, RDB, LC, LCI e LCA que possuem cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) que garante a esses títulos um ressarcimento de até R$250 mil reais por instituição financeira, com um limite de R$1 milhão de reais por CPF, caso a instituição que emitiu esses títulos não consiga honrar esses empréstimos.

Outro risco que serve para ambos os títulos é o de mercado, que se refere às oscilações da taxa de juros que podem afetar a rentabilidade da renda fixa.

E também pode existir o risco de liquidez em algum desses títulos, dado que não são todos que apresentam a característica de liquidez imediata, o que afeta para o investidor que precisar resgatar esse dinheiro ter que aguardar uma data específica ou vencimento do título para realizar o resgate do dinheiro. 

A renda variável possui maior risco que a renda fixa, pois apresenta oscilações nos preços e retornos imprevisíveis, podem variar de acordo com as condições de mercado e desempenho dos ativos em que se investe, por exemplo as ações de empresas.

Por possuir um maior risco, os investimentos da renda variável apresentam também maior oportunidades de retornos.

Mas não é porquê rende uma taxa de juros e por possuir esse nome que a renda fixa não pode gerar prejuízos, como visto também no período da pandemia diversos investidores resgataram seus investimentos na euforia e no medo acarretando prejuízos na renda fixa também.

Os títulos da renda fixa que possuem totalidade ou parte da sua rentabilidade prefixada, podem sofrer com as oscilações da taxa de juros, em um momento de incerteza como a pandemia onde a taxa de juros saiu de 2% ao ano e foi para 13,75% ao ano, a parte prefixada dos títulos acabou sendo bastante afetada e investidores que resgataram esses títulos antes do vencimento tiveram um prejuízo ou uma rentabilidade menor que a esperada devido a esse aumento da taxa de juros. 

Para acompanhar a renda fixa, o investidor deve sempre observar qual o objetivo com os títulos da renda fixa, e deve buscar aqueles títulos que mais preenchem esses requisitos. Caso o objetivo seja de reserva de emergência, buscar títulos com liquidez diária e com uma rentabilidade atrelada a algum índice pós-fixado por exemplo.

Outro ponto para o investidor observar é a variação e a expectativa da taxa de juros, porque isso afeta diretamente a rentabilidade dos títulos de renda fixa

Existem diversos tipos de títulos dentro da renda fixa, como por exemplo o Tesouro Direto, CDBs, LCA e LCI. 

O Tesouro Direto possui 3 principais títulos, Tesouro Selic, Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+, ambos servem para empréstimos ao governo federal.

Um CDB (Certificado de depósito bancário) é um título privado emitido por uma instituição financeira para captar recursos para essas instituições.

LCA (Letra de crédito do agronegócio) é um título privado emitido por um banco para captar recursos para financiar empréstimos no setor do agronegócio.

LCI (Letra de crédito do setor imobiliário) é um título privado emitido por um banco para captar recursos para financiar empréstimos do setor imobiliário.

Muitas pessoas acabam confundindo esses títulos da renda fixa com a poupança, mas existem grandes diferenças entre esses investimos.

A poupança possui características diferentes desses títulos, a primeira delas é que existe o mêsversário da poupança, onde a rentabilidade só vai ser adquirida após cada mês completo, no tesouro direto e nos títulos privados os títulos rendem diariamente.

A rentabilidade da poupança pode alterar também, caso a Selic estiver acima de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança será de 0,5% ao mês mais a variação da TR e se a Selic estiver igual a ou abaixo de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança será equivalente a 70% da Selic mais a variação da TR.

Além disso, a poupança é isenta de imposto de renda, diferente de alguns desses outros títulos como por exemplo os CDBs e títulos do tesouro direto.

Mas em comparação, a poupança apresenta retorno menor que a maioria dos títulos de renda fixa.

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