A segunda-feira viu o Fundo Monetário Internacional projetar o crescimento econômico da Grécia em meros 1% a longo prazo uma vez que as restrições de seu programa de resgate foram definidas. Contudo, espera-se que a economia grega também atinja a meta de superávit fiscal favorecido por quase todos os diretores do FMI.
O FMI afirmou, em suas diretrizes anuais das políticas econômicas da Grécia, que a maioria do seu conselho de diretores optou por uma marca de superávit fiscal de 1,5% do produto interno doméstico da Grécia em 2018. Por outro lado, outros diretores colocaram uma meta de 3,5% que os credores da Grécia na zona europeia estavam contemplando; 1,33% mais alta que a maioria das metas.
O número de diretores que estavam favoráveis a uma meta mais alta era de 24 membros do conselho que não foram nomeados pelo Fundo.
É bastante raro que os diretores do FMI cheguem a decisão não concisa. Isto significou que a atual opinião dividida da organização com relação à atuação fiscal da Grécia como também a sustentabilidade da dívida do país com o FMI considerando sua participação em um novo plano de resgate para a Grécia será mais necessário até meados do ano fiscal de 2018.
O Fundo Monetário Internacional não se intrometia nos problemas que rondavam o terceiro plano de resgate da Grécia de seus credores da zona do euro desde o ano de 2010, mas continua a ser um grande motor para empurrar as negociações para um novo acordo que iniciará na metade de 2018.
Para Christine Lagarde, Diretora Executiva do FMI, e para outros funcionários sênior, a meta de superávit fiscal grega de 3,5% do PIB que alguns diretores buscavam, estava muito além do normal e provavelmente só prejudicaria ainda mais o crescimento da economia, acoplado com intensa assistência da dívida e políticas restritas.
O maior doador do resgate da Grécia, a Alemanha, realizará suas eleições em setembro. De alguma forma, o país discordou com qualquer discussão sobre o assunto até que a Grécia atinja a meta de resgate.
O Fundo afirmou em uma declaração divulgada por seus diretores que as medidas de austeridade e reestruturação têm "levado à um pesado tributo à sociedade que, juntamente com alta taxa de pobreza e desemprego, contribuiu para uma desaceleração na implementação da reforma". O conselho de revisão do FMI não especificou se vai remeter fundo monetário para a Grécia.
Um pedido para aumentar a sua base de imposto sobre o rendimento pessoais e reduzir os gastos com pensões para ser capaz de reduzir os impostos e dar mais assistência ao pobre foi feito por todos os diretores do FMI apesar das diferentes opiniões sobre a meta fiscais.
Enquanto os números para o resto da zona do euro têm mudado seu caminho para o lado verde, a economia grega permaneceu estagnada nos territórios de recessão, como sugerem os dados recém-lançados pelo Eurostat. Em 19 países da UE, a taxa de desemprego está em mínimos de oito anos, em oposição à Grécia, que registra números alarmantemente altos, um alarmante 23% em outubro, conforme mostram os registros da autoridade estatística da União Europeia.
A Grécia ainda está presa à problemas de dívida e econômicos e a assistência monetária que o FMI e seus credores da zona do euro planejam fornecer ao país ainda não é uma maneira infalível para a economia grega sair do precipício em que está.