Trisul (SA:TRIS3) divulgou seu resultado referente ao primeiro trimestre do ano. Muitos apelidaram a companhia de “Tristeza3”, porém, parece que a empresa virou o jogo e o resultado foi “TRI” BOM!
Resultado nos TRILHOS!
O famoso quadro de destaques
Primeiramente, vamos ao destaque da Receita Operacional Líquida, que nada mais é que a receita de suas operações já deduzidas. Totalizou R$ 181 milhões, alta de 50% vs 1T18. A companhia teve um desempenho muito forte, registrando uma aceleração dos lançamentos e vendas, que consequentemente, aumentaram os seus lucros.
E por falar em lucros. Lucro Líquido cresceu 106%, totalizando R$ 27 milhões em relação ao primeiro trimestre de 2018. Não tendo recorrente para “sujar” o seu resultado, o EBITDA Ajustado totalizou R$ 35 milhões, com elevação de 69% ante 1T18 e Margem Ajustada de 20%.
Estão achando que para por aqui? Longe disso! Trisul lançou os empreendimentos Axis Vila Mariana e Altez Ipiranga (ambos em São Paulo). Ressaltando que até o momento, 36% e 46% respectivamente, já foram vendidos. O Valor Bruto de Vendas foi de R$ 256 milhões, com alta de 50% vs 1T18. Levando em conta que foram vendidas 554 unidades, chegamos a um preço médio de R$ 463 mil por unidade, nada mal ao meu ver.
Sendo assim, totalizou um VGV (Valor Geral de Vendas) de R$ 272 milhões (alta de 554% vs 1T18), e chegando a 39% do guidance proposto para 2019. Para quem não sabe, o Valor Geral de Vendas é a soma do valor potencial de vendas de todas as unidades de algum empreendimento. É um termômetro para saber mais ou menos quanto de receita poderia ir para a companhia. Logo as Vendas Contratadas da companhia cresceram 65% vs 1T18.
Não obstante, a Trisul concluiu no trimestre os empreendimentos Origem Vila Madalena e Bella Bobina, totalizando um VGV de R$ 173 milhões em 176 unidades. E o VSO (Valor Sobre Oferta) terminou o trimestre em 21%.
Ficou 0,9p.p. abaixo do 1T18, porém, isso não necessariamente é ruim. Tem evoluído da maneira que a companhia preza como sustentável. O VSO poderia ter sido maior, eu entendo. Mas isso não me desanima em nada do resultado excelente que Trisul teve.
Por fim, o seu endividamento encerrou em R$ 155 milhões, alta de 6,76% vs 1T18. Os indicadores Dívida Líquida/EBITDA ficaram e Dívida Líquida/Patrimônio Líquido 1,29x e 24% respectivamente. Ambos patamares que eu considero saudáveis.
Além disso, a companhia tem contas a receber de R$ 801 milhões até 2024, sendo R$ 514 milhões para o ano de 2019. Montante suficiente para pagar todas a sua dívida e ainda deixa um caixa líquido positivo.
MEU OUTLOOK PARA TRIS3
Trisul lançou dois empreendimentos de padrão alto que já tiveram quase 50% das unidades totais vendidas. Ainda tem lançamentos até 2021, sendo mais 2 em junho deste ano e 1 em dezembro. Acho interessante o modo como a companhia diversifica seus lançamentos, entre padrões econômico, médio e alto. Sendo os econômicos muitas vezes lançados com 90-95% das unidades já vendidas, colocando retornando o dinheiro bem rápido para a companhia.
Levando em consideração que a economia nem começou a se aquecer, muito menos o setor e a empresa vem entregando resultados muito bons. Vejo a Trisul negociando a múltiplos muito atraentes, ainda mais neste setor:
O setor está negociando a uma média de 9x lucros, com um EV/EBITDA médio de 8x. Como não achar Trisul, “TRI” Legal?
Existem mais dois artigos do William comentando sobre ela: Ainda “TRI” Legal? e É TRISUL.
Era isso, valeu!