A fabricante de máquinas ROMI (ROMI3) deu o ponta pé inicial à temporada de resultados do 3T19 com números acima do que um único analista esperava.
Aproximadamente 60 por cento de sua receita vem do mercado de bens de capital doméstico – altamente cíclico. E, convenhamos, as coisas por aqui seguem engatinhando.
Mesmo assim a companhia conseguiu melhorar bem seus resultados, após um 2T19 desastroso.
Mas ler os resultados de Romi não está nada fácil. A companhia conseguiu errar na matemática das comparações trimestrais de resultados (demitam o estagiário!).
Receita líquida +20 por cento, Ebitda subindo +49 por cento e lucros subindo +75 por cento, na comparação com o 3T18.
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As vendas foram puxadas por maiores volumes de exportação. As principais linhas da empresa, máquinas +16 por cento e Burkhardt+Weber +52 por cento, tiveram ganhos expressivos.
E a coisa fica ainda melhor quando vemos as despesas (receitas) operacionais subirem +8 por cento, muito menos que o aumento de +20 por cento da receita. Resultado, Ebitda e os Lucros subindo forte.
O ponto negativo vem da carteira de pedidos da companhia, -13 por cento, e pode impactar os resultados futuros da Romi.
Romi pode ter nos mostrado o renascimento do segmento de bens de capital no Brasil – mas a competição com os chineses é furiosa.
A 6,5x lucros e 8,7x Ebitda, o preço parece baixo, mas precisamos entender melhor a consistência destes resultados no longo prazo (e o que a abertura do mercado nacional pode causar no negócio).
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