Christopher Giancarlo virou um ícone para todos os investidores em criptoativos depois de uma audiência com congressistas americanos na qual ele defende, de certa forma, essa nova classe de ativos.
No discurso, ele mencionou que, se os jovens veem valor em algo e estão dispostos a comprar isso por acreditarem, é melhor as autoridades começarem a considerar e prestarem a atenção. Mas o que fez Giancarlo ficar famoso foi mencionar a palavra “HODL” — vocabulário próprio do meio —, o que fez todos o amarem à primeira vista.
Quase que em questão de horas, o Twitter do chairman da CFTC ganhou milhares de seguidores, todos interessados nas próximas palavras do mito.
Para aqueles que se julgavam tão pouco amparados pelo sistema, Giancarlo parecia um herói da resistência cripto infiltrado nos órgãos americanos.
E por mais que ele evite ter esse rótulo, em todo lugar que vai, as pessoas desejam que ele exprima uma opinião sobre o assunto.
A última do nosso chairman foi em um evento que pouco tinha a ver com o universo cripto.
No encontro, Giancarlo disse que respeito é o mínimo que os reguladores precisam ter por essa nova crença dos millennials.
Assim como a geração dos baby boomers perdeu a fé nos seus líderes e adotaram o lema “sexo, drogas e rock’n’roll”, a ascensão do bitcoin e dos demais criptoativos é uma falta de fé no sistema financeiro.
Desde de 2008, essa crença de que um sistema financeiro liberal se autorregularia ficou em xeque. Além disso, quando quem tinha que sofrer as consequências — os bancos — foram salvos pelo Estado, a população que mais amargava com a crise ainda teve que pagar a conta.
Programas como o TARP (Troubled Asset Relief Program) que salvou a AIG com algumas centenas de bilhões só reafirmou a tese de que as grandes instituições pouco têm a ver com “rock’n’roll” e estão mais para “to-big-to-fail”.
Somando esses fatos com a insatisfação e a inconformidade natural de quem é mais novo, qualquer tese que possa ir contra esse sistema seria — e é! —bem-vinda.
Nada melhor do que um ativo essencialmente digital, sem fronteiras, sem governo, sem regulador e que dificilmente os pais consigam entender de primeira…
Além disso, a capacidade que esses ativos têm de fazer novos milionários, parece o alinhamento perfeito para os millennials entrarem de cabeça. Uma oportunidade de lutar contra o sistema e ainda podendo ficar rico em pouco tempo é algo que poucos deixam passar.
Nada tem mais o perfil do jovem ambicioso que quer mostrar que venceu cedo para o mundo e para seus pais.
E com esse mercado voltando aos trilhos dos touros, parece que temos todo o potencial para buscar máximas antigas e até superar novos patamares. Como mencionei algumas vezes, quando os touros estão a solta, as bolas de cristais também estão.
E se as previsões já almejam os trilhões de dólares para o mercado do jeito que está…
Imagina na Copa.