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Safra de arábica pode chegar antes no mercado. As lavouras de arábica têm se desenvolvido melhor do que na safra passada e, em algumas regiões, a maturação está adiantada. Com isso, produtores de algumas importantes áreas cafeicultoras podem iniciar a colheita já em meados de maio, antecipando a oferta de cafés da nova temporada para o final do primeiro semestre. No geral, produtores estão animados também com o possível aumento do volume e da qualidade dos grãos 2016/17.
O Cerrado mineiro e o Sul de Minas Gerais concentram o maior número de relatos de antecipação de colheita. As altas temperaturas durante o dia estão auxiliando na maturação dos grãos. Muitos produtores também indicam que os grãos serão maiores que os da safra anterior e o volume de cafés de alta qualidade deve aumentar. A confirmação, no entanto, ainda depende do clima no final do desenvolvimento da safra e, especialmente, durante a colheita – umidade durante a colheita pode prejudicar a secagem e, consequentemente, a qualidade da bebida.
Na região paulista de Mogiana, o cenário ainda é incerto. Enquanto alguns produtores acreditam que a colheita poderá ser adiantada, outros ainda aguardam para analisar se os grãos estarão prontos um pouco antes do período tradicional. Já em Garça (SP), Zona da Mata Mineira e noroeste do Paraná, colaboradores do Cepea indicam que a colheita de arábica deve se intensificar apenas em junho, período normal para a variedade.
Com relação à qualidade e ao tamanho dos grãos, produtores destas regiões também têm expectativa de safra volumosa e de alta qualidade, fundamentados nas precipitações ocorridas no período de enchimento dos grãos.
Com a proximidade da nova safra 2016/17, compradores devem aguardar a disponibilidade destes cafés no mercado para negociar volumes maiores, uma vez que esperam pagar menos pelo grão devido à maior oferta. Exportadores também devem comprar menos até o início da colheita de arábica já que grande parte da qualidade do café disponível não atende aos padrões de exportação.
Após 6 meses de altas, preços recuam
Após seis meses de avanço, as cotações de arábica registraram leve recuo em fevereiro. A oscilação cambial no correr do mês, aliada à aproximação da nova safra, favoreceu este cenário de preços mais baixos. A média do Indicador CEPEA/ESALQ do arábica foi de R$ 489,82/saca de 60 kg, 0,3% inferior à de janeiro, mas ainda 6,49% acima da de fevereiro/15, em termos nominais. Com isso, a negociação de novos lotes foi mais lenta neste mês.
Segundo colaboradores do Cepea, vendedores estiveram retraídos, esperando preços maiores. Além isso, o mês mais curto e o recesso de Carnaval afastaram tanto compradores quanto vendedores do mercado.
A média de todos os contratos na Bolsa de Nova York (ICE Futures) em fevereiro foi de 118,38 centavos de dólar por libra-peso, queda de 0,65% em relação a janeiro. O dólar ficou em média em R$ 3,97, recuo de 2% na comparação com o mês anterior.