Se o Piloto Está Cego, a Carteira de Opções Vê Lucro Potencial Infinito

Publicado 23.09.2013, 11:34
Se o piloto está cego, a carteira de opções vê lucro potencial infinito e perda limitada

A família da minha mãe é do interior de Minas. E quando falo interior é puxando o “r” mesmo. Pessoal aqui acha que roça em MG é coisa tipo Passos, Uberlândia, Diamantina (e seu carnaval). Na Faria Lima, então, a galera acha que é Escarpas.

Não é bem por ai. Manja Abril Despedaçado? Interior de Minas é isso, mas sem o Rodrigo Santoro. Talvez daí venha a explicação da minha caipirice, embora eu seja natural da pauliceia desvairada.

Meu lado jeca reserva, entre outras características, o medo de avião. Tenho sempre a sensação de que quem pilota aquele ônibus voador é o Leslie Nielsen. O problema cresceu nos últimos dias. Tem sido difícil vir trabalhar porque a fobia tomou conta de mim também no horário de trabalho. Quero dividir a sensação com vocês: apertem os cintos, o piloto sumiu.

Desde a última quarta-feira, Ben Bernanke garantiu a farra da liquidez por mais um tempo, mas em total detrimento da previsibilidade. Retirou dos mercados a sensação de que o comandante sabia o que estava fazendo e adicionou somente uma certeza: quando vier o início do afunilamento do QE3 – e ele há de vir -, causará grande reação negativa aos mercados. Bernanke virou uma espécie de Renato Russo, sereníssimo: “tínhamos a ideia, mas você mudou os planos; tínhamos um plano, você mudou de ideia.” Agora, temos somente dólares a rodo, mas por quanto tempo? Não sabemos o que fazer.

Exatamente sob esse pano de fundo preparamos nossa carteira de opções para a semana no capricho. Ela também pode ser acessada através de nossos planos de assinatura – quem assinar ainda hoje ganha o relatório “Gatilhos da Semana”, com ações quentes para o curto prazo, na faixa. Por respeito aos assinantes antigos, o relatório também lhes será enviado.

Uma carteira de opções bem feita é a forma perfeita de se expor à volatilidade e ganhar com ela. Em vez de nos matarmos para entender os próximos passos do Fed – seria uma tentativa inócua de todo modo -, queremos nos beneficiar do incerto. Não dá para domesticar a incerteza do mundo real. A gente precisa mesmo é se expor inteligentemente de maneira a capturar com sucesso as surpresas, o desconhecido, em vez de se esforçar para prever o imprevisível.

Tem coisa melhor do que saber exatamente quanto você pode perder e deparar-se com lucros potencialmente infinitos? Esse é o verdadeiro controle de risco. Você compra um seguro barato contra grandes distorções de mercado e ainda se expõe a eventuais eventos extremos.

How to live in a world we don´t understand (como viver num mundo que não entendemos), como diria Taleb. Ou, na versão Clarice Lispector, renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.

#INSIGHT DO DIA

Lembra daquele papo recente de um rali concentrado no suco do lixo? Pois é, a coisa parece mesmo esgotada. Grandes incorporadoras, frigoríficos e Grupo X voltam a ocupar a ponta negativa do Ibovespa. É neste contexto que vale a pena focar em nomes associados ao value investing típico.

Você pode fazer isso diretamente ou através de fundos de investimentos. Temos a missão de ajudá-lo nesse processo. Por isso, meu amigo Conrado foi até à Bresser Administração de Recursos bater um papo com o Rodrigo Bresser. Pudemos conhecer um pouco mais da bela estratégia do fundo (430% não é para qualquer um), das principais apostas da gestora e do processo de análise. Tudo isso está resumido neste belo relatório, que traz também nossa opinião sobre as ações que constam no portfólio do fundo.

Falamos da seção “fundos de investimento que gostamos”. E uma seleção vale mais do que mil palavras. Mas cabe elogio especial à diligência e à disponibilidade do Rodrigo em atender cada um dos clientes.

#DIRETO DA MESA

O rápido e rasteiro R.O. acaba de mandar email perguntando: “O que o Abílio Diniz vai comprar em consumo e varejo agora que está livre para tanto e dispõe de R$ 5 bilhões no bolso?” Bom, com R$ 5 bilhões, ele pode comprar o que ele quiser – desconfio levemente que, por esse módico valuation, até minha participação na Empiricus.

Agora, o que ele vai mesmo comprar, infelizmente eu não sei. Até tentei contato com ele, mas só dá caixa. Posso pensar em boas ações que ele – ou qualquer outro - poderia comprar para se expor, direta ou indiretamente, em varejo. Listo cinco aqui: Guararapes, Marisa, Restoque, Grendene e Providência – não necessariamente nessa mesma ordem.

Para visualizar o artigo completo visite o site da Empiricus Research.

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