Sell in May and go away

Publicado 24.05.2024, 08:54

A sexta-feira marca o último pregão antes de os mercados entrarem em um período de pasmaceira, caracterizado pela falta de interesse dos investidores - estrangeiros, principalmente. Isso porque um dos mais conhecidos adágios do mercado financeiro entra em vigor a partir da próxima segunda-feira (27).

Trata-se do “Venda em maio e vá embora”, na tradução livre do Sell in May and Go Away. O termo se refere a uma prática comum no hemisfério norte ainda no século 19, quando banqueiros, empresários e aristocratas ingleses saíam de Londres durante os dias quentes de verão para desfrutar o campo.

Esse hábito foi transferido para o outro lado do Atlântico Norte. Nos Estados Unidos, costuma ocorrer entre o feriado de Memorial Day (última segunda-feira de maio) e o Dia do Trabalho (primeira segunda-feira de setembro). Ou seja, este fim de semana nos EUA será prolongado, o que tende a reduzir o ímpeto dos negócios em Nova York já a partir de hoje.

Por ora, o sinal positivo prevalece nos índices futuros das bolsas norte-americanas, após o pregão negativo da véspera. Os dados fortes de atividade nos EUA somados à ata da reunião deste mês do Federal Reserve, conhecidos nesta semana, jogaram um balde de água fria nos ativos de risco, reforçando a percepção de juros mais altos por mais tempo.

No Brasil, o estrago acaba se tornando maior devido à “autoinflição” - quando se causa dor ou dano a si mesmo. É o assunto de um e-mail que circulou ontem no mercado doméstico, no qual um especialista, que trabalhou diretamente na mesa de operação do Santander (BVMF:SANB11) com o agora presidente do Banco Central, afirma:

“A economia vai bem, o real está sendo impactado positivamente pelos preços das commodities. As taxas de inflação e de desemprego estão se aproximando dos melhores níveis em uma década. Mas o Brasil está tentando revistar políticas passadas e ruins e criando ruídos desnecessários”

E ele vai além: “Insanidade é fazer sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”. Daí porque não se deve ignorar a velha máxima no mercado que marca o período que se aproxima. Ondas de calor, pelo visto, só mesmo no clima atmosférico. No mercado financeiro, um longo inverno se abate.

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