Garanta 40% de desconto
🚨 Mercados voláteis? Descubra joias escondidas para lucros extraordinários
Descubra ações agora mesmo

Sem a Questão Grega, China, EUA e o Próprio Brasil São Preocupantes

Publicado 14.07.2015, 07:32

Os mercados criam seus próprios fantasmas para sobreviverem e demonstrarem dinamismo, mesmo quando os fatos tenham características de efeitos mais limitados do que a importância que lhes é atribuída por oportunismo.

Afinal, em sã consciência, que efeitos impactantes poderiam ocorrer no Brasil se a Grécia não alcançasse um novo acordo com os credores. Evidentemente haveria o risco de perturbações na unidade da zona do euro, reflexos imediatos sobre o euro que sofreria desvalorização frente ao dólar e na cadeia frente a quase todas as moedas globais e no Brasil poderia causar algum desgaste por ser um país hoje praticamente subdesenvolvido e inviabilizado, mas extremamente modesto e o Brasil ser um emergente em grande dificuldade.

Importante lembrar que a Rússia, país assemelhado ao Brasil e muito mais próximo dos reflexos da economia grega na euro zona, declarou que os efeitos em sua economia seriam extremamente limitados.

Mas os mercados criam suas “fantasias”, principalmente em países como o Brasil onde há forte especulação e ocorrem fortes movimentos de ”daytrade”, seja no câmbio seja na bolsa, e com isto causam volatilidade e oportunidades de negócios.

O Brasil, a rigor, deve ter como preponderante o olhar sobre seus próprios problemas, grandiosos e com tendência de agravamento na perspectiva de curto e médio prazo, continua procurando motivos para desviar as atenções atribuindo o estado deteriorado de sua economia a causas externas, buscando evitar o auto reconhecimento de suas culpas que fundamentam as consequências danosas com que se defronta o país.

Então, todas as consequências que impactam na economia brasileira derivam de causas oriundas daqui mesmo preponderantemente e muito menos de razões externas. Se não atraímos capitais estrangeiros no volume necessário ou se não exportamos o quanto precisamos, etc. as causas decorrem do próprio Brasil que auto destruiu sua atratividade ao investimento produto e até mesmo ao especulativo a despeito da elevada taxa de juro que proporciona, enquanto por outro lado não exporta mais porque auto destruiu sua indústria manufatureira ao depreciar intencionalmente o preço do dólar para controlar a inflação, e empolgando-se com o “boom” das commodities, que atualmente tem os preços em expressiva queda.

E, a percepção predominante é de que o pior ainda está por vir, tendo em vista que o ajuste fiscal provoca efeito de retração nas atividades econômicas que conduzirão à recessão, com reflexos no crescimento, que certamente será negativo em torno de 2%, um pouco acima da projeção atual de 1,5% do Boletim Focus e mais próxima da projeção da FGV de 1,8%.

A China preocupa com seus sinais confusos gerados por sua economia. É bem verdade que os dados da economia chinesa nunca foram muito críveis, havendo constante e relevante incerteza quanto a precisão, mas o momento atual expôs de forma mais contundente que há problemas, só não se sabendo a efetiva dimensão, contudo a intervenção do governo quando da forte derrocada de suas bolsas de valores e o empenho em evitar caos maior minaram a pouca confiança existente nos números econômicos do país.

Afinal, a China é a nossa grande parceira comercial e qualquer que seja a retração tem efeitos em nossa economia, hoje bastante dependente.

Quanto aos Estados Unidos parece cada vez mais evidente de que não elevará a taxa de juro este ano. Primeiro porque a elevação consequente do dólar seria danosa para sua economia em recuperação, de vez que afetaria a atividade da sua indústria exportadora ao retirar competitividade no exterior, ao mesmo tempo em que estimularia as importações que se tornariam atraentes.

O FED vem empurrando esta decisão que poderá ocorrer no próximo ano, argumentando sempre com fatos que sugerem o não aumento imediato.

Enquanto isto o Brasil vem gerando cada vez mais dados ruins em profusão. O país está extremamente vulnerável e fragilizado a ponto de qualquer fato externo criar perspectivas, por vezes meramente imaginárias e oportunistas, por causas decorrentes deste estado deteriorado que provoca consequências imediatas e não efetivamente pelas razões externas.

O país tem uma tendência forte e presente de contabilizar fluxos cambiais negativos, já presentes no segmento financeiro, data a falta de absoluta atratividade aos investidores estrangeiros. Além disto, com o risco de não consolidar o superávit primário de 1,2% se acentua o risco de perda do grau de investimento, o que seria um agravante relevante e de grande impacto, visto que provocaria a intensificação de saída de recursos estrangeiros alocados no país.

O fluxo cambial comercial parece bastante desfavorável ainda que consideremos a queda abrupta das importações face à recessão da economia, mas o país está afetado pela queda do preço das commodities e pela baixa competitividade dos produtos industrializados.

O contexto mais geral do país com perspectivas de intensificação de queda do emprego, consequentemente da renda e do consumo, inflação elevada destruindo salários e programas sociais do governo, juro elevado tornando o país caro na consideração dos investidores, além da elevada carga tributária, etc, etc.... marginalizam o Brasil na ordem de preferência dos investidores estrangeiros.

O governo continua ancorando a moeda nacional, o real, com a oferta de “hedge”, em grande parte os bancos, com um estoque atual de contratos de swaps cambiais da ordem de US$ 104,0 Bi e p vem reduzindo nas rolagens, porque com as saídas de recursos do país há menor demanda. Mas esta não é uma decisão que o BC possa tomar por livre arbítrio como muitos analistas colocam, mas depende de circunstância que permitam. Num acirramento do ambiente desfavorável ao dólar, como a ocorrência de perda do grau de investimento, a demanda poderá ser elevada se passar a ser requisitada oferta, em especial pelas empresas mais afeitas a “hedge” com contratos a termo na CETIP (SA:CTIP3) para obrigações comerciais, com a finalidade de “hedge” para ativos fixos.

O cenário e as perspectivas para a economia brasileira continuam amplamente desfavoráveis no curto e médio prazo, por isso procedemos a revisão da nossa projeção para o preço da moeda americana de R$ 3,20 ao final do ano realizada em dezembro de 2014 para R$ 3,40 ao final deste ano, divergindo, mais uma vez, da projeção do FOCUS. Já há ambiente para o preço de R$ 3,20 ser presente.

O IPCA para o final do ano no nosso entender deve estar no entorno de 10%, acima do 9,12% do FOCUS, até porque os preços administrados ainda tem previsão de altas, e a economia no todo retomou o repasse imediato nos preços de qualquer ônus que surja.

O PIB entendemos que a projeção da FGV de 1,80% esteja mais próxima da realidade do que o 1,5% do FOCUS.

Enfim, quando se observa o todo é possível admitir, mais uma vez, que o problema do Brasil é efetivamente o Brasil, a inclusão de fatores externos é mais um artifício para desviar o foco principal.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.